Em meio à imensidão do colégio Halton, Elliot Casper era uma garota invisível. Ela não se destacava por suas notas e muito menos por sua aparência. Ela não gostava de tirar fotos, ou passar o dia fazendo compras, pelo contrário, abriria mão de tudo...
Levantei da cama rapidamente, sentindo imediatamente uma pontada na cabeça. Haviam lapsos da noite passada em minha mente. Nenhuma memória completa, mas me lembrava de algumas cenas.
Caminhei até o banheiro, encarando meu reflexo no espelho ao que fazia uma nota mental: nunca mais iria beber daquele jeito.
A última cena que me recordava era de David me deixando em casa por volta das duas horas da manhã e algumas mensagens raivosas de Dana. Por sorte meus pais não me ouviram entrando em casa, pois eu teria muito o que explicar.
Após fazer minhas necessidades, deitei novamente em minha cama, organizando todos os pensamentos da noite passada. O nome de Alex brilhava em minha mente e eu só conseguia pensar em suas palavras.
Talvez Alex estivesse dizendo a verdade sobre gostar de mim. Ele parecia mais sincero do que nunca. Em contrapartida, escutava a voz de Peyton dizendo aquelas coisas horríveis e que, de fato, eu deveria saber que Alex Diaz era um galinha que já havia se envolvido com boa parte das garotas da Halton.
Ouvi meu celular vibrar ao lado da cama e puxei para ler uma mensagem vinda de Dana:
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Comecei a rir me lembrando do dia que gravei seu nome como Dana Cooper depois de suas briguinhas com Noel. Eu e Alex vivíamos falando que eles iam acabar se casando um dia.
Assim que abri a porta do quarto para tomar café com meus pais, escutei o barulho da campainha sendo tocada. Ainda eram dez e meia da manhã, por que alguém apareceria em casa essa hora? Além do mais, meus pais dificilmente recebiam visitas.
Caminhei até a janela ao lado da escrivaninha, que dava visão à porta de entrada e avistei o que jamais imaginaria. Alex Diaz estava parado na porta, com seu casaco jeans, calça escura e camisa preta. Seu cabelo, como sempre perfeito, estava todo penteado para trás, com exceção de alguns fios fora do lugar. Suspirei mesmo que inconscientemente. Não era justo um ser humano parecer tão lindo assim.
Meus pensamentos apaixonados foram interrompidos, quando me lembrei do que realmente importava: o que Alex estava fazendo naquela missão suicida? Aparecer na minha casa num sábado de manhã quando meu pai e meu irmão estavam lá?
Desci correndo as escadas, antes que alguém da minha família pudesse vê-lo ali.
— Eu atendo! — Gritei, enquanto passava por meus pais, sem esperar resposta.
Abri a porta, dando de cara com Alex segurando um buquê de margaridas, enquanto passava a mão nos cabelos, bagunçando os fios. Droga, agora eu me sentia muito arrependida por ter beijado David.
— Bom dia, Elliot. Gostei do pijama. É bem sexy. — Provocou, com um sorriso cafajeste.
— Pelo amor de Deus, o que você tá fazendo aqui? — Cochichei, colocando meu corpo pra fora de casa, na intenção de ninguém nos ver.
