E s t e r

01

Ester

-Caralho, Pedro! Para de nóia, mano! Eu só fui no shopping sozinha! Até comprei roupa olha!

-CALA A BOCA, ESTER! CALA A PORRA DESSA BOCA SUJA! EU SEI QUE TU TÁ ME TRAINDO SUA NOJENTA! - ele gritava alto pra caralho, já tava acostumada, são 3 anos de relacionamento, no primeiro ano foi uma maravilha, 100% amor e carinho, mas no segundo ano ele mudou completamente, e eu aceitei, né? Eu amo ele...

-CARALHO PEDRO É TÃO DIFÍCIL DE ENTENDER? EU NÃO TE TRAÍ! NUNCA FARIA ISSO! É MAIS FÁCIL TU FAZER! - eu gritei no mesmo tom, não abaixo a voz nunca.

Senti meu rosto queimando, meu corpo caindo no chão. Foi outro tapa, eu já estava acostumada com as agressões também, começaram faz 3 meses.

Logo senti ele me chutando, chutando minhas pernas, minhas costas e minha barriga. Eu já não enxergava mais nada, estava perto de desmaiar, e ouvi ele falar baixinho "puta nojenta" e a porta do quarto se abrindo e logo depois se fechando com força.

Eu desmaiei ali no chão, em cima do carpete, acordei uns 5 minutos depois, me levantei devagar, me apoiando nas paredes e no armário. Me olhei no espelho e minhas pernas estavam roxas e meu rosto marcado, não quero nem ver o estado da minha barriga.

Fui até o banheiro no corredor, tirei minha blusa, calça e calcinha, entrei na banheira, a enchendo de água quente, mergulho molhando meus cachos.

Fechei os olhos pedindo a Deus pra que o Pedro mudasse logo, eu não aguentava mais.

Tomei um banho meio longo, vesti um blusão e um shorts de pijama e me deitei no sofá da sala, colocando uma série no netflix.

Eu queria ter companhia, alguém pra conversar e me aconselhar, mas o Pedro me afastou das minhas amigas, ele me dizia que elas tinham ciúmes de mim e queriam que ele terminasse comigo.

Fiquei ali e acabei dormindo.

[...]

Senti meus shorts sendo abaixados e acordei no susto, era ele.

-Para, Pedro. Não tô afim hoje. - eu falei meio sonolenta, mas em alto e bom tom.

Ele continuou, rasgou minha calcinha. Filho da puta.

-Pedro, chega.

Ele ainda não parou, levantou minha blusa e começou a apertar meus peitos. Eu tentei empurrar ele, mas ele tem 1,75 e eu tenho só 1,54. Acho que dá pra perceber que eu sou bem mais fraca.

Ele colocou todo o peso em cima de mim, puxou meus dois braços de uma vez pra cima da minha cabeça e os segurou com uma mão. Nesse momento consegui ver seus olhos, vermelhos, e suas narinas brancas. Ele havia usado drogas de novo.

-Pedro, me larga! - eu falei, alto, mas não queria gritar com ele, não queria apanhar de novo.

-Shiu, fica quietinha, fica. - ele disse, sorrindo, um sorriso bizarro.

Ele desabotoou a calça, colocando aquilo pra fora, colocou a mão na minha boca.

-Fica quieta sua puta, não quero ouvir um pio teu.

Eu comecei a chorar, mas as lágrimas só escorriam, eu estava assustada demais pra fazer escândalo.

Ele começou a me penetrar, com muita força, dói muito.

Eu me desliguei, fechei os olhos e imaginei como se não estivesse alí, como se fosse tudo um sonho.

Ele tirou a mão da minha boca e levou pra minha garganta, me enforcando, em 1 minuto tudo ficou escuro.

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Continua