Ester
Coloquei a Gabi na cadeirinha e servi seu prato da minnie, e sorri a vendo comer toda feliz.
Me sentei pra comer com o Thiago, ele conversava bastante, eu lhe contei tudo que havia acontecido nesse tempo em que fiquei em São Paulo, já ele, me contou apenas que foi subindo no tráfico e logo assumiu o morro, conheceu a mãe da Gabi e depois que ela faleceu, não forcei pra falar mais, claro que eu estava curiosa mas perder alguém tão próximo é doloroso demais e falar muito só piora.
O Thiago foi abandonado pelos pais, a mãe deixou ele com a minha avó dizendo que voltava no fim do dia, largou um dinheirinho com ele e vazou, desde então minha avó cuidou dele como se fosse filho dela. Dona Diná é assim, tem um coração enorme.
Alguns anos depois eu nasci, passei boa parte da minha infância com ele e depois ele saiu da casa da minha avó e eu fui pra São Paulo, apesar de termos perdido o contato por alguns anos, nunca perdemos a intimidade.
E com esse pensamento, lembrei do beijo, senti minhas bochechas corando e eu fiquei sem graça em ter gostado e querer de novo.
- Que foi, doida? - me tirou do transe e me olhava com ar de riso.
- Pensando num bagulho - peguei meu prato vazio e coloquei na pia, me dirigindo pro fogão pra guardar o que havia sobrado da comida.
- É o beijão que eu te dei, né safada? - mordeu o lábio inferior.
- Sossega, menino! - ele riu e se levantou, pegando a Gabi no colo.
- Sei que teu horário já deu, mas pode me dar uma força? - concordei com a cabeça enquanto secava as mãos em um pano de prato - separa uma roupa pra Gabi? Tenho que dar banho nela e por pra dormir.
- Claro pô - observei aquela princesa já toda encolhidinha, cochilando, sorri e subi pra pegar a roupa dela.
Tinha tanta roupa linda lá, mas eu preciso me segurar e escolher uma coisa confortável e fresquinha pra ela dormir...
Acabei pegando só um body rosa bebê e umas meinhas da mesma cor, não peguei calça já que o dia estava meio quente, mas separei uma mantinha pra cobrir ela.
Assim que terminei de separar tudo, percebo o Thiago chegando todo molhado e com um embrulhinho nos braços, Gabi já tava no quinto sono.
- Dá aqui - disse e estendi os braços pra pegar ela - pode deixar que eu visto ela - eu sorri toda boba vendo ela dormindo e chupando o dedo.
- Que nada, eu ajudo, pô! Minha filha cara - Thiago já veio me cercando.
Acabou que ele ajudou mesmo, com muito cuidado eu a deitei no trocador, passei talco enquanto o Thiago segurava as perninhas dela, coloquei a fralda e o Thiago vestiu o body enquanto eu a segurava no maior cuidado pra não acordar.
Penteei os cabelinhos dela e passei um perfuminho, olhei pro lado e tava Thiago praticamente babando na menina.
- Ela tá comigo há quase 1 ano e eu ainda não acostumei - peguei Gabi no colo, que estava quase acordando de novo e comecei a ninar ela.
- Como assim? - falei bem baixinho.
- Não sei, todo dia é uma alegria tão grande de ter ela comigo, a cada gritinho e risada dela, e até quando ela dá birra, é meu maior tesouro. Posso perder casa, carro, moto, morro, qualquer coisa, mas se eu perder ela eu não sei o que eu faria. - ele disse se aproximando e fez um carinho nos cabelos dela, seus olhos estavam cheios de lágrimas.
Percebi que Gabi já tinha apagado de novo e a coloquei no berço com cuidado, a cobrindo levemente com a manta. Fiquei um pouco parada ao lado dela, só olhando dormir...
Thiago chegou do meu lado, me abraçou pela cintura cuidadosamente e também ficou brisando na bebê.
- Você não vai perder ela, eu não deixo - eu disse soltando um riso baixo em seguida.
Saí do quarto e Thiago veio atrás, fechei a porta assim que ele passou e ao me virar senti sua boca entrando em contato com a minha, suas mãos tocando minha cintura e minha nuca, cedi ao beijo e segurei o gemido quando ele desceu uma mão e apertou minha bunda com força.
Fomos nos beijando pelo corredor até chegarmos ao quarto principal, o quarto do Thiago.
Ele me jogou na cama, tirando minha blusa e descendo seus beijos para meu pescoço e em seguida para meus seios.
Naquele momento eu não pensava no Thiago que eu convivi minha vida toda, não pensava em um traficante, pensava só em como eu queria sentar pra ele.
[...]
Alemão
Acordei eram umas 15 horas com a babá eletrônica do celular apitando, a Gabi tava acordada.
Olhei pro lado e vi aquele mulherão deitado, pelada e dormindo tão serena, lembrei do que fizemos, eu não tava pensando em nada além de como eu queria Ester, preferi não acordar ela.
Levantei, botei uma bermuda e fui ver minha filha.
- Acordou meu amor? - eu disse assim que entrei no quarto e ela já estava em pé apoiada na grade do berço - Vem papai.
A peguei no colo e ela ficou toda feliz, a levei pro trocador e troquei sua fralda, desci pra cozinha pra dar um lanchinho pra Gabi.
Ester
Acordei meio querendo dormir mais, mas quando percebi que estava em um quarto que não era meu, acordei de vez.
Fui atrás do meu celular, mas não estava no quarto, vesti a primeira blusa que vi e saí do quarto, só vendo o corredor da casa que percebi que estava na casa do Thiago, e aí me toquei de tudo que aconteceu, só de lembrar a pressão cai.
- Acordou Bela adormecida? - Thiago fez deboche do que falei hoje de manhã, enquanto descia Gabi do seu colo, que tentava caminhar até mim.
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Continua
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E s t e r
RomanceEster: Estrela, aquela que traz brilho, luz, alegria e esperança. +18 Contém linguagem imprópria, abuso físico e psicológico, drogas lícitas e ilícitas. Caso seja sensível a algum desses citados acima, não leia.