Trust No One

13 - Summerween - Parte 2

           Ter me incomodado com a falta de luz do lado de fora fez com que eu não me preparasse o suficiente para o que tinha dentro. Não era possível enxergar absolutamente nada naquele brinquedo, era como se literalmente eu estivesse de olhos fechados. Devo ter dado aproximadamente três passos pra frente no momento em que Bill fechou a grande porta de madeira com um baque alto que ecoou por toda extensão do local. Eu me afastaria mais se eu ao menos tivesse enxergando o que havia na minha frente, meu medo era tentar andar mais um pouco e acabar tropeçando em algo ou até mesmo caindo, não seria legal.

- Será que dá pra você acender a luz? - Falei irritado.

Consegui escutar perfeitamente os passos dele alguns centímetros atrás de mim. Era perceptível o chão do brinquedo ser de madeira maciça só pelo som alto que seus passos proporcionavam. Lentamente, senti seus braços me envolvendo como em um abraço por trás onde ele os entrelaçou em volta de minha barriga. No momento, pude sentir um leve calafrio por ter sido um movimento tão calmo.

- Essas roupas são tão boas, ficaram ótimas em você, Pines - Sua voz sussurrou pesadamente em minha nuca.

Um pouco paralisado com a situação, não respondi. Não me atrevi a andar pra frente, muito menos pensar em algo pra dizer. Era claro que ele apareceria, seria estupidez minha pensar que não, eu só não imaginei que fosse agora.

Com um aperto mais forte, ele colou seu corpo em minhas costas posicionando seu rosto em meu ombro, pude ter certeza disso no momento em que ele afundou seu nariz entre meus cabelos, confesso ter sentido uma leve cosquinha.

- Bill... eu não consigo ver nada. - Consegui falar depois de alguns segundos.

Ele apenas sorriu. Eu sentia seu rosto entre meus cabelos onde ele dava leve respiradas literalmente me cheirando.

- Esse não é seu cheiro... - Ele sussurrou.

- O-o Que? - Perguntei em choque.

Claro, não era o meu cheiro, graças a Mabel eu tomei basicamente um banho de perfume antes de sair, mas não era como se ele se reparasse nisso.

- É gostoso, mas ainda prefiro o seu. - Ele concluiu dando uma ultima cheirada em minha nuca.

Okay isso já estava estranho. Na minha cabeça, somente eu tinha um lance com cheiros.

Sentindo seus braços se apertarem um pouco mais em volta de mim, ele fez questão de fazer uma leve força para frente enquanto pressionava minha cintura para trás, isso fez com que minha bunda desse uma baita imprensada em seu membro.

- E-ei... Bill eu estou....com o pessoal aqui. - Falei sem graça

           Me ignorando, ele moveu seu braço direito lentamente para baixo parando exatamente em seu objetivo. Em uma reação automática, segurei seu pulso no momento em que ele deu um leve aperto sobre meu pênis por cima da calça, o que foi o suficiente para me dar outra onda de arrepio. Prendendo a respiração automaticamente, inclinei minha cabeça para trás em resposta. Relutar seria extremamente difícil, sempre é, só que dessa vez eu não estava cem por cento sóbrio e muito menos estável.

Soltando mais uma risadinha baixa, ele continuou apertando ali fazendo movimentos de vai e vem na mesma hora em que ele se pressionava pra frente. Já era vergonhoso demais ter que senti-lo daquela forma por trás. Com um movimento rápido, ele deu uma leve mordiscada em meu lóbulo antes de se afastar de uma vez. A movimentação repentina me fez dar uma leve desequilibrada.

            Antes que eu pudesse dizer algo, escutei seus passos novamente ecoando pelo chão de madeira. Pude detectar que ele havia andado para frente parando alguns segundos depois. Seguido de um baque, ele deu duas palmas altas em suas mãos fazendo surgir de uma vez uma pequena chama azul do meu lado direito. Acendendo um pequeno lampião de luz na parede, a pequena chama se alastrou espalhando-se por toda extensão, o que foi suficiente para acender de uma vez mais seis lampiões afastados que contornavam a pequena sala.