seis.

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Sina D.
Eu acordei na sala de casa, com Any ao meu lado mexendo no telefone, e eu pergunto a ela como vim parar em casa.

-Any...

-Amiga, Você acordou! Tá tudo bem?

-Na medida do possível tá sim, eles te contaram?

-contaram oque?

então eles não contaram pra ela que eu tô doente, eu também não sei como vou contar pra ela... ela sempre foi muito nervosa com tudo, é só de pensar que ela poderia sofrer por mim eu já desistia da ideia.

-nada...como eu cheguei em casa?

-eu estava aqui de boa, e recebi uma ligação do hospital. Dizendo que você estava lá, eu fiquei desesperada mas fui...quando eu cheguei lá você já tava acordada e queria me contar algo, mas quando entramos no carro você apagou de novo. Por sua sorte hoje é a minha folga, se não tu tava mofando lá até agora.

-Ei!-digo, e faço uma expressão de decepção.

-Deixa de ser otária Sina, é lógico que eu não faria isso com você.

QDT

Estou indo no trabalho. Preciso entregar o resultado do maldito exame, eles me pediram e eu tive que ir.

Vou até a recepcionista, que quando me vê já fecha a cara. Ela realmente não aguenta mais me ver.

-Oi, é, eu gostaria de falar...

-com a Dona Fernanda? ela está lhe esperando em sua sala.

-Certo.

Vou caminhando até a sala dela. No caminho vou pensando sobre como será minha vida se esse tal de Noah não estiver disposto a doar a medula pra mim. até porque, por agora agora ele é o único doador compatível. E se eu ficar careca? Vou morrer logo?

Resolvo para de pensar nisso, se não, eu vou acabar me atrapalhando. Então, logo vejo a sala da senhora Fernanda. Entro e a vejo sentada.

-com licença? Posso entrar? -pergunto.

-Oi, Claro minha querida.

-Eu vim entregar o resultado dos exames.

-Não precisa. -ela me diz.

-Como assim?-revérbero em confusão.

-eu já sei os resultados.

-sabe?

-Sei, e infelizmente você não poderá mais fazer nossa nova novela.

-Como? Senhora por favor, eu treinei muito pra estar aqui, não me descarte assim.

-Você pode se retirar por favor?

-Por favor senhorita Fernanda eu lhe peço, por tudo!

-Não gosto da idéia de ter uma pessoa doente no elenco. Peço que se retire para que eu não precise chamar os seguranças.

-moça por favor...

-Saia daqui logo, fedelha.

-eu já vou.

Fecho a porta da sala e sinto meu mundo desabar de novo, pela segunda vez em apenas uma semana. A única coisa boa que havia acontecido na minha vida, agora já não pertence mais a mim. E sim a outra pessoa, que deve estar muito feliz.

Amor bem intencionadoOnde histórias criam vida. Descubra agora