Fiquei mais de uma hora sentada em frente ao computador, pensando em uma maneira delicada de recusar a proposta de Otávio.
Uma semana havia se passado desde o nosso jantar e, após refletir, percebi que era a melhor decisão a tomar. Mesmo que eu estivesse interessada na história por trás daquele contrato e quisesse desfrutar do corpo de Otavio, não poderia arriscar minha carreira como acompanhante em um acordo que poderia dar terrivelmente errado e que me colocaria sob o olhar atento de várias pessoas. Ser publicamente namorada de um herdeiro por 4 meses certamente resultaria em muitas pessoas buscando informações sobre Esther Prado, o que limitaria drasticamente minha base de clientes após o término do acordo.
"Caro Otávio,
Fico feliz com a proposta tentadora que me fez e peço desculpas pela demora em responde-la, porém terei que recusar.
A doação oferecida é boa, mas não é suficiente para reduzir os danos que posso ter a minha carreira após o término de nosso contrato.
Espero que encontre alguém tão bom quanto eu para a vaga.
Atenciosamente, Esther Prado."Enviei minha resposta e comecei a organizar minha agenda para a semana. Nos dias que haviam passado, vários clientes haviam agendado horário para me ver. A maioria deles, durante o horário comercial que os permitiam pular a cerca de seus casamentos falidos, enquanto outros solicitavam jantares em restaurantes renomados e discretos.
Revirei meus olhos ao ver que também havia um novo e-mail de Cláudio, mais uma de suas insistentes tentativas de contato. Mas isso não importava agora. Descartei o e-mail sem pensar duas vezes, pois meu coração estava cheio de emoção por outros assuntos. Fechei o notebook e decidi começar a me arrumar para encontrar um cliente que havia agendado de última hora. Após esse encontro, me encontraria com Alec para desfrutar de momentos inesquecíveis.
Meu cliente do dia era Arthur, um homem na casa dos 50 que era presidente de uma empresa de tecnologia e buscava em mim a satisfação que não encontrava em casa com sua esposa.
O local escolhido para o encontro era o Hilton Hotel, um lugar onde meu cliente mantinha uma suíte regularmente para os nossos encontros. Cheguei ao local pontualmente e me apresentei a recepcionista, recebendo um olhar de desdém e reprovação, a pobre mulher sabia exatamente o que eu estava fazendo ali, e não fez qualquer esforço para esconder seu desprezo. Bem, eu também não me importava com sua opinião.
Segui para a suíte minutos depois, pronta para fazer meu trabalho e receber uma generosa doação, o local estava decorada com luxo discreto, móveis de design moderno e uma vista deslumbrante da cidade que contrastava com a intimidade do ambiente, ao entrar encontrei Arthur sentado em uma poltrona enquanto observava a vista do hotel para a movimentada Ponte Estaiada.
- Arthur, quanto tempo – cumprimentei como uma velha amiga que sentia saudades.
- Esther, minha querida - disse ele, levantando-se - Você está deslumbrante como sempre.
Retribui o elogio com um sorriso sedutor, mantendo a postura elegante. Arthur se aproximou, e Lívia sentiu a presença imponente dele.
- Como você tem passado? - perguntei, adotando um tom suave enquanto se aproximava dele.
- Estressado e sem tempo para respirar, como de costume. Arthur me puxou para um abraço, seus lábios encontrando meu pescoço sem cerimônia, depositando uma trilha de beijos suaves. – Mas agora com você tudo está melhor.
Retribuí o abraço, deslizando as mãos pelos ombros firmes de Arthur, sentindo a tensão se dissipar à medida que nos entregávamos àquela atmosfera em transformação. Arthur segurou suavemente meu rosto, delineando o contorno dos lábios com os polegares, criando uma antecipação eletricamente carregada. A tensão no ar era palpável, uma mescla de desejo e proibição.
Tomei a iniciativa e me aproximei ainda mais, iniciando nosso beijo com delicadeza, o qual Arthur prontamente aprofundou, transformando-o em uma urgência devassa. Sua língua invadiu minha boca sem cerimônia, suas mãos deslizando pelo meu corpo, puxando meu vestido para cima. Quebrando nosso beijo, dei um pequeno passo para trás, permitindo que ele me despisse até que eu ficasse apenas de lingerie.
Os olhos ardentes de Arthur me olharam de cima a baixo, consumindo meu corpo com luxúria enquanto o desejo se intensificava naquela suíte impregnada de luxúria. Sorri maliciosamente para ele, pronta para avançar e cumprir as promessas que aquele encontro pedia.
- Uma delícia. – sussurrou.
Com um gesto sugestivo conduzi Arthur até a cama, segurou em seus ombros, para fazê-lo sentar, enquanto eu me sentava em seu colo, traçando um caminho de beijos ardentes por seu pescoço e peito enquanto abria sua camisa, até escorregar de joelhos no chão a sua frente enquanto olhava fixamente em seus olhos profundamente azuis.
Deslisei minhas mãos por suas coxas, arranhando sua pele com minhas unhas até chegar a seus joelhos, desligando na direção contraria logo em seguida, Arthur sustentou meu olhar, acomodado de forma imponente sobre a cama. Apertei sua intimidade pulsante por sobre a roupa, fazendo-o suspirar. Abri seu cinto e calça com urgência, revelando uma cueca box branca da Calvin Klein que mal segurava seu pau duro ali dentro.
Mordi meu lábio inferior sedenta, antes de puxar aquelas peças de roupa para baixo, fazendo seu pênis pular para cima como uma vara dura. Agarrei seu pau iniciando o vai e vem com uma mão habilidosa, enquanto minha outra mão o puxava pelo queixo para voltar a beija-lo de forma ardente. Quebrei nosso contato com uma mordida em seu lábio, enquanto mantinha o ritmo constante da masturbação, provocando gemidos de prazer. Pronta para levar o prazer a um novo patamar, inclinei-me para baixo, mantendo meu olhar travado no dele, e abocanhei seu pênis com gosto.
Deixei que minha língua explorasse cada centímetro, circulando a glande enquanto minha boca o envolvia em movimentos precisos. A sensação da textura quente e pulsante em minha boca intensificava-se a cada movimento. Utilizando todas as artimanhas aprendidas ao longo da minha experiência, mergulhei na arte do sexo oral, levando Arthur a um êxtase crescente.
Os gemidos dele ecoavam no quarto, misturando-se ao som molhado e sensual da minha boca deslizando sobre seu membro. A cada sucção, a cada carícia da minha língua, guiava Arthur por um caminho de prazer indescritível. O quarto tornou-se um cenário de luxúria, onde os sentidos se entrelaçavam em uma dança erótica, elevando-o a um clímax.
O calor do momento, carregado de desejo e entrega, criava uma atmosfera intoxicante. As mãos de Arthur buscavam apoio nos lençóis, seus gemidos tornando-se mais intensos a cada movimento. E eu continuava a explorar, aprofundando a conexão entre nós dois.
Arthur me puxou para cima e me jogou sobre a cama com uma expressão de luxúria intensa, me ajeitei sobre o coxão enquanto me apoiava nos cotovelos, afastei minhas pernas para dar a ele a visão completa do meu corpo. Observei Arthur tirar suas roupas com presa e vir para cima de mim, abocanhando meus seios com força, enquanto eu o ajudava a tirar minha calcinha, ficando apenas com os saltos nos pés.
Sem mais demora, Arthur dedicou seus lábios ao meu pescoço e suas mãos exploraram o meu quadril, enquanto seu pênis me penetrava com toda sua força e vontade, me fazendo fingir um gemido de prazer enquanto eu o abraçava e cruzava minhas pernas a seu redor, procurando intensificar a sensação e tornar a experiência mais envolvente.
Aquele era o momento em que eu sempre me desligava do sexo com Arthur e incorporava uma atriz pornô de quinta categoria, gemendo cada vez mais alto, gritando seu nome e o melhor de tudo: fingindo o melhor dos orgasmos.
Esse era o grande problema em seu uma acompanhante de luxo, as doações podem ser muito boas, mas a satisfação em sua maioria era inexistente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu Tenho Um Segredo (Acompanhante de Luxo)
Roman d'amourVivendo sob o nome de Esther Prado, a ambiciosa Lívia Martelli desbrava os corredores da alta sociedade paulistana. Estudante de Moda dedicada, ela equilibra a vida acadêmica com o trabalho de acompanhante de luxo de magnatas e políticos brasileiros...