7 - Arrival

697 60 10
                                    

— Acho melhor eu voltar para o meu quarto.

— Por que?

— Eu quero ir dormir Billie!

— Então ta!

— Não vai retrucar?

— Não, achei que estava brava comigo.

— Por que eu ficaria?

— Sabe...

— Se eu estou dolorida? Muito. Com raiva? Nem imagina.

Me levantei da cama e peguei meu vestido o colocando. Ela se sentou na cama e ficou me observando.

— Meu irmão chega amanhã, no caso daqui algumas horas. Eu queria que você fosse recepcionar ele comigo.

— Sem problemas. Só mande me chamarem que eu vou.

— E se eu fosse te buscar? Pera, porque não dorme aqui?

— Se eu dormir aqui nos vamos tranzar de novo.

— Eu prometo que não.

— Promete mesmo.

— De dedinho.

— Ok... — Falei me deitando e cruzando o meu dedinho no dela.

Eu não havia posto meu vestido por completo, então não via problema de dormir daquele jeito. Me aproximei de Billie e me deitei sobre seu peito, olhando a janela de seu quarto, estava chovendo e ela estava embaçada.

Eu estava cansada mas não o suficiente para apagar. Billie mexia no meu cabelo cuidadosamente com uma das mãos, coma outra ela brincava com a gola do vestido que eu usava.

— Uma hora suas amigas vão descobrir que você é minha dama de companhia. Acho que elas não vão gostar.

— Problema vai ser quando elas souberem o que você faz comigo.

— Como assim? — Ela perguntou levantando a cabeça, olhando para ela pude ver sua expressão seria de sempre com um pequeno sorriso querendo surgir.

— Sabe...

— Sexo?

— Sim. — Falei envergonhada, sentindo meu rosto esquentar.

— Você fica tão linda e sexy, corada.

Eu abaixei o olhar, sentindo meu rosto queimar mais ainda. Ela voltou a mexer no meu cabelo, até eu dormir.

*QUEBRA DE TEMPO*

Acordei com alguns raios de sol batendo no meu rosto, eu abri os olhos e percebi que ainda estava no quarto de Billie. E a mesma não estava mais na cama.

Me sentei na beirada da cama, observando o quarto. A caixa, não estava mais lá encima da mesinha. Me levantei e vesti o resto do vestido, sem o espartilho, já que eu iria me trocar daqui a pouco.

Quando eu ia sair do quarto Billie saiu de uma das portas.

— Eu não queria te acordar.

— Não me acordou, eu só quero voltar para o meu quarto para me trocar. Daqui a pouco Tereza aparece no meu quarto.

— Tereza só te acorda quando eu mando, então até lá... você é toda minha.

Ela veio andando na minha direção, quando ela chegou ela me deu um beijo, logo pedindo passagem. Ela me puxou contra ela, ela começou a me puxar de volta para a cama, até que alguém bateu na porta.

Ela se soltou de mim rapidamente e brava. Andou até a porta, antes de abrir ela me disse:

— Vai para o seu quarto, se troca. Me irmão chega em três horas, mas daqui a pouco é o café.

Enquanto eu arrumava a saia do vestido e ia em direção da porta para ir para o meu quarto, ela vê ou a porta. Era um empregado do castelo, do mesmo que foi chamar a mim e as meninas no jardim ontem.

Ela falou algo que eu não entendi para ele, e o mesmo foi embora.

Quando passei por ela, para ir para o meu quarto e bateu na minha bunda, foi de leve, mas me deu um susto.

Cheguei no meu quarto e tirei aquela roupa. E fui em direção do banheiro, liguei a banheira e esperei a mesma ficar bem cheia. Procurei pelo banheiro alguns sais de banho, encontrei alguns, peguei um de morango, hortelã e mel e joguei na mesma.

Entro na mesma sentindo meu corpo relaxar. Após alguns minutos quando a água já estava fria, e meu cabelo lavado sai, vestindo um roupão. Coloquei uma toalha no cabelo e sai.

Fui até meu closet e peguei um vestido simples, totalmente vermelho de mangas longas. Ele tinha um decote coração profundo, ou seja, vou ter que usar um pouco de maquiagem no meu colo.

Quando eu estava vestindo o mesmo, Tereza entrou no quarto.

— Minha majestade... o que aconteceu com o seu corpo? Está todo machucado.

— Tereza, não se preocupa. Eu estou bem.

— Que bom... vem, deixa eu te ajudar a fechar o vestido.

Ela fechou o espartilho do vestido, depois de um tempo naqueles laços. Depois ela mandou eu me sentar em um sofá, para cobrir com maquiagem as marcas no meu corpo, feitas por Billie.

Tereza escolheu um colar prata, com algumas letras brancas, para usar com o vestido.

Sai em direção da sala de jantar de sempre, no caminho encontrei as meninas, e fomos conversando sobre coisas aleatórias.

Billie já estava na sala, quando entrei seu olhar parou sobre mim. De toda a mesa eu era a única de vermelho, era uma cor vibrante, enquanto das meninas eram cores escuras e tristes. Não vou dizer que não me senti deslocada.

Me sentei no meu lugar, sentindo seu olhar queimar sobre mim.

Tomamos o café, e depois as meninas foram para a sala de lazer, e eu fiquei na sala de jantar. Aquela sala foi se esvaziando aos poucos

Senti alguém se aproximando de mim, quando vi era Billie. Ainda havia algumas meninas na mesa.

— Ame, já terminou?

— Sim.

— Meu irmão chega daqui a pouco. Vem comigo.

Ela falou e meu me levantei da mesa, atraindo a atenção das meninas. Pedi licença e fui andar com a Billie.

— Esse é o vestido qual você havia me falado?

— Sim.

— Realmente muito bonito, não esperava que tivesse cores vivas nos armários do castelo.

— Esse era o único. Ele é muito bonito.

— Realmente, e realça bastante suas curvas e algumas coisas mais.

Eu abaixei a cabeça envergonhada. Estavam os andando pelos corredores, não havia muitas pessoas por ali, apenas alguns guardas.

— Posso lhe fazer uma pergunta?

— Já fez.

— Eu sei Billie, eu quero outra então.

— Pode falar.

— Eu tinha mais alguém? Lá no mundo onde estão vivos?

— Três irmãos mais velhos, dois meninos e uma menina. Estão todos vivos. Quer saber o nome deles?

— Sim.

—  Topázio, seu irmão mais velho, Siam, mais velho do meio e Rubi a mais nova do meio. Siam e Rubi são gémeos.

— Nossa... todos meus irmãos tem nomes de pedras?

— Referente ao mês do seu aniversario.

Agora a gente andava em silêncio, não tinha lugar certo para onde estávamos indo, só andávamos pelos corredores quando, um dos guardas veio correndo em nossa direção.

— Majestade, seu irmão está chegando.

— Ok, estamos indo. Dispensado.

Ele fez uma reverência e saiu desaparecendo no corredor.

Andamos até a entrada do castelo, nunca havia vindo aqui, mesmo porque, hoje é apenas meu terceiro dia aqui. Era linda a frente do castelo, de fora ele parecia muito maior, mas não era tanto assim. É todo de pedra, uma pedra escura, porem muito bonita.

Uma carruagem parou na frente do castelo. O cocheiro, colocou um degrau na porta. Primeiro saiu, um cachorro caramelo e branco, que acredito ser um pitbull, logo apos uma bela garota de cabelos escuros e olhos verdes. Ela usava um vestido azul escuro, com pequenos detalhes em azul bebe na saia, e ele era de ombro a ombro. Logo após, saiu um homem ruivo, de olhos azuis como os de Billie, nesse momento percebi que deveria ser seu irmão.

Billie, me puxou até eles. Ela só largou meu braço, quando abraçou o irmão.

— Quanto tempo Billie. — Disse a garota abraçando a Billie. Ok, aquilo me incomodou.

— É mesmo Claudia, um ano?

— Acho que até mais. — Ela falou rindo.

— Ame, esse é meu irmão e sua noiva Claudia. Finneas e Claudia essa é a Ametista, minha...

— Dama de companhia. — Falei tentando dar meu melhor sorriso.

— Certo... Irmãzinha, nos temos muitos negócios a resolver, quando que podemos conversar?

— Claro, quanto melhor antes. Meninas... vão para a sala de lazer, depois a gente conversa mais Clau!

— Claro, os negócios do inferno primeiro. — Claudia falou é começou a andar em direção da porta do castelo.

— Vejo você depois, Billie?

— Claro, eu te chamo!

Dei meu melhor sorriso e andei rápido até a Claudia. Começamos a andar em direção da sala de lazer, em silencio, até que Claudia decide quebrar o silêncio:

— Então... como você conheceu a Billie?

— Eu meio que acordei aqui. Só isso mesmo. E você e o Finneas?

— Como todos aqui, exceto os dois, eu morri. Eu era uma artesã, eu fazia roupas, um dia a artesã de roupas do Finneas, quis voltar ao mundo dos vivos, então abriu uma vaga e eu me inscrevi. Era uma chance de dar uma vida melhor a minha família. E eu acabei conhecendo ele, foi aí que eu me apaixonei. Ele era tão bondoso comigo, nos viramos amigos, depois namorados, agora somos noivos, há duas semanas.

— Nossa, essa história é como se fosse de um livro de romance perfeito.

— Sim. Então, eu nunca vi ninguém usando vermelho, de todas as vezes que eu vim aqui. Aqui é muito escuro. Cores assim, mais vivas só vi no reino dos pais de Finneas e Billie, aqui é tudo tão deprimente.

— É a única peça, que não é escura das que eu tenho.

— Ah, sim. Mas então... me fale um pouco sobre você.

— Na verdade, eu não sei de muita coisa. Meu nome é Ametista, como você já sabe, meus pais estão aqui, no inferno e tenho 2 irmãos e uma irmã.

— A quanto tempo você está aqui?

— Três dias.

— Pera. Três dias? — Ela perguntou parando de andar. — Como que você passou por todo o processo tão rápido? E você não quis passar tempo com seus pais?

— Eu não quero, eu praticamente nunca vi eles. E quando cheguei aqui, nunca sai dos perímetros do castelo.

— Você não acha que eles tem direito de saber que você está aqui?

— Eu nem sei como eu morri.

— É só perguntar a Billie, normalmente quando você chega, você já vai para o campo de reabilitação, e lá eles respondem suas perguntas.

Voltamos a andar, aquilo que ela me disse, sobre conhecer minha família, e eles terem o direito de saber que eu estou aqui, rodava sobre minha mente. Chegamos na sala de lazer e as meninas vieram até mim, preocupadas, como sempre.

— Ai meu deus, você demorou, e as outras garotas disseram que a rainha havia chamado você...

— Calma Diana, eu estou bem. Não aconteceu nada, só fui recepcionar com a Billie seu irmão e a noiva dele. A Claudia. — Falei e olhei para a mesma. — Meninas, essa é a Claudia. Claudia essas são minhas amigas aqui: Diana, Celine e Elena.

— Muito bom conhece-las.

— Igualmente. — Disseram as meninas praticamente juntas.

— Nos vamos jogar um jogo de tabuleiro, vocês querem participar?

— Eu agradeço, mas prefiro ler meu livro. — Andei até a janela e me sentei na mesma.

A janela era acolchoada para poder ficar lá, sentada lendo. O que é uma maravilha, a luz natura é muito melhor do que a de uma vela.

Fiquei lendo por um bom tempo, nos chamaram para o almoço, e desta vez a mesa foi para apenas uma pessoa, Claudia, Finneas e Billie não vieram para o almoço.

O almoço foi silencioso, não havia muita coisa a se fazer, nem para conversar. O almoço foi massa a carbonara, nada muito especial para o meu gosto.

Depois do almoço, estava com muito sono, eu acabei tomando muito vinho, no meio da refeição Claudia decidiu vir sentar com a gente. Aquela foi a melhor parte, onde nos conversamos mais, e bebemos mais. Toda vez que nossa taça estava vazia, vinha alguém e a enchia, nem percebi quando estava na oitava taça.

Fui para o meu quarto e me joguei na cama, não me cobri nem nada, so me deitei sobre as camadas de cobertas, e dormi.

Não dormi muito, eu acordei enquanto ainda era cedo, o sol nem havia começado a se por. Estava com um dor de cabeça, mas nada impossível de se viver. Tereza estava me chamando.

— Senhorita Ametista, a vossa majestade está te chamando.

— Eu não estou me sentindo muito disposta. Você tem algo para a cabeça?

— Tenho, se quiser eu aviso que você não está bem.

— Eu não quero preocupar ela, eu já vou, só me traga algo para essa dor antes. Por favor.

— Claro. — Ela saiu apressadamente do quarto.

Eu estava com frio, mas me recusava a me cobrir. Me deitei sobre os travesseiros e me encolhi. Eu suava muito, mas eu não entendia porque eu estava com frio.

Após alguns longos minutos, a porta foi aberta novamente, mas não era quem eu esperava.

Ela veio andando apressadamente até mim. Colocou o copo com suco e um remédio na cabeceira e se sentou na cama.

— Ame, você está tremendo, quer se cobrir?

Eu apenas assenti, eu queria falar, mas eu não tinha forças para isso.

Ela puxou as cobertas e jogou as mesmas sobre mim, ela legou o remédio e me entregou, quando a me deu o copo, sua mão encostou na minha. Logo depois ela colocou a mão na minha testa e depois no pescoço.

— Você está pegando fogo, eu vou chamar alguém.

Ela se levantou e foi até a porta chamando alguém. Ela se dirigiu até o banheiro e ou de ouvir ela ligando a banheira.

— Vem, você pode não morrer, mas pode entrar em coma com esse calor, você está ardendo em febre.

Me levantei da cama com sua ajuda e fomos para o banheiro. Ela me sentou em um banquinho e começou a desfazer o espartilho, um pequeno tempo depois Tereza chegou, e com a maior facilidade do mundo ela desfez o mesmo. Elas tiraram o resto da minha roupa e me levaram até a banheira.

Coloquei o pé, a água estava muito fria, congelante. Mas elas conseguiram me colocar na mesma, eu tentei lutar contra, mas eu estava muito fraca, então foi fácil para elas.

Elas me deixaram ali na banheira e foram para o quarto com meu vestido.

Fiquei um bom tempo lá, até a água parecer normal para mim.


🌵🌵🌵🌵
2330 palavras... kkkk

Bom, para vocês entenderem sobre os irmãos da nossa Ametista, segue a imagem do aniversário dos seus irmãos... não é nada importante, so quis colocar msm.

 não é nada importante, so quis colocar msm

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



Votem e comente babys

MY LUCIFER IS LONELY [Sendo corrigida]Onde histórias criam vida. Descubra agora