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Alexandra pov
Revirei meus olhos pela décima vez. Eu já tinha dito ao Tony que eu não ia em festa nenhuma, e ele continuava insistindo.
- Foguinho, você já não sai desse quarto tem o quê? Três dias?
- Três e meio... – Resmunguei.
- Então! Você vai.
Olhei bem pra cara dele.
- Tony, querido... Seria falta de educação eu te expulsar da sua própria Torre?
- Um pouco grosseiro, mas eu iria compreender totalmente. Até eu já pensei em fazer isso comigo mesmo.
Revirei os olhos de novo.
- Se eu disser que vou, você me deixa em paz?
- Óbvio.
No fim das contas, eu disse que iria, mas eu também podia mudar de ideia. Isso fez ele me deixar em paz, por enquanto.
********
A festa seria hoje a noite. Eu peguei e fiz o que eu estava fazendo nos últimos dias: Tomei um chá calmante e tentei dormir, dessa vez, me fazendo de desentendida e "esquecendo" a festa.
E eu teria conseguido dormir até o outro dia, se a peste do Tony não tivesse entrado no quarto igual um furacão.
- Foguinho, anda. Hora de acordar.
- De onde você tirou esse apelido agora, hein? – Falei resmungando, e colocando o travesseiro na minha cabeça. – Me deixa dormir. Vai voar na sua armadura, vai. E é falta de educação entrar sem bater... Aliás, porque você tem acesso aos quartos mesmo estando trancados?
- Pra jogar um balde de água fria em pessoas na mesma situação que você.
Retruquei:
- Então, depois de jogar o balde, tranca a porta ao sair, sim? Obrigada...
- Ok, então. Vou deixar isso aqui na beirada da cama. Pensa com carinho.
Escutei a porta sendo fechada. Eu senti que ele largou alguma coisa na cama. Não aguentei a curiosidade e me sentei para ver. Era uma caixa.
Abri e tive uma surpresa. Era um vestido azul escuro, bem parecido com o meu, mas esse tinha uns detalhes a mais.
Enquanto eu admirava o vestido, alguém bateu na porta.