Part 40

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-Aonde você vai? - perguntou Sabina, com medo de tê-la magoado.

-Passar protetor solar.

Sabina riu, uma mistura de humor com alívio.

-Você não vai torrar em uma meia horinha no sol. Vamos logo.

-Não sei... - Sina parou, indecisa, no batente da porta.

-Nem vou contar até três - disse Sabina, rindo e se aproximando. Sina recuou alguns passos devagar, mas desatou a correr quando Sabina apressou o passo atrás dela. Deu a volta na sala e ia subir a escada quando Sabina a enlaçou pela cintura.

-Você não vai torrar - disse Sabina, rindo, a apertando mais forte quando Sina tentou se soltar.

-Não, mas vou ficar vermelha como um camarão. E minha pele vai ficar ardendo - resmungou Sina, em sua defesa, enquanto Sabina andava calmamente.

-Que divertido. Vou ter uma desculpa para deixá-la sem roupa na minha cama enquanto passo um creme qualquer para aliviar sua profunda dor - Sabina falou, como se fosse um sacrifício.

Sina queria chutá-la, mas Sabina se desviou com agilidade e fechou a porta da cozinha atrás de si.

-É seguro soltá-la agora?

-Não. Eu vou passar por cima de você, derrubar a porta com um chute e subir correndo até o quarto para passar protetor solar.

Sabina teve que rir, soltando-a no chão.

-Não me olhe assim. Você que é a rainha do drama.

Sina rolou os olhos, mas Sabina ignorou isso.

-Vamos apostar uma corrida até... - Sabina apertou os olhos para conseguir ver na luz ofuscante do sol. - Até aquele coqueiro, onde estão aquelas pedras.

Não era tão longe, duzentos, ou trezentos metros.

Sina assentiu, disparando.

-Ei! - chamou Sabina, correndo atrás de Sina, rindo - Eu não disse que poderia começar!

Mas Sina manteve o ritmo, seus pés jogando areia para trás.

Sina resolveu correr próxima ao mar e depois subir, pois lá a areia era mais densa e seus pés não afundariam. "Vou ganhar de Sabina facilmente".

Em um lampejo, viu Sabina correndo ao seu lado.

-Ei! Como? - Disse Sina, vendo-a ameaçar passar à sua frente. Sabina riu, aumentando a velocidade, as duas estavam lado a lado - separadas pela mísera distância de dois metros - quando chegou a hora de Sabina virar para poder alcançar o coqueiro...

Sabina de fato teria feito isso e estava alguns centímetros à frente de Sina quando sentiu duas pernas ao redor da sua cintura e duas mãos a pressionando para baixo. Sabina passou uma mão para trás, segurando-a firmemente, antes de puxá-la para baixo e cair em cima de Sina.

-Isso foi trapaça - alertou, séria.

Mas Sina esticou a mão para trás, tocando o tronco do coqueiro mais próximo da areia.

-Venci.

-Mas você é uma peste! - constatou Sabina.

-Eu sei.

-Você saiu na frente e pulou em cima de mim quando eu ia ganhar.

-Eu sei - e Sina parecia tão genuinamente satisfeita que Sabina teve que sorrir.

Sabina teve o cuidado de aproximar seu antebraço de Sina antes de encostar ainda mais seus corpos, ela não poderia escapar.

-Você pelo menos pensou no que eu disse sobre amassos na areia quente?

The Experiment || SibinaOnde histórias criam vida. Descubra agora