09⠸ CAPÍTULO NOVE

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Conforme as horas foram passando, Uriah descobriu que as espectros tinham um senso de humor maldoso e adoravam rir dos segredinhos sujos que sabiam dos lordes grã-feéricos da corte Noturna

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Conforme as horas foram passando, Uriah descobriu que as espectros tinham um senso de humor maldoso e adoravam rir dos segredinhos sujos que sabiam dos lordes grã-feéricos da corte Noturna. Nuala e Cerridwen sabiam muito de todos, chegava a ser assustador. Uriah compreendia totalmente o motivo de Azriel ser o mestre-espião e ser tão temido. Segredos poderiam destruir dinastias tão rápido quanto construí-las.

Quando a noite caiu, decidiram parar algumas por algumas horas. Uriah pegou a primeira vigília e, vendo as irmãs se aconchegando em uma dobra escura da gigante arvore em que pararam, a illyriana olhou para cima e escalou-a até atingir uma altura considerável, deixou uma perna e uma asa de cada lado do galho, apoiando suas costas no caule e suspirou, apreciando a fraca brisa noturna.

Fechou os olhos, concentrando-se apenas nos sons ao redor. Desde cedo aprendera que a visão podia enganar muito facilmente, principalmente à noite, quando a luz da lua fazia as sombras dançarem, criando formas e contornos estranhos. Seus pés estavam começando a lateja e Uriah os mexia levemente dentro da bota de couro, para mantê-los maleáveis, levou a mão até o lado direito em sua cintura, pegando um cantil de água que sempre carregava junto a si e bebeu alguns pequenos goles, logo o guardando de volta. Não podia beber muito desde que não sabia quando teria a oportunidade de enche-lo novamente, as três não podiam se aproximar muito das vilas ou cidades, se não chamariam atenção demais e pegar água de algum riacho que provia para a corte poderia facilitar que alguém as localizasse.

Os illyrianos sempre realizavam missões em outras cortes, seja por ordem do Grão-Senhor ou por objetivos próprios do acampamento e a regra mais importante, que reinava sobre todas as outras, era a de manter a descrição. Se os outros Grão-Senhores soubessem que os illyrianos iam e vinham em suas terras tão facilmente, uma guerra poderia estourar tão rápido quanto um bater de asas.

E uma guerra interna era tudo que eles não precisavam. Apesar de ninguém ter diretamente mencionado que havia uma nova guerra vindo, Uriah conseguia sentir em sua pele quando via seu pai treinando filhotes prematuramente, pegando pesado no treinamento de guerreiros já sangrados, na produção de armas que estava a todo vapor, no foco em eliminar qualquer possível traidor em suas linhas. Na tensão que ainda dominava todos, na falta de celebrações.

Eles não sabiam quando a batalha viria, apenas sabiam que ela estava vindo e tinham que estar preparados para tudo. Por isso que a busca por traidores estava tão intensa.

Estralando seu pescoço, Uriah deixou seus pensamentos de lado e focou nos sons da floresta, não escutando nada anormal durante todo o resto da noite. Quando seu tempo de vigília acabou, chamou Nuala e apoiou sua cabeça no tronco, cochilando pelas próximas horas, até o dia começar a dar sinais.

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