War Zone || Larry Stylinson

15- Louis

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-HARRY! -Não pude fazer nada para impedir que Harry levasse um tiro bem no estomago. A raiva me invadiu, levatei minha arma e dei pelo menos cinco tiros em Oliver.

Me agaixei ao lado de Harry para checar seus batimentos, meu coração estava apertado e minhas mãos estravam tremendo, mas ainda sim consegui sentir o leve batimento cardiaco de Harry. Ele ainda estava vivo. Eu não conseguia raciocinar, estavamos em uma area mais escondida, mas ainda era possivel ouvir os tiros atrás de nós e a cada um minha cabeça ficava mais pesada.

-LOUIS! -Zayn. Era a voz de Zayn. Eu não consegui indentificar de onde estava vindo, tudo em volta de mim estava confuso. Harry irá morrer se eu não fizer algo agora. Infelizmente, algo pesado me atingiu por trás, me fazendo desmaiar.

Acordei com uma dor de cabeça terrivel. Era como se meu cerebro estivesse dançando ao som de um rock terrivel. Demorei alguns seguindos para raciocinar e meus olhos se acostumarem com a claridade do que parecia ser o meu proprio quarto. Não me mexi por conta da dor de cabeça, mas vari meus olhos pelo lugar e logo avistando Liam sentado na cama de Lottie. Chorando. Merda, Harry!

-Liam, onde está Harry! -Eu perguntei desesperado, me levantando de abruto e minha cabeça logo protestou, me fazendo deitar novamente. -O que houve? Minha irmã está bem?

-Um dos guardas te bateu na cabeça. Por sorte Zayn estava por perto. Eu não sei sobre Harry, o procuramos por todos os lados e ainda estamos procurando. Niall... Niall está morto. Mary também. Lottie está bem. -Respirei aliviado. -Zayn soltou gás aos aredores, eles ficaram assustados e recuram. Pelo que contamos, perdemos aproximadamente 200. Isso sem contar os estragos que os filhos da puta fizeram pelas Areas.

Eu não acreditava no que estava ouvindo. Não podia ser verdade. Niall estava morto e Harry desaparecido. Isso só podia ser um pesadelo. Meu sangue ferveu em raiva pura, eu queria fazer eles pagarem por terem machucado meus amigos. Minha familia.

-Harry estava ferido gravemente. Oliver atirou em seu estomago. Esses filhas da puta vão se arrepender de cada segundo da vida miseravel que eles tiveram.

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Minha dor de cabeça melhorou um pouco na parte da tarde, bem quando Zayn apareceu em minha casa cabisbaixo.

-Eles estão enterrando os corpos dos nossos e queimando os outros. Ainda não achamos o corpo de Harry.

-Harry não está morto! -Só essa ideia já fazia meu corpo inteiro se arrepiar. Eu não estava preparado para lidar com isso agora. -Ele ainda estava repirando quando eu desmaiei. Você era o unico que estava perto, Zayn, tem certeza que não viu nada?

-Eu atirei nele de longe, a fumaça e a mascara estavam limitando minha visão. Ele já não estava lá quando eu cheguei. sinto muito, Lou. -Eu não me importava com o que ele dizia, Harry está vivo. Não sei se isso era algo que eu sentia ou que estava dizendo a mim mesmo apenas para me sentir melhor. -Liam está bem?

-Ele está abalado. Chorou muito e eu fiz um chá para acalma-lo, está dormindo agora. Mandei as meninas para a casa do seu pai.

-Tudo bem. Ele está bem puto, mas Lottie com certeza está pior. -Ele riu, mas soou mais como um riso de desespero.

-O que faremos agora? -Perguntei preocupado.

-Sinceramente? Eu não sei.

-Harry saberia... -E era verdade. Harry pensava rapido. Ele me passava segurança.

-É, mas ele não está aqui! -Zayn parecia verdadeiramente zangado. Não me deu chance de responder, apenas saiu e foi em direção ao quarto procurar por Liam.

Mais tarde, nos acabamos seguindo de volta para a fabrica para ver como estavam as coisas. O medo que exalava entre eu, Liam e Zayn estava nos matando, mas ninguém queria admitir isso em voz alta. Era isso? Esta tudo acabado? Eu arrisquei a minha vida e da minha familia por isso, para que agora todas as minhas esperanças caíssem pelo ralo. Metade do nosso exercito estava morto e sem Harry o plano iria pra merda. Estavamos perdidos. O pior de tudo para mim nem é pensar sobre o que vamos fazer. Era Harry perdido por ai. Esse homen me vez em menos de dois meses sentir tudo que ninguém tinha me feito sentir a minha vida inteira e eu sequer tinha tido a oportunidade de dizer isso para ele... Não. Droga, não! Harry estava vivo. Eu preciso que ele esteja.

-Sera que algum dia vamos conseguir chegar nessa fabrica sem que tenha uma aglomeração? -Liam falou e eu rapidamente olhei confuso pela janela. Realmente, tinha uma aglomeração, mas essa me parecia um tanto peculiar. Logo saimos do carro correndo para ver o que diabos estava acontecendo agora. Me surpreendi ao chegar lá e ver uma Charlottie extremamente brava falando no meio das pessoas.

-Quando nós estavamos na escola, nos ensinaram que somos sobreviventes, que somos lutadores corajosos que resistiram a ataques nucleares e bombas. Eu não sei qual é a crença de cada um aqui, mas eu acredito que tudo na vida aconteça por um motivo. Nossa especie não resistiu a bombas para que hoje chegássemos até aqui e deixarmos que alguém nos diga o que é certo e o que é errado. Deveriamos poder decidir isso por nós mesmos! As opiniões divergentes fizeram nosso mundo ser reduzido a cinzas no passado, então não vamos cometer o mesmo erro. O Sul e o Norte foram criados com um propósito e nós nunca poderíamos ir contra ele. Até agora. Não sei vocês, mas eu não vou ficar aqui e deixar a segunda chance que foi nos dada como especie ir para a merda. Eu quero lutar, não só por mim, mas por outras pessoas tão perto de nós que estão tendo seus direitos humanos basicos violados! Infelizmente, eu não posso lutar sozinha, afinal nada no mundo foi feito sozinho. Procurem suas razões para lutar e canalizem elas, seja quais forem e façam valer a pena. Nós vamos resistir, juntos eu sei que vamos.

Quando ela finalizou seu discurso, uma salva de palmas repleta de assovios e palavrões foi ouvida, seguida por um coro de pessoas gritando "Justiça!". Tenho que admitir, isso era poderoso.

-Sua mãe teria ficado orgulhosa de ver isso, Louis. -Yaser apareceu ao meu lado, passando as mãos pelo meu ombro e me abraçando de lado.

-Foi você quem trouxe essas pessoas pra cá? -Perguntei surpreso.

-Não. Ele teve uma ajuda. -Uma voz que me era muito familiar apareceu ao nosso lado, segurando Doris e Ernest no colo e com uma garotinha timida agarrada em suas pernas.

-Pam! Caramba, como chegou aqui!?

-Kevin me ligou e pediu alguns reforços. Eu e Yaser somos velhos amigos, sabia? -Ela disse, trocando um sorriso cumplice com o pai de Zayn.

-Esse dia não tem como ficar mais louco. -Balancei a cabeça e ambos riram de mim. Doris logo começou a ergues os bracinhos pedindo pelo meu colo, assim que peguei a menina ela já comeceu com um coro de "Justiça!" Contagiada pelas pessoas ao redor. -Já te contaram sobre o Harry? -Pam respiou fundo, afirmando que sim com a cabeça.

-Mamãe, fala pra ele que o tio Hazz 'ta bem. -A garotinha disse baixinho, ainda agarrada na perna da mãe.

-Não se preocupe, Munique. Aquele garoto é duro na queda desde que nasceu. Bem dizem que vaso ruim não quebra. -Liam e Zayn apareceram atrás de nós, Liam conseguiu arrancar um sorriso da garotinha com suas palavras. -Bom, parece que está na hora de começarmos a brincar de verdade.

-Eu não brinco em serviço, Liam.