7- Louis

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(Não se esquecem de votar na fic e comentar porque isso realmente me incentiva demais <3)

Eu estava a algumas horas sentado na poltrona que ficava ao lado da cama, no pequeno quarto que pertencia ao cara chamado Liam. Estava distraído demais lendo um dos livros de Marcel sob a luz de um abajur. Harry estava descansando na cama. Ele já não está mais desmaiado, apenas dormindo e vai acordar a qualquer momento, por isso, resolvi ler apenas com a luz do abajur para não acorda-lo.

Tenho que admitir, Zayn tinha razão. O jeito como ele sequer pensou uma vez antes de correr para tentar ajudar aquelas mulheres, mesmo sabendo que ia acabar morrendo, mexeu um pouco comigo. Foi imprudente e impensado, mas foi corajoso. Infelizmente a coragem e a imprudência andam lado a lado. Harry seria um bom líder, eu sei disso apenas pelo fato dele ter arriscado a própria vida em prol de uma causa que já era perdida.

-Onde estão os outros? -Uma voz rouca e sonolenta me tira dos meus pensamentos. Deixo o livro de lado e vou até a cama, ignorando sua pergunta, coloco a mão na testa do homem que apenas me olha estranho, mas não se mexe.

-Não está com febre. Isso é bom, quer dizer que a ferida não infeccionou. -Explico e volto para a poltrona com meu livro. -Você teve sorte, a bala não atravessou e nem perfurou nenhuma veia. Sabia que você poderia morrer de hemorragia?

Harry sequer pareceu ter me ouvido, se apoiou com dificuldade nos cotovelos e puxou a coberta para longe do seu corpo, analisando o grande curativo que tinha posto no meio de sua coxa. Ele estava apenas de camisa e cueca, então tive que desviar os olhos de suas pernas.

-Não foi sorte. Aquele guarda e eu temos um leve histórico familiar... Por quê você nunca responde as minhas perguntas? -Percebi que ele não queria continuar tocando no assunto, então apenas não insisti, mesmo sendo um homem curioso por natureza.

-Como assim? -Falo confuso, vendo-o se cobrir novamente e se acomodar, olhando para o teto.

-Aquele dia, era você no telefone. Onde estão os outros?

-Você é muito insistente. Eles estão... cuidando do enterro. -Falei com cuidado. O leve sorriso que estava em seu rosto se foi. Ele se lembrou do porquê ter levado um tiro.

-E por que você está aqui? -Ele disse um tanto baixo, tentando não se mostrar sentimental.

-Alguém precisava cuidar de você. E também, não queria correr o risco de ser pego. Agora eu entendi o que Zayn queria dizer com "aqui é difícil".

-Isso é um eufemismo. Aqui é um inferno mesmo. Então, quer dizer que você cuidou de mim. -Ele deixou de lado a melancolia e vestiu novamente sua máscara de sarcasmo. Decidi apenas ignorar e voltar a atenção para o meu livro.

-Eu quem removi a bala, fiz o curativo e os pontos também.

-Uau. Você não mata seus pacientes de tédio?

-Não sou médico, babaca. Minha mãe era enfermeira e eu aprendi algumas coisas. Tenho 6 irmãos mais novos, então aprender a dar pontos é importante.

-Sua mãe era enfermeira? -Ele disse, claramente dando enfase no "era".

-Sim. Ela faleceu uns 2 anos. -Explico tentando não demonstrar meu leve receio em tocar nesse assunto com alguém que eu acabei de conhecer.

-Que merda. -Ele diz, indiferente. De uma forma um tanto estranha, isso realmente pareceu melhor que qualquer frase de consolo que eu já ouvi.

-Isso foi realmente reconfortante.

-É, eu sei como "sinto muito" pode acabar soando irritante depois de certo tempo.

-Já ouviu muitos "sinto muito"?

War Zone || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora