Capítulo 14 - Um Mal Pressentimento

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Caleb

Ligo para Nerissa assim que saio da editora perguntando se ela vai dormir comigo na minha casa mas ela disse que quer dormir na cassa dos pais dela hoje.

- Então eu vou te ver. - falo e entro no carro - Quer que eu leve alguma coisa? 

- Quero! - ela diz empolgada - Quero um pote grande de picles, um pote grande de geleia de goiaba, chips de batata frita sabor churrasco e 6 iogurtes infantis de morango. - ela pede e eu rezo a Deus que ela ela não coma isso tudo junto e não na minha frente se não eu vou vomitar. - E antes que pergunte, não. Não é tudo para mim. O iogurte é para Emma porque eu tomei todos os iogurtes dela hoje a tarde e vomitei tudo.

- Deixa eu falar com ela. - peço e ela chama Emma para falar no telefone - Oi, minha princesa! - digo quando ela diz alô. - Soube que sua mãe tomou seus iogurtes.

- Ela tomou todos! - ela diz e está brava - Não deixou nem um para mim!

- E você chorou? - pergunto e me estico no banco do carro.

- Chorei. - ela confessa e tenho vontade de apertá-la de tão fofa que é.

- Eu vou levar mais daqui a pouco, tá certo? - digo sorrindo - Quer mais alguma coisa?

- Quero chocolates. - ela diz e ouço a mãe dela dizer que quer também.

- Eu levo chocolate para as duas. - Falo e ela ri - Até daqui a pouco! - digo e encerro a ligação.

Dirijo para casa, tomo um banho e troco de roupa. Visto uma cueca cinza, bermuda preta e uma camisa branca de mangas curtas, calço um par de tênis, coloco perfume e desço para a sala. Pego minha carteira, celular e chaves que deixei na mesa da cozinha e vou para a garagem pegar o carro. Começo a dirigir para o supermercado e tenho um mal pressentimento.

 Checo nos retrovisores mas nada parece incomum. Não há ninguém no carro comigo ou me seguindo. Acho que estou paranoico. Deve ter sido o livro de mistério que li hoje mais cedo. 

Paro no supermercado, compro tudo que me pediram e volto para o carro. Entro e um carro me chama a atenção. Um carro que quando eu saí da editora estava do outro lado da rua. Meu coração dispara no meu peito e meu sangue corre depressa nas minhas veias enquanto eu tento pensar no que fazer. 

Dou ré no carro, saio da vaga do estacionamento dirijo para a rua. Resolvo ir até a casa de um amigo meu que é policial e quando olho pelo retrovisor lá está o carro, um sedan hb20 preto com placa local. Paro em uma farmácia no caminho e entro apenas para ter certeza se estou sendo seguido. E não dá outra. Quando saio o carro está lá de novo. Ando até meu carro, abro a mala, tiro a chave de roda e começo a andar em direção do carro, mas o motorista liga o carro e vai embora.

Mas não tem erro! Eu estou sendo seguido!

Fico um pouco mais no estacionamento e, depois de me acalmar, dirijo para a casa de Nerissa. Mas o tempo todo eu só consigo pensam em quem pode estar me seguindo e porque. Paro o carro em frente a sua casa e já há outro carro lá fora os do seu pai, o Onix 2018 preto de Ryan. Pego as sacolas do supermercado, desço do carro e caminho até a porta. Toco a campainha e quem me atende é o pai de Nerissa, James.

- Ah! É você. - ele fala ao me ver e parece desapontado - O que faz aqui?

- Vim ver como Nerissa está e trazer umas coisas que ela me pediu. - respondo e após me olhar por um momento ele me deixa entrar.

- Ela está sendo examinada pela doutora Hopkins e depois tem alguns assuntos a tratar com o advogado. - ele fala enquanto caminha a minha frente sem se preocupar em olhar para trás - Então não atrapalhe.

MandonaOnde histórias criam vida. Descubra agora