Capítulo Um.
Como tudo começou. E nem é do real começo que estamos falando.
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Assim vou saber se tudo está bom
e mais pessoa vão fazer parte desse universo cheio de magia. 🤍.
Era muito engraçado, como quando começou a faculdade, Gael Holland, com quase 17 anos, arrancava de olhares confusos para cima de si à questionamentos irritantes sobre "como um garoto da sua idade pode estar na faculdade tão cedo?".
Bem, a resposta vinha de forma clara e precisa, sem muitas explicações: "terminei os estudos cedo", ele dizia, sem ao menos parar seu andar em direção a próxima aula.
O lugar era novo, em uma nova cidade, com uma nova vida. E isso tudo, inicialmente, era um tanto quanto assustador. Afinal de contas, Gael nunca estudara com tantas pessoas, e menos ainda em uma instituição de ensino como aquela, tal como nunca havia vivido em uma cidade tão pequena. Na realidade, tivera seu ensino todo em casa, onde professores vinham todos os dias para enchê-lo com conhecimento e fontes novas de pesquisa. Aquilo, depois de anos, estava sendo seu primeiro contato social de verdade e que não envolvia as festas de seus pais, cheias de pessoas esnobes esbanjando seus dinheiros, e, para ser sincero, não estava realmente gostando da sensação. Talvez um pouco das festas, mas um pouco menos do que esperava. Sua única razão para persistir no contato diário com diferentes pessoas, era que precisava daquilo para chegar onde desejava. Ter sua chance em um jornal e estudar as tantas diferentes formas de cultura com qual poderia proporcioná-lo maior conhecimento de suas diferenças e singularidades.
Sua agenda, desde muito novo, tinha de ser seguida a risca. De segunda a sexta, aulas das mais diferentes línguas e, além disso, as matérias essenciais para um bom currículo escolar. Aos sábados e domingos, ainda mais tarefas para fazer - em dias de sorte, como os chamavam, ele teria arte e música. E se achassem que o pequeno Gael tinha tempo para com a família, estariam bem enganados, pois, por mais que desejasse, não batia com as agendas de seus pais. Seus únicos momentos de diversão vinham de HQs diversos, livros cheios de estórias diferentes e tirinhas que o levavam para longe de sua realidade, para uma vida paralela, onde suas loucas aventuras o traziam felicidade.
Por isso, quando seus horários da faculdade saíram, não teve problema algum em acompanhar o itinerário que continha um cronograma de dois cursos diferentes. Gael, mais do que nunca, estava apto e certo de que aquela era a melhor forma de começar sua nova vida; como um garoto novo, ou melhor, como um novo homem. Ainda que com pouca idade, mas quase um homem.
Para que compreenda melhor quem foi e quem estava se tornando Gael, vamos traçar aqui alguns pontos importantes até o dado momento.
Vindo de uma família complicada e para lá de monótona, Holland trazia consigo uma vasta bagagem de ordens, ditados, regras e tudo que envolvia, como sempre acabava por dizer: "tudo que há de mais careta e hipócrita que a humanidade pode carregar". Não era para menos que, ao ter de escolher o que desejava estudar, um dos primeiros cursos que surgiu em sua mente fora o de ciências sociais com o foco em antropologia.
Portanto, o destaque do interesse de Gael era a diversidade cultural, e com isso podemos entender como tudo que engloba a manifestação social; os modos, hábitos, comportamentos, folclore, rituais, crenças, mitos e tudo que os povos, sociedade em si, faz, o que acreditam e os difere. Ele mesmo já havia concluído que sua escolha para o tema de sua primeira experiência fora de casa, viera de sua criação. A forma como fora criado tão regradamente graças a hábitos e crenças que sua família carregava cega e fielmente, despertara o interesse do porquê aquilo ocorria e o que mais poderia acontecer com outras famílias, grupos, pessoas, antes e hoje em dia. Gael era um curioso nato por assim dizer, além de muito inteligente e esforçado, sabia exatamente por onde traçaria seu futuro.
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C O U L R O F O B I A • 🏳️🌈 - ON HOLD
RomanceCOULROFOBIA NAO É TERROR! "Coulrofobia é o termo psiquiátrico usado para aqueles que tem medo de palhaços. É comum entre crianças, podendo também ocorrer com adolescentes e adultos. Às vezes o medo é adquirido após experiências traumáticas com um in...