A chegado ao circo.

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Capítulo Quatro.

A chegado ao circo.
Surpresa?

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Não deixem de comentar, votar e compartilhar, meus amores! Assim vou saber se tudo está bom
e mais pessoa vão fazer parte desse universo cheio de magia. 🤍

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   Kiant não ficava muito distante da península de Cilantro, umas poucas horas se assim podemos dizer. Contudo horas o suficiente para que Gael retirasse seus óculos, fechasse seus olhos e sonhasse, ou melhor, revivesse seus pesadelos. Talvez por sua cabeça atordoada de emoções, lembranças e questionamentos, isso acabara despertando um pouco mais do que queria em si.

    3:10 AM

Seu cobertor o protegia de tudo ao lado de fora, os desenhos de um dos seus personagens favoritos estampava a peça, dando-lhe ainda mais segurança. Sabia que o homem aranha era só mais um garoto normal que, por um acidente, pudera salvar a si mesmo e ao mundo. Sabia então que talvez ele pudesse salvá-lo de seus medos também. E se pudesse queria poder salvar a si mesmo, ter sua teia, voar para o alto, desprender-se das coisas e saltar para longe. Queria comer seus doces do alto de uma casa, passear e sair, sentir que de repente, assim, alguém poderia gostar de sua companhia divertida.

Aquela hora deveria ser do relógio biológico do menino. Sempre que acordava e olhava para a hora, seus pequenos olhos se arregalavam.

"Sabe Gael," sua prima mais velha comentava, "Essa é a hora que geralmente os bichos saem por aí, para caçar garotinhos medrosos como você."

E o menino sinceramente amava animais, bichinhos bonitinhos e até os mais ariscos como morcegos e cobras, porém sabia que os tais bichos que a garota mais alta mencionava, eram piores. E ele não tanto gostava desses.

Tinha uma sequência de canções em sua mente, que o faziam desligar do que estava ao seu redor, sua babá, ou melhor, Dada, contara uma vez sobre os carneirinhos que poderia contar,e como tal conhecia o menino, incrementar: "seus heróis também vão poder brincar." E assim começa, a cantiga própria de Gael onde carneirinhos fugiam de Thor, Hulk e todos os outros, até todos serem reunidos novamente.

A vozinha doce soava pelas cobertas, a pequena lanterna iluminando aquele ambiente seguro criado por ele, uma cabana feita de coberta. Sorria praticamente esquecendo de seu medo. Os olhos apertadinhos já prontos para o sono, bem, isso até o ranger da porta o despertar. Sabia que ela já estaria aberta, a luz do corredor era como um abajur para o garotinho, sendo a frestinha a iluminar o quarto escuro. Sua Dada havia deixado assim desde o primeiro dia, para que dormisse melhor, ela já dizia.

O piso de seu quarto quase não rangia normalmente, seus pais detestavam o barulho, e sempre que o fazia, trocavam para um novo. Mas dessa vez, ao ranger da porta, a cada "passo" o barulho parecia ecoar por todo o quarto verde do menino.

Estava encolhido, com as mãozinhas e os pés com o cobertor por debaixo deles, como a manta invisível que havia visto em Harry Potter. E ah, como ele queria ter poderes, estudar em Hogwarts, e ainda ter uma manta invisível e se proteger do bicho que estivesse ao lado de fora. A rápida viagem que sua mente fez, colocara um sorriso em seu rostinho miúdo, contudo, isso não durara muito e a boquinha apertara em uma linha reta de tensão, segurando até mesmo sua respiração. Sentia algo se aproximar e aquecer ainda mais seu corpo pela energia emitida pelo outro.

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