cap 26

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Amber on
Acordo ao lado de meu avô, foi uma noite boa pra variar, falei tudo oque estava sentindo, é bom poder contar tudo a ele, mesmo ele não respondendo, mas mesmo assim, sinto falta de ouvir a voz dele.

-Amber- Oi vovô...sinto muito sua falta, realmente espero que você fique bom logo, espero que também possa me ouvir, eu te amo, e não se preocupe, vou ficar bem, tenho que ir agora—beijo sua bochecha e vou pra casa.

Minha casa era longe do hospital, então eu andei muito, no meio do caminho muitas pessoas ficavam me olhando, por conta do vestido, mas não liguei, só queria minha cama, minha casa, e esquecer oque aconteceu ontem.

-Dayse- Amber! Aonde você estava? Eu fiquei preocupada sabia?—ela me abraça.

-Amber- Oi mãe, Relaxa tô bem, eu passei a noite no hospital com o vovô, agora me deixa subir tá—vou em direção a escada.

-Dayse- Amber, oque Aconteceu ontem?—respiro fundo.

-Amber- Perdi minhas melhores amigas, o garoto que amo, descobri que a escola inteira tem medo de mim, e agora estou completamente sozinha, feliz?—subo correndo.

Eu não estava triste, só estava com muita raiva, tudo isso foi culpa da Camila, ela me paga, eu odeio ela com todas as minhas forças, e pra piorar meu avô ainda está naquele maldito hospital, por minha culpa.

-Simon- Ei, aquela não era a surpresa que elas prepararam—eu olho pra ele.

-Amber- Tá, tá sei...—ele se senta ao meu lado.

-Simon- Sei que está sendo horrível pra você, toda essa experiência, mas vou estar aqui se precisar—sorrio e assinto—ok mas, você vai no acampamento?

-Amber- Deixar o vovô sozinho pra aturar a Camila, por 2 semanas?...nem morta—ele ri.

-Simon- Bom, é daqui uma semana, se mudar de ideia, é só dizer—eu assinto e ele sai do quarto.

*                          *                             *

A semana passou voando, e eu iria dizer: - "mais um dia normal na escola", mas seria totalmente mentira, eu estava com um pressentimento muito ruim hoje, desde que acordei, isso estava me deixando louca e assustada, mas não deve ser nada. Além disso meus pais estão me tratando melhor que o normal, mas tudo bem.

-Dayse- Oque vai fazer hoje filha?—me sento.

-Amber- Visitar o vovô e...acho que só—ela me olha estranho.

-Dayse- Filha você não quer sair, sei lá ir no cinema, se divertir, você está sempre indo no hospital, eu fico com seu avô—me levanto.

-Amber- Não mãe eu tô bem, quando o vovô acordar, quero ser a primeira a ver isso—sorrio—agora vou indo, beijos.

-Dayse- Tchau menina Bloom—ela sorrio meio fraco.

Não sei oque deu em meus pais, principalmente, oque deu em meu pai? Ele só viaja a trabalho, mas agora ele está mais em casa, não que eu esteja reclamando, longe disso, é bom ter ele por perto, só acho estranho.

Chego no Hospital, e vou direto pro quarto do meu avô, que infelizmente ainda estava na mesma.

-Amber- Oi vovô, espero que esteja melhor hoje...—me sento na poltrona ao seu lado—O meu pai ta estranho sabe? Ele só fica em casa agora, se você estivesse acordado se espantaria com isso.  E eu e Rasmus não nos falamos a um bom tempo, quase duas semanas, isso está me matando, eu ainda amo ele, tipo pra caramba...sei que já falei isso umas mil vezes, mas preciso dizer de novo, me desculpa vovô, é culpa minha você estar assim. Minha perna já está melhor, espero que você esteja melhor, eu te amo muito, tipo mil milhões sabia?.

De repente alguns médicos entram, foi muito do nada, mas não me espantei afinal eles eram médicos, ou melhor eu achei que eram. Eles começaram a mexer no aparelho de respiraçao do meu avô, me levanto imediatamente.

-Amber- Ei vocês não podem fazer isso—os empurro.

-****- Podemos sim, nós temos permissão pra isso!—diz um deles desligando a máquina.

-Amber- Para com isso!—o empurro de novo—permissão de quem? Minha mãe nunca permitiria isso.

-Dayse- Amber...—minha mãe, meu pai, irmão, Rasmus, Martin, Simone etc. Estavam todos ali, só não entendi o porque todos eles, vieram fazer visita.

-Amber- Mãe! Graças a Deus, esses dois idiotas iriam desligar a máquina do vovô—falo na frente da máquina.

-Dayse- Amber, sai daí—diz em um tom firme.

-Amber- Não Mãe, você não ouviu oque eu acabei de dizer?—cruzo os braços.

-Marcos- Filha sai daí—diz se aproximando.

-Amber- Não pai, eles não podem fazer isso—ele se aproxima, segura em meu braço e me puxa—NÃO, ME SOLTA.

Eles desligam o aparelho de respiraçao do meu avô, já podia sentir as lágrimas escorrendo pelo meu rosto bem lentamente, eles desligam a máquina, aquilo partiu meu coração. De repente tudo ficou em câmera lenta, era como se fosse um pesadelo, mas o problema é que estou presa neste pesadelo, eu não conseguia ouvir mais nada, só ouvia a minha voz gritando diversas vezes pelo meu avô, eu tentava me soltar pra impedir aquilo, mas não conseguia.

-Amber- VOVÔ, VOVÔ NÃO...—Eu só ouvia aquilo, enquanto minhas lágrimas caíam.

A porta do quarto em que meu avô estava, se fecha bem na minha frente, eu só sabia chorar, eu não sabia ao certo oque acabou de acontecer, ou oque fazer. Meu pai me abraça, esse abraço não chegou nem perto de ser confortante, me solto e saio correndo, eu só consegui fazer isso, pensar nisso, só consegui fugir.

Sou uma completa idiota por fugir, por não fazer nada, mas foi oque me ocorreu, eu saio correndo até chegar na minha casa, me tranco no quarto. Eu estou completamente confusa, triste e com raiva, eu realmente não sei oque fazer, neste exato momento estou sentada no chão chorando muito, e penando em como minha mãe permitiu que fizessem aquilo com o próprio pai? como minha mãe permitiu que aquilo acontecesse?.

-Simon- Amber abre a porta!—ouço ele chamar enquanto batia na porta.

-Amber- Me deixa em paz!—falo entre soluços.

Estou me sentindo uma criança, mas é que, meu avô era tudo pra mim, minha vida, oque vou fazer sem ele? Isso tudo é culpa minha, eu me ODEIO!.

É só eu, ou vocês também estão sentindo raiva e tristeza nesse momento? O vovô não poxa! Me desculpem, por ter tido esse final trágico não me matem.
Não me matem por não estar postando frequentemente como antes, é que estou sem tempo e com bloqueio de ideias, espero que tenham gostado.

Beijos Lah♥️

the rain-minha versãoOnde histórias criam vida. Descubra agora