Cap 2

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Um mês depois do pedido de casamento, os Elizalde resolveram realizar um jantar de noivado, Bárbara desce as escadas e vê Fernanda orientando os empregados para que tudo ficasse perfeito.

Bárbara: O que está acontecendo?

Fernanda: Eu não devia te dizer, mas estou organizando tudo para o meu jantar de noivado e você só estará presente por estar casada com o meu pai. (A encara).

Bárbara: Fernanda, sei que você e seus irmãos me odeiam por todos os crimes que já cometi, mas eu só os cometi a mando do Artêmio e agora que ele está morto não preciso mais fazer mal a ninguém.

Fernanda: Você é a personificação do mal, Bárbara.

Bárbara: Não quero brigar. (Se retira).

Bárbara vai para o quarto e aproveitando que Gonçalo não estava ela se permite chorar, horas depois já com o cair da noite Aurora chegou com o marido e o filho e foi ver a mãe que estava abraçada no travesseiro chorando.

Aurora: Mãe, por que está chorando?

Bárbara: Filha, me abraça. (Olhos marejados).

Aurora: Me fala o que houve? (Abraça a mãe).

Bárbara: Os Elizalde me odeiam, com exceção do Gonçalo que me perdoou depois que eu expliquei tudo pra ele, a Fernanda disse que eu sou a personificação do mal.

Aurora: Ela vai se ver comigo. (Se levanta).

Bárbara: Deixa, não vale a pena, ela já venceu, o homem por quem me apaixonei vai se casar com ela. (Segura o braço da filha).

Aurora: A senhora gosta do Franco?

Bárbara: Sim, mas não importa mais. (Cabisbaixa).

Aurora: Se arruma e vamos descer, não vamos deixar que os Elizalde tenham o gosto de te ver sofrendo.

Bárbara: Tem razão. (Tenta se levantar e sente uma tontura).

Aurora: O que foi? (Preocupada).

Bárbara: Foi uma tontura, minha pressão deve ter baixado.

Bárbara se arrumou e se maquiou, uma maquiagem marcante e um vestido vermelho colado que realçava a beleza de seu corpo e fez um penteado para o lado, então desceu com a filha, logo Gonçalo chegou e ficou encantado com a beleza da esposa.

Gonçalo: Você está linda, querida.

Bárbara: Obrigada, Gonçalo. Vou lá pra fora com a minha filha.

Gonçalo: Não demorem, daqui a pouco o noivo chega.

Bárbara e Aurora assentiram e foram para o jardim, elas ficaram longos minutos lá conversando até que Franco chegou e Bárbara não evitou de ficar hipnotizada ao vê-lo e Aurora percebeu.

Aurora: Ele mexe mesmo com a senhora.

Bárbara: Ele se fez que nem nos viu, filha. (Cabisbaixa).

Aurora: Se recomponha e vamos entrar, mãe, ele não vale a pena, não fique para baixo por causa dele.

Bárbara: Tem razão.

Mãe e filha entraram, logo o jantar ocorreu e foi tudo tranquilo, apesar de estar incomodada de ver Franco e Fernanda juntos Bárbara se conteve para que ninguém percebesse, mas assim que terminaram de jantar todos estavam na sala conversando com exceção de Santiago e Aurora que foram embora, pois o filho havia adormecido, em seguida Gonçalo também foi dormir e Bárbara saiu sem que ninguém percebesse e ficou sentada embaixo de uma árvore observando a lua.

Franco: Bom, estava tudo perfeito, mas preciso ir agora.

Fernanda: Ah! Não, dorme aqui essa noite, amor.

Franco: Não posso, nos vemos amanhã na Lactos. (Beija ela e se retira).

Franco caminhava até o carro quando viu Bárbara sozinha e se aproximou dela, percebendo assim que ela derramava algumas lágrimas.

Franco: Bárbara. (Senta ao lado dela).

Bárbara: Franco. (Seca as lágrimas). Pensei que já tivesse ido embora.

Franco: Eu ia agora, mas te vi aqui sozinha. Por que estava chorando?

Bárbara: Você não sabe o que é se apaixonar por alguém que não te corresponde. (Derrama algumas lágrimas).

Franco: Não chore, não suporto ver mulheres chorando. (Pega seu lenço e seca as lágrimas dela).

Enquanto Franco secava as lágrimas de Bárbara eles foram se aproximando e um beijo acabou acontecendo.

Bárbara: Esse beijo não devia ter acontecido. (Se levanta para sair, mas sente outra tontura).

Bárbara quase cai, mas Franco a segura e a ajuda a sentar no banco novamente.

Franco: O que foi? Você está bem?

Bárbara: Estou, não se preocupe, pode ir embora eu já estou melhor e vou entrar, boa noite, Santoro.

Franco: Boa noite.

Bárbara entrou e após tomar um banho demorado foi se deitar, pois no dia seguinte teria muito o que fazer na Lactos.

Ju Lucerina

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