Capítulo 7

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Heloísa

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Heloísa

Isso não pode estar acontecendo comigo de novo.

— A senhora não pode entrar se não tem o documento — ela disse com a expressão inflexível.

— Mas eu tenho a chave!

— Essa chave pode pertencer a qualquer pessoa...

— Isso é um absurdo — gritei — é só me deixar usar a chave na porta do apartamento e vai ver que é minha.

— Senhora, a regra é clara: só entra no condomínio com o documento que prova que o apartamento é seu.

— Quem é que anda com o contrato de financiamento na bolsa, pelo amor de Deus?

— A senhora mostrou para entrar ontem — ela lembrou.

— Ok, eu perdi, entendeu? Sei lá, me roubaram. Mas é a MINHA CASA. Eu preciso entrar.

— A senhora será deportada.

— Deportada? É um imóvel — as lágrimas já desciam dos meus olhos.

— Eu disse despejada...

— Nããããããoooo — gritei, me jogando no chão do... Aeroporto?

— Heloísa? — Abri os olhos sentindo meu coração bater descompassadamente. — O que aconteceu, você estava gritando?

Graças a Deus, era um sonho. Não estava sendo despejada, era uma droga de um pesadelo causado pela deportação. Lentamente, meu coração foi se acalmando até eu notei que a minha cama estava se movendo. Respirando?

— Ai, meu Deus, comandante? — Me sentei de uma vez, me afastando do corpo que me servia de cama. — Eu dormi em cima de você?

— Parece que estávamos exaustos demais para ir para a cama — ele respondeu enquanto tentava esticar as costas.

— Cama?

— Já dividimos uma cama antes, não seria uma novidade — deu de ombros — acho que vou precisar de outra massagem.

— Desculpe, era para ajudar e acabei jogando todo meu peso imóvel sobre você.

— Está tudo bem, você não é tão pesada assim.

— Que tipo de profissional dorme no meio da massagem, em cima do cliente? — lamentei.

— O tipo que está fazendo um esforço imenso para ajudar alguém, mesmo depois de uma longa viagem... — ele sorri.

— Preciso ir para casa — anunciei, ficando de pé — que horas são?

— Sete da noite — responde depois de conferir na tela do celular.

— Apagamos por quase três horas? — ele assentiu — perdi muito tempo, preciso providenciar outro celular, recuperar meu número, falar com a Gi e se ela concordar, arrumar as malas.

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