[𝘩𝘪𝘢𝘵𝘶𝘴] 𝙟𝙪𝙨𝙩 𝙤𝙣𝙚 𝙥𝙝𝙤𝙩𝙤 𝙥𝙡𝙚𝙖𝙨𝙚? •𝐳𝐢𝐚𝐦

𝐟𝐢𝐟𝐭𝐲 𝐞𝐢𝐠𝐡𝐭°

thursday, 12:41pm

— Ele fez isso? – Louis disse com indignação.

Eu e os meninos estávamos almoçando no refeitório, na mesma mesa de sempre, e eu havia acabado de narrar o que tinha ocorrido ontem.

— E você não disse nada? – Niall perguntou com curiosidade, arqueando uma sobrancelha.

— Não. – ambos me encararam confusos. — Eu tinha noção que ele iria estar desse jeito no começo. – dei de ombros.

Numa tentativa falha experimentei não mostrar que isso me magoava, eu sabia que ia ser assim, contudo não deixava de ser um desafio pra mim.

— Mas ele está brincando com você. – Tommo me contradizeu com um tom óbvio.

— Eu quero tentar, okay? – em reflexo falei severo, soltando um suspiro longo de seguida. — Sei que poderia simplesmente encontrar alguém mais fácil, mas eu quero o Liam. – deixei claro, sussurando o último nome.

Heis uma coisa que nunca pensei falar.

— Okay, já entendi. – se deu por vencido, levantando as mãos em rendição.

— Você sabe que isso vai ser complicado, né? – o irlandês observou, me olhando com preocupação após engolir uma garfada de sua comida.

— Sei. – me distrai mexendo minha refeição com o garfo.

Eu apenas sentia uma enorme conexão entre a gente, não achava que deveria tentar quebrá-la, não agora que chegámos tão longe.

07:00pm

Tive a brilhante ideia de ir a casa de Liam sem avisar antes, eu queria saber qual seria a sua reação relativamente a isso.

No caso, vim de ônibus, e agora estava repensando se era uma boa ideia o que estava fazendo, porém não deu tempo de voltar atrás.

Percebi a porta se abrir e revelar um garoto com uma feição de choque, engoli em seco e andei até o mesmo.

— Oi. Como você soube que estava aqui? – questionei entusiasta e caótico.

— Eu vi você da janela de meu quarto. – explicou e apontou para cima, de modo que eu olhei e reparei no vidro.

— Certo. – retornei a encará-lo. — Você está se sentindo como? – falei com receio e atentando em seus movimentos e expressões.

Imaginar a vergonha que vou passar se ele disser que está desconfortável.

— Em relação a? – pediu pra eu especificar, estreitando os olhos em dúvida.

— Mim. Ao facto de eu aparecer inesperadamente na sua casa. – esclareci, dando um sorriso contido.

— Para além de surpreso? – assenti. — Hm... – mordeu o lábio ao pensar. — Acho que... feliz talvez. Quer dizer, pelo menos não estou incomodado. – respondeu, sorrindo ladino.

Ufa.

— Isso é bom. – afirmei positivo e aliviado.

Após isso me aproximei o suficiente para depositar um selinho em sua boca e sorri, entrando dentro da residência.

Ainda é estranho.

— Quer fazer o quê? – me indagou, vindo em minha direção enquanto mexia em seus cabelos sedosos.

— O que você quiser. – disse espontaneamente, o vendo parar na minha frente.

— Podemos apenas descontrair? – pediu, me fazendo inclinar a cabeça para o lado. — Hoje estou bastante cansado do treino. – explicou em um suspiro.

E foi aí que parei para analisar o castanho, suas roupas eram desleixadas, seu rosto exalava exaustão e seu sorriso era preguiçoso.

— Tudo bem. – concordei compreensivo. — Vai me dizer agora que tem um quarto apenas com colchões fofinhos para a gente ir. – zoei, dando risada.

— Na verdade... – começou, passando a mão em sua nuca.

Mentira.

— Você está falando sério?! – arregalei os olhos e permiti meu queixo cair.

— Vem. – riu e me puxou pela mão, me levando até o local.

Casa de rico é uma coisa de outro nível.

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