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Josh: mas simples assim? Acabou?
Bailey: é..
Josh: que doido cara, a vida dessa menina é uma loucura.
Bailey: é sim, e o mais irônico é que s/n é a minha sanidade. -estamos em meu quarto agora, tentando a toda custa colar todos os pedacinhos de minha alma, sem obter êxito.
Josh: cara, você tem que respeitar.
Bailey: Eu sei, Eu sei -falo jogando a cabeça para trás
Josh: Eu entendo que seja difícil, muito difícil, na verdade. Mas cara, o mundo é assim mesmo e a gente tem que aprender a dançar conforme a música. Eu e você estamos aqui, ela está lá, com a cabeça em Deus sabe onde. Se for pra ser, vai ser cara, só isso que tenho pra te falar. Então, dance, dance o máximo que puder, porque a sua música tá quase no fim.
Bailey: conselhozinho de merda ein Josh, puta que pariu-jogo uma almofada na cara do loiro que se encontra deitado na poltrona, o mesmo desvia.
Josh: você é tão previsível. -solta uma gargalhada
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Do outro lado do hospital, mas ao mesmo tempo, à quilômetros de distância...
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Dr.Blythe: isso não faz bem para a sua saúde
S/n: pensei que tivesse sido demitido
Blythe: sou incrível demais para me demitirem -ri- brincadeira, seus pais intercederam por mim, sou seu médico agora.
S/n: legal, sem mais broncas da Dra.Clark? Quer dizer que não preciso mais ir ao jardim todo dia? -fala animadamente
Blythe: o que? Claro que precisa ir ao jardim todos os dias, sou seu novo médico, não seu coveiro.
S/n: que droga! -fala emburrada- quantos anos você tem? Parece ser muito jovem
Blythe: tenho 24, me formei mais cedo na escola e na faculdade, você sabe, garoto prodígio. -fala enquanto olha o prontuário. - enfim mocinha, vou ser menos rigoroso com você, mas não quer dizer que vou afrouxar as rédeas. Você precisa de vitamina D, a melhor forma de conseguir é tomando um "banho de sol" todos os dias, pode escolher o horário se quiser, mas tem que ser entre 06:00 e 11:00, por uma hora. Como eu estava dizendo antes, NÃO faz bem pra saúde ficar sofrendo por esse tal de Bailey, então encontre o melhor horário para evitá-lo e seu coração não acelerar.
S/n: isso já é impossível Blythe. Não sabia que um coração partido fazia mal a saúde.
Blythe: por incrível que pareça, faz sim. Agora tenho que ir ver meus outros pacientes, trate de se cuidar s/n, isso aqui não é grey's anatomy.
S/n: tá booom -fala arrastado, em sinal de estresse. Blythe passa pela porta deixando você sozinha em seu quarto com seus pensamentos. Isso vai acontecer mais que o previsto, já que você não está disposta a aceitar pessoas novas em sua vida.
Para se distrair, você começa a pensar em todos os lugares que iria na viagem que ganhou de Natal. Seu pai já sabia de seu diagnóstico quando lhe ofereceu o presente, o que é um sinal de que você poderia sim, viajar.
Finalmente retirar os respiradores que, mesmo não sendo necessários, te ajudam e te sufocam ao mesmo tempo. Tomar um café com croissant em uma cafeteria em plena manhã de domingo em frente à torre Eiffel.
Sentir a brisa em seu rosto enquanto molha os pés em alguma praia bonita.
Passear nas gôndolas em Veneza e observar a cidade em sua forma mais bela.
Tantas coisas que tem vontade de fazer, mas tantos empecilhos. A sensação de estar viva, de ter aproveitado, de ter tido sonhos e realizá-los -você nunca teria-
A sua linda história de amor
E a trágica forma como terminou,
Algo que você nunca teria. A sua terminou antes mesmo de começar.
Cuidar dos pais na velhice e se divertir com eles enquanto toma um brunch, ouvir as histórias de seu irmão na faculdade e se alegrar por estar em uma também, esses momentos você nunca irá passar.
Mas você já está conformada. Está sim, e está bem. Tudo vai passar e a qualquer momento, não vai sentir nenhuma dor que possa existir agora.
E tá tudo bem.
Não, não tá tudo bem. Mas vai ficar.

POV'S BENNETT
Arnold e Amelia marcaram uma reunião com Edward Hunts para o dia de hoje.
Os assuntos são delicados e com certeza, muito importantes.
Arnold: você acha que funcionaria?
Edward: não é a primeira vez que falamos sobre isso meu amigo, você mais do que ninguém sabe a minha opinião.
Arnold: então, tenho seu aval?
Edward: vou preparar tudo, mas não fiquem confiantes, não posso garantir nada. Paramos com os estudos à muito tempo, talvez até comecemos do zero, não tenho garantias! -fala andando de um lado para o outro na enorme sala que seria o escritório de Arnold, longe de qualquer coisa que Bruce possa escutar. - Vocês entendem e estão cientes de que uma operação clandestina contem muitos riscos? Eu não faço ideia do que aconteceria se o estado descobrisse, mas tenho certeza que estaríamos fudidos.
Amélia: pelo amor de Deus, somos uma família influente demais, você acha mesmo que algo nos aconteceria? Ou a você? Claro que não
Arnold: só queremos salvar nossa filha, Edward.
Edward: s/n nunca poderá saber, nem os médicos dela. Vamos fazer tudo às escondidas, vai demorar mais ou menos um ano até que tenhamos tudo pronto. Vocês acham que conseguem fazer com que ela fique viva até lá?
Arnold: Claro que sim. Conseguimos por 16 anos, de agora em diante é tudo muito fácil.

E esse é o começo de um grande capítulo...

E se você namorasse Bailey May? Onde histórias criam vida. Descubra agora