Casamento parte II

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P.O.V. Hardin.

Depois de tudo o que aconteceu, tudo o que passamos... ainda não acredito que estamos aqui.

Vou me casar.

Estou esperando no altar e então, ouço a marcha nupcial e... lá vem a noiva.

Ela veio andando como se estivesse flutuando pelo corredor do castelo, o buquê de rosas brancas, o cabelo loiro cuidadosamente amarrado num coque baixo enfeitado com flores. O véu rendado e aquele vestido branco de Princesa.

No seu rosto estava o sorriso mais lindo que eu já vi. Se eu não soubesse, eu diria que ela é um anjo. Finalmente o curto caminho até o altar acabou e ficamos frente a frente.

-Por favor, sentem-se.

Naquele momento, bruxas, vampiros, lobisomens, humanos nada daquilo realmente importava. Eu não podia estar mais me lixando se os convidados eram humanos ou não.

-Nós nos reunimos como uma comunidade buscando paz, inspirados pela união deste casal diante de vocês. Houve uma época em que lobisomens se viam não como amaldiçoados, mas abençoados com uma conexão com o nosso eu mais puro. E hoje, honramos esta benção com a muito aguardada união das linhagens. 

Sim, isso não era apenas um casamento. Era uma cerimônia e uma aliança. Entre a linhagem de bruxas Cromwell e a linhagem de lobisomens crescente. A minha linhagem.

-E fazendo isso, escolhemos abraçar a natureza vampira de Hardin. 

A senhora xamã de cabelos grisalhos cortados estilo channel, amarrou nossas mãos com uma vinha.

-E com esta união, Hardin vai compartilhar seus dons únicos com sua matilha. E agora...

Ela colocou uma vela fina em nossas mãos.

-Seus votos.

Então, começamos a falar.

-Eu juro honrar e defender os seus, acima de todos os outros.

-Para dividir bençãos e fardos. Para ser seu defensor, seu campeão.

-Para ser o seu conforto, seu santuário.

-Para ser a sua família.

-Para ser a sua família. Enquanto nós dois vivermos.

Acendemos a vela maior e apagamos a outra juntos.

-Vocês dois passaram por todos os ritos e testes tradicionais dos lobisomens, só falta um. Hardin, pode beijar a noiva.

Nós selamos a nossa união com um beijo.

-Hardin... seus olhos.

Olhando em volta eu vi os olhos de todos os membros da matilha crescente mudarem brevemente.

-Funcionou!

Então, é hora da festa. Nós cumprimentamos os convidados e inauguramos a pista de dança.

Houveram brindes e discursos. Karen, meu pai.

Mas, um cara apareceu.

-Quem está no comando?

-Quem tá perguntando?

P.O.V. Tessa.

Eu vi a bomba e ele tava perto demais da Hope. Então, pulei encima dele e boom.

Quando acordei meus ouvidos estavam zunindo.

-Tessa! Tessa, você está bem?

Me levantei cambaleando, estou tonta. Tudo soa como um ruído distante.

-Estou bem. Hope. Hope!

Ela estava no chão, toda coberta de fuligem.

P.O.V. Hope.

Quando acordei, estava tudo uma zona.

-Hope? Hope, querida diga alguma coisa.

-Ai.

Me levantei e não conseguia ficar em pé, eu tava com um machucado enorme na perna.

-Ai mãe, tá doendo.

Eu não sou de chorar, mas cara

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Eu não sou de chorar, mas cara... isso dói.

-Fica parada. 

Minha mãe chegou perto e sentiu o cheiro.

-Wolfsbane. Ele deve ter colocado na bomba. Tem mais alguém ferido?!

Minha mãe me ajudou a levantar do chão e a sentar numa das cadeiras que tinha sobrado. Agora que o meu ouvido está parando de zunir e minha visão está menos embaçada pude ver o ambiente ao meu redor e parecia como uma zona de guerra. Tinha gente ferida, especialmente os lobisomens.

Alguns dos convidados eram médicos e estavam ajudando os feridos. Prestando primeiros socorros. Chamaram ambulâncias e o circo tava armado.

-Alguém arrume sangue.

Depois de me alimentar eu pude curar. O ferimento sumiu, mas infelizmente os puro sangues não tem uma capacidade de cura tão grande. Muitos foram hospitalizados.

O meu vestido de madrinha ficou chamuscado, o vestido de noiva da minha mãe ficou torrado.

E deu polícia.

-A senhora sabe quem iria querer ferir a senhora?

-Não. Mas, não acho que eu era o alvo da bomba, porém queria que fosse.

-Se você não era o alvo, quem era?

-Minha filha. 

P.O.V. Detetive Caldwell.

Um casamento que acabou num ataque suicida.

-Diga o que aconteceu.

-Um bombardeiro suicida se explodiu no dia do meu casamento. E meu sonho virou pesadelo.

-Porque alguém iria querer matar a sua filha?

-Medo. Poder. Um pouco dos dois, eu acho.

Porque alguém teria medo de uma garota de 16 anos?

-Aquela é a sua filha?

Perguntei olhando para a garota de olhos azuis e cabelos ruivos que estava sentada numa das cadeiras da sala de espera do hospital. 

-Tessa Young Cromwell. Eu sou o Detetive Caldwell.

-Muito prazer. 

P.O.V. Tessa.

Depois de respondermos perguntas e da investigação ter sido encerrada como um ataque suicida, uma falta de sorte pudemos voltar para casa.

Para a América. Bem, mandamos a Hope de volta, ela tem que ir á Escola. Hardin e eu estamos no Caribe aproveitando a lua de mel.

After-New Version (Hessa)Onde histórias criam vida. Descubra agora