•Capítulo 13•

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Catarina

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Catarina

Eu me odeio.

Odeio o fato de te amar tanto, odeio o fato de você poder me quebrar quantas vezes desejar, odeio que você faça eu acreditar que mereço.

Cada vez que preciso fingir que nada está acontecendo uma parte de mim se despedaça, sou manipulada por meus medos, crio minhas próprias batalhas internamente, e perco toda vez. Meu coração estilha-se  a todo momento que presencio o seu sofrimento.

Acredite, se pudesse, tomaria cada gota da sua tristeza e passaria para mim.

Te ver morrendo gradualmente por alguém que não se importava, acabava comigo.

Então me esmague, me torture, faça eu desejar estar morta, destrua minha autoestima, acabe comigo, me odeie, me faça querer acabar comigo mesma.

Destrua a minha alma, estou quebrada, não existe nada no mundo que me faça te desprezar. Esse era o principal motivo de eu me detestar, não conseguia nem ao menos ter rancor de você.

Sem mim não te sobra ninguém.

Mamãe te deixou sozinho no abismo, e somente eu posso te ajudar.

Desejo tanto te tirar desse buraco que você cavou para si mesmo, mais estou tentando achar uma forma de te salvar sem me destruir no processo.

Papai, sentado no sofá com uma cerveja na mão, suas roupas amassadas, e a gravata jogada em algum lugar no chão, seus olhos se tornavam vazios cada vez que o homem engolia mais o conteúdo da garrafa. Apesar de ter herdado minha pele morena dele, meus olhos e cabelo são inteiramente dela.

— Catarina pegue uma cerveja para mim — ele pronuncia.

Desço do banquinho da cozinha e pego sua bebida, assim que a coloco em sua mão meu pai prende meu pulso com seus dedos longos.

— Você sabe que te amo querida — então porque não sou suficiente para você ser feliz?

— Sim — era pior quando não o respondia.

𝑴𝑰𝑺𝑩𝑬𝑯𝑨𝑽𝑰𝑶𝑼𝑹 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora