♪Prólogo♪

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"Então, se você apenas segurar minha mão
Baby, eu prometo que farei tudo o que puder
As coisas vão melhorar se você apenas segurar minha mão."

Hold my hand- Michael Jackson

Parquinho lotado, crianças correndo e pulando animadamente com seus mais estimados brinquedos agarrados a si como se fossem seus bens mais preciosos nesse mundo inteiro

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Parquinho lotado, crianças correndo e pulando animadamente com seus mais estimados brinquedos agarrados a si como se fossem seus bens mais preciosos nesse mundo inteiro.

Porém apesar de tudo estas mesmas crianças embora pareçam doces, podem ferir alguém com palavras e ações.

Eu brincava animadamente com sua nuvem de pelúcia, um chaveiro consideravelmente grande que ao contrário da função habitual acabei o destinando como brinquedo favorito do momento. Conseguia impulsionar o balanço para frente cada vez mais, elevando a pelúcia para cima como se eu mesma estivesse voando com ela por entre as nuvens.

Até que as cordas do balanço foram agarradas e meu vôo interrompido.

- Saia daí, tampinha!

Uns garotos maiores me empurraram com tudo no chão, me fazendo cair de cara na areia.

- Olha só o que ela tem aqui....- O maior deles apanhou a pelúcia do chão.

- Não, por favor..- Me levantei desajeitada e com medo, eram maiores em tamanho e quantidade do que eu.

- Fala sério, um chaveiro?! - O garoto começou com uma risada desdenhosa e os outros o seguiram.

- Me devolve....- Pedi num fio de voz, os quatro garotos estavam formando uma meia lua em volta de mim e minhas lágrimas já começaram a se formar no canto dos olhos.

- Ah, ela vai chorar!! - Um deles fez um bico teatral em minha direção.

- Não, por favor....- Tentei levantar para pegar mas eles me empurravam de novo e de novo. Se manter de pé era uma tarefa difícil.

- Devolve pra ela!

Eu já estava suja de areia com as quedas, os quatro pararam o que estavam fazendo mas ainda me seguravam. Seus olhares foram para a direção da voz, que pertencia a um garotinho pouca coisa maior do que eu.

Ele se aproximou de mim, pegando em meu braço e me tirando de perto daquele brutamontes.

- Não se deve fazer isso com uma garota.

- Ah é? - O maior ligeiramente se curvou para encarar o garoto nos olhos.- Se não vai fazer o quê?

- Isso.

Foi rápido demais, quando me dei conta já estava correndo parquinho a fora com aquele garoto me levanto.

- Ufa, já estamos longe!- Ele comemorou tirando cabelo do rosto. Estavamos sentados em um banco, encostados na parede.

- É, estamos...- Olhei em volta, por sorte ainda conseguia voltar sozinha para encontrar meus pais.

- O que foi? Eles te machucaram?- Ele me pareceu preocupado.

- Não, eles levaram...

- Isso?- Ele me mostrou a pelúcia, meus olhos brilharam ao pegar de volta.

- Como você?

- Não gosto de meninos que façam meninas chorarem. Minha mãe disse que vocês são princesas e por isso devemos tratar bem.

Senti vontade de chorar de novo, mas me silenciei.

- Você vai contar para os seus pais né?

- Não sei....

- Toma.- Ele me estendeu uma pelúcia de alguma coisa que eu não sabia muito bem o que era.

- O que é isso?

- Pra te dar coragem, é meu amuleto da sorte.

- Mas e você?

- Tudo bem, não se preocupe comigo.

Olhei para as duas pelúcias em minha mão, eu sempre variava de brinquedo favorito, e afinal, ele me salvou. Estendi a nuvem para ele.

- Não, mas isso é seu!

- Pra lembrar de ser um herói.

Ele ficou meio receoso no início, mas logo pegou e sorriu para mim.

- O que é isso?

- Um piano.

- Qual é o seu no..

- Meus pais estão me procurando.- Me sobressaltei, reconheci meus pais olhando em volta do balanço de onde os valentões já tinham saído.- Tenho que ir...- O olhei- Muito obrigada.

Ele não disse mais nada, apenas sorriu enquanto corri para o encontro de meus pais que já estavam preocupados olhando em volta.
Agarrei minha mãe assim que a encontrei e vi que seus olhos estavam vermelhos, ele é muito chorona.

- Onde você se meteu Celine?- Ela começou a passar as mãos pelo meu rosto e viu minha blusa clara suja de areia.

- Uns meninos grandes..- Olhei para trás tentando ver se encontrava o garoto mas ele simplesmente sumiu. - Não quero mais vir aqui sozinha.

- Eles te machucaram? - Meu pai pareceu possesso, pegando em minha mão

Honestamente não queria contar a eles o que houve aquele dia, estava envergonhada e me sentindo um nada por ser tão vulnerável assim perto daqueles garotos. Mas olhei o amuleto recém ganhado e acabei dizendo eles o que houve, me segurando pra não chorar.

Eles simplesmente me abraçaram juntos, sem dizer nada. Apenas o calor de seus corpos me acolhendo que foi o suficiente.

- Ficaremos de olho, eles não vão tentar a sorte outra vez.

- Pai...

Meu pai me olhou, eu gostava de ficar no meio dos dois de mãos dadas para ambos.

- Eu quero aprender música.

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Heeey my sunshine, tudo bem com vocês?

Decidi sair um pouco de universos fantasiosos e me aventurar pelo romance dessa vez como plano principal da história, espero que gostem!

É um desafio e tanto mas estou empolgada!

Beijos da Tia Nick! 💜

Desencontros de uma CançãoOnde histórias criam vida. Descubra agora