"Quando você me pergunta
Para uma resposta simples
Não sei o que dizer não
Mas é fácil ver
Se você ficar junto
Você vai encontrar o caminho, sim
Então não se renda"
That's the way it is- Celine Dion
Nunca fui uma pessoa muito vaidosa se for parar pra comparar com minhas duas melhores amigas ou as outras garotas da minha idade como um todo.Na verdade, sou desajeitada com pincéis de maquiagens e mais outros adornos faciais na verdade, se querem saber. E principalmente, não sou muito fã de mudanças drásticas no visual, meus cabelos castanho avermelhados são num comprimento médio desde que me entendo por gente e nunca tive vontade de fazer um corte radical ou deixá-lo crescer a ponto de incorporar uma verdadeira Rapunzel, isso só daria mais trabalho com certeza. Me olho no espelho, dias de domingo são um dos poucos momentos que nos distraímos da rotina pra levar César pra passear um pouco no parque da cidade ou visitar meus avós paternos. Minhas íris castanhas escuras quase pretas encaram meu reflexo, passo um pouco de pó pra disfarçar os amassados na minha cara de sono, passar base não é um ato recorrente já que ela enconbre uma pinta de nascença que possuo no canto dos lábios e particularmente gosto.
- Anda Celine, você já está bonita.- César aparece no meu quarto sem ser convidado.
Como se ele importasse em ser chamado, esse garoto às vezes brota nos lugares.
- Obrigada, garotinho doido.- Me encaro pela última vez, conseguindo ter a nítida visão da minha franja repartida ao meio que está alcançando maxilar ao emoldurar meu rosto.
- Sua mãe já está no carro.- Meu pai avisa passando pelo corredor, César e eu nos apressamos e o seguimos.
- Vocês atrasam hein? - Vejo minha mãe que abaixa a janela do banco do passageiro assim que nós passamos e abaixa os óculos escuros para que possamos enxergar seus olhos.
- Culpa do César.- Desvio o meu da reta, César estava pronto para retrucar mas assim que entrou no carro ele se aquietou.
Olho para o ecrã do meu celular assim que saímos da garagem e meu pai fecha o portão, dando partida no carro.
- César, o cinto?- Meu pai questiona, as mãos firmes no volante e o olhar concentrado na rua.
- Deixa que eu faço isso.
César estava se atrapalhando ao tentar prender então facilito as coisas pra ele. Ao invés de ficar no meio do carro ele prefere ficar na janela, pelo menos em algo puxou a mim.
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Desencontros de uma Canção
Novela JuvenilCeline sempre desacreditou em acaso, como uma amante enrustida de clichês românticos, não via o destino como forte aliado dos acontecimentos em sua vida. Se contentava em ter o piano, suas duas melhores amigas e fones de ouvido como fortes aliados...