♪|Capítulo 16: Refrão|♪

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"Eu ouço o eco da promessa que eu fiz

Quando você é forte, consegue viver sozinho

Mas estas palavras soam distantes quando olho pra você

Não, eu não quero ficar só

Nunca pensei que colocaria o meu coração à prova

Mas tudo em você me diz que desta vez é..."

Forever - Kiss

— Ai estou prestes a desistir Thales, não sai nada!

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— Ai estou prestes a desistir Thales, não sai nada!

— Fala baixo, daqui a pouco sua mãe vem aqui calar nossa boca. — Thales advertiu fazendo sinal de silêncio.

— Quieto você, senhor desastre. — Vou até a janela e abro totalmente a cortina deixando que a brisa oriunda de fora bagunce meus cabelos finos, quem dera que ela trouxesse a inspiração consigo. Sem querer faço um pouco de barulho e escuto Thales proferir um "Tsc" em reprovação.

Depois do nosso precioso mas infelizmente curto "momento" devo dizer que o ensaio não está seguindo nos conformes como eu imaginava que fosse em questão de produtividade. Obviamente beijá-lo era algo que eu poderia fazer sem problema nenhum, mas isso não iria nos levar a nenhuma canção pronta, possivelmente resultaria em um flagra do meu irmão mais novo se demorasse mais do que o previsto, coisa que não era difícil de acontecer se tratando das circunstâncias em que estávamos.

— Agora entendo porque a maioria dos artistas compram músicas prontas, e com certeza minha admiração por escritores cresce mais. Como vocês conseguem se dar bem com palavras assim? Isso foge da minha concepção.

— Eu não sou um escritor ou compositor de verdade Celine, apenas sou um apreciador das palavras. — Ele folheava o caderninho como se pudesse ler nas entrelinhas.

— Mas já é muito, é uma droga querer expressar as coisas mas não encontra um jeito de dizer.

— Também tenho bloqueio criativos pianista. Já fiquei meses sem desenvolver uma linha sequer, acredite.

— Difícil de imaginar. Você tropeça nos pés, não nas palavras.

— O que houve com você hoje? Está tão elétrica.— O vejo mexer as sobrancelhas, provavelmente tentando decifrar algo que ele mesmo escreveu.

— Jura? Nem percebi.

— E irônica. — Acrescentou, agora estava olhando diretamente para mim, parecia formular algo.

— O que foi? — Coloco as mãos na cintura.

— Tive uma ideia. — Seus lábios se entortaram em um sorriso, o mesmo sorriso que eu faço quando toco a partitura inteira sem errar.

Desencontros de uma CançãoOnde histórias criam vida. Descubra agora