Capítulo XI

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— Você é tão linda — ele disse sorridente.

Ele havia me observado enquanto eu gozava? Será que era possível eu ficar mais vermelha do que eu já estava?

— Para! — falei cobrindo meu rosto com as mãos.

— Não, não se esconde de mim, por favor! — Ele puxou de leve minhas mãos e beijou meu rosto. Isaque ainda estava dentro de mim. Era gostoso senti-lo enquanto meus músculos internos pulsavam contra o membro dele. — Me deixa olhar pra você um pouquinho mais. Só hoje.

Só hoje. Eu permitiria qualquer coisa que ele quisesse hoje. Mas só de pensar que eu não o teria amanhã trouxe lágrimas não requisitadas aos meus olhos. Tentei piscar e desviar meu rosto, mas ele viu.

— Você está pensando em amanhã, não é? — perguntou e eu só consegui responder mexendo a cabeça. — Me desculpa. Eu não devia... — Fez menção de sair.

— Não! — Eu o segurei com minhas mãos e pernas. Não queria que ele se afastasse um centímetro sequer. — Fica aqui mais um pouquinho.

Ele sorriu, entrou mais um pouco com seu membro ainda meio duro, me causando mais uma contração forte, arrancando um último gemido antes de sair. Ele se deitou do meu lado e me puxou para ficarmos abraçados. Fiquei deitada em seu peito, acariciando os poucos pelos no seu tórax enquanto ele me fazia um cafuné. Eu poderia ter dormindo ali mesmo. Sei que eu deveria estar me sentindo culpada, e estava, mas eu também estava grata por ter tido aquilo ao menos uma vez na vida. Meu coração se apertava quando pensava que nunca mais o teria, mas eu sempre carregaria as lembranças daquela noite sobre aquele tapete, que mais me parecia um pedaço de nuvem. Aquilo era um sonho?

Já Isaque não parecia tão confortável, mexendo a procura de uma posição melhor para os arranhões que deixei nele.

— Desculpa pelas costas — falei. — Acho que eu me empolguei um pouco.

— Você se empolgou muito! Não sei nem como vou dormir hoje!

— Me perdoa, Isaque! — levantei o rosto e dei um beijo nele, fazendo-o sorrir.

— Se você me der mais um beijo, talvez eu perdoe.

Eu o beijei de novo, dessa vez tomei um tempo um pouco maior. A mão de Isaque subiu por minha coxa e, agora que eu não estava mais sedada com o prazer, doeu um pouco quando ele tocou em uma região machucada.

— Acho que eu também tenho que pedir perdão pelas suas coxas... — ele passou a mão delicadamente sobre a minha pele e continuou subindo — E pela barriga, e pelo seio, e pelo pescoço... Acho que eu me empolguei também.

— Você acha?! — perguntei rindo. — Como que eu vou explicar isso pra Nando?!

Isaque se afastou um pouco e me olhou com o cenho franzido.

— Você não está pensando em se casar ainda, está? — perguntou com um pequeno sorriso, como se a ideia fosse risível.

— É claro que estou — falei desviando meu olhar. Não queria falar sobre isso, mas não iria mentir.

Isaque se sentou. Agora ele parecia em choque. Sentei também, sentindo um pouco de frio agora que não estava mais em seus braços. Eu tinha que aprender a ficar calada em certos momentos!

— Você acabou de se deitar comigo, Ceci! Como pode pensar em casar com ele este fim de semana?!

Bufei cansada com sua hipocrisia.

— Você vai deixar a batina? — levantei uma sobrancelha.

— Não, mas... — Isaque parecia confuso.

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