As coisas estavam a começar a mudar. Talvez a minha sorte esteja realmente a mudar. Apesar de terrivelmente controlador por vezes, o Harry não era assim tão mau como eu pensei que fosse. Quando me disse que eu não tinha de fazer nada que não quisesse, fiquei aliviada.
Eu agradeci-lhe quando ele me autorizou a ir dar uma pequena volta lá fora. Eu prometi que não ia fazer nada imprudente e não ia dar nas vistas e ele confiou em mim. Mas uma chamadinha numa cabina telefónica não faria mal, pois não?
Eu certifiquei-me que fechei bem a porta da cabine, coloquei uma moeda e agarrei no telefone. Os meus dedos rapidamente pressionavam os botões, carregando na única sequência de números que eu me lembrava.
A minha chamada foi rapidamente atendida. Fiquei instantaneamente calma quando ouvi a voz que tenho esperado ouvir há muito tempo.
“Estou? Quem fala?”
“É a Lia. Darren, sou eu.”
“Deus, Lia…” Eu ouvi-o murmurar. “Eu juro que vou espancar aquele Richard e quem quer que seja com quem estás a morar. Eu vou-”
“Darren, para.”
“Eu só… E-Eu não vou deixar que ninguém te magoe.” Ele baixou a sua voz, preocupação evidente nela.
“Deus, tenho saudades tuas.”
“Lia, nós vamos fazer alguma coisa em relação a isto tudo. Eu conheço algumas pessoas que podem ajudar… Só tens de esperar por mais algum tempo. Podes telefonar com mais frequência?”
“Não, é muito perigoso. Eu não sei o que aconteceria se eu fosse apanhada a fazer isto.”
“Precisas de escrever então. Escreve-nos e nós não vamos mandar nada em troca. Eu vou ficar com a tua família durante uns tempos. Preciso de saber se estás bem.”
“Vou tentar.”
Uma pancada repentina na porta da cabine fez-me ficar tensa. Antes que eu pudesse responder, a porta foi puxada. O telefone rapidamente caiu das minhas mãos e convenientemente, a chamada desligou.
“O que raio estás tu a fazer?” O Harry tinha as suas mãos na ombreira da porta da cabine, prevenindo-me de escapar.
“Eu estava só…” Eu arrastei, os meus dedos a brincarem nervosamente.
“Eu confiei em ti para dares uma pequena volta cá fora e voltares pacificamente mas tu tinhas de estragar tudo, não tinhas?”
Ele agarrou o meu pulso e arrastou-me para fora. “Tu não percebes, l-”
“É isto que eu ganho por ser bondoso, huh?” Ele atirou, levando-me pelo braço enquanto andava de volta para casa. “Com quem é que estavas a falar? O meu pai podia ficar em sarilhos por causa disto, sabias!”
“Não precisavas de ter medo se não estivesses a fazer nada de errado!“ Eu retorqui.
“Olha, eu sei que isto é errado. Acredita em mim, eu protestei contra esta merda toda. E, eu tenho a certeza que qualquer outro rapaz iria aceitar, mas eu preferia levar para casa uma rapariga diferente todas as noites do que estar preso a uma que tem fobia a sexo.” Ele rosnou quando nós chegámos ao degrau de entrada. “Mas o meu pai faz sempre tudo à sua maneira, por isso aqui estou eu,”
O Harry agarrou na maçaneta antes de arremessar a porta. “E aqui estás tu.” Ele terminou enquanto me empurrava para dentro.
Odeio a maneira como ele rapidamente consegue mudar para uma pessoa turbulenta e agressiva. Ele precisa de ser visto por um médico.
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Baby Doll PT
FanfictionNuma comunidade corrupta, raparigas de tenra idade são vendidas a homens como meros objectos de prazer e são mantidas fechadas por quanto tempo estes desejarem. Mas uma reviravolta acontece, quando o filho mimado de um homem de negócios milionário c...