Capítulo 18 - Conflict

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“Esta é a Kaylee Anne.” Eu fui informada. A Sra. Briffen estava de pé ao meu lado, ambas a olharmos intrometidamente para baixo para a sala. Nós estávamos no segundo andar, bem escondidas atrás de uma parede e tínhamos uma boa vista dos convidados. Mas o que me frustrava era que nós não conseguíamos ouvir mais nada senão risos abafados.

“Quem é ela?” Eu perguntei enquanto os meus olhos estavam fixados na rapariga. Por alguma razão, eu estava morta para saber.

A Sra. Briffen puxou o cesto da roupa para o seu peito. ”Uma paixão antiga.”

“Ex-namorada do Harry?“

A Sra. Briffen assentou, causando uma estranha forma de raiva num turbilhão dentro de mim. “Foi há algum tempo. Contudo, eu não tenho a certeza do porquê de ela ter voltado para Fleese.”

“O Harry disse alguma coisa sobre discutir oportunidades de negócio.” Eu disse-lhe, lutando para manter a minha voz sem falhar.

“Bem os pais dela são pessoas de negócios, contudo não têm negócios escuros como o Richard. Eu pergunto-me o que é que eles estão aqui a fazer.” A Sra. Briffen admirou-se, tocando no seu queixo com o dedo. “A última vez que os vi, eles não estavam em boas condições nem com o Harry nem com o pai dele.”

“Porquê?”

“Bem, quando o Harry tinha cerca de quinze anos, eles acabaram a relação aparentemente porque ele estava a ‘sair dos trilhos’ e os pais da Kaylee queriam distanciar a sua filha dele. Ela é uma grande vencedora, medalha de ouro em quase tudo o que faz e os pais dela não queriam que nada se metesse no meio disso. E a Kaylee viajava frequentemente para diferentes países então a relação deles nunca foi estável, pelo menos é o que eu penso.” Ela revelou. “Lembro-me de como o Damian e o pai dela iam começar um negócio juntos mas as coisas ficaram más depois da separação dos filhos deles e eles obrigaram-nos a tornarem-se desconhecidos.”

Então porque é que eles estão aqui? Eu estava consciente que nada disto tinha a haver comigo mas eu não tinha um bom pressentimento. A Sra. Briffen disse-me que ia lá para baixo espiar e eu achei boa ideia. Mal podia esperar que ela voltasse.

Eu não costumava ser coscuvilheira mas a minha curiosidade tinha levado a melhor. Uma pesada e dura sensação cresceu em mim enquanto eu observava a Kaylee a falar com o Harry. Eu estava morta para saber sobre o que eles falavam. Qualquer ódio que eles tivessem depois de terem terminado a relação tinha obviamente desaparecido, pois sorrisos e risos eram trocados entre eles. Eu estremeci quando ela se aproximou dele para despentear na brincadeira o cabelo dele. O que é que se estava a passar?

Os meus dentes cerraram-se e se fosse possível, os meus olhos tinham feito buracos através dela. Eu não conseguia aguentar a vista do sorriso brilhante e da pele perfeitamente perfeita dela.

A Kaylee balançou o seu cabelo saltitante e este caiu atrás dos seus ombros, girando em torno dela numa forma irritantemente sedutora. O Harry estava sentado mesmo em frente a ela. Emoções confusas, raiva e inseguranças corriam na minha frente. Eu não estava com ciúmes. Não estava.

O peso foi tirado um pouco do meu peito quando eles se levantaram. A discussão tinha acabado e eles estavam prestes a sair. Finalmente. A Kaylee enfiou a mão no que eu pensava ser uma daquelas grandes, caras malas de estilistas. Um telemóvel foi retirado de lá e ela entregou-o ao Harry. Agora eles estavam a trocar de números. Então eles abraçaram-se, os braços dele à volta da cintura dela e os dela à volta do pescoço dele.

O Damian saiu com os três convidados e o Harry ficou sozinho lá em baixo. Eu queria falar com ele, perguntar-lhe sobre o que era a conversa antes do meu coração começar a afundar-se. Eu queria que ele me tomasse nos seus braços e me dissesse que não era nada. Que eu não tinha nada com que me preocupar. Eu sei que não devia sentir-me desta maneira, mas eu acabei por perceber que não podia fazer nada. O Harry encontrou um lugar garantido no meu coraçãi, e eu não podia mandá-lo embora, independentemente do quão difícil fosse.

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