Capítulo 30 - Rage

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"O quê?" O meu lábio inferior tremeu. O Harry parecia furioso, deixando claro que nao era suposto eu ter estado naquel divisão.

"Thalia, o cadeado estava no chão. O que é que estiveste lá a fazer?" Ele estava chateado, mas havia também um traço de nervosismo na sua voz. Ele estava com medo que eu fosse ver uma certa pintura? Eu fui tão descuidada, esqueci-me de por o cadeado no seu lugar.

Eu posei a metade da fatia de pizza de pepperoni no prato e silenciosamente esfreguei as minhas mãos enquanto pensava numa resposta. Eu nao queria que o Harry me visse como uma bisbilhotoeira sinistra ou algo que fosse diminiuir a sua opiniao sobre mim, entao eu ponderei cuidadosamente nas minhas proximas palavras.

Eu agradeci quando a campainha tocou pois isso interrompeu a nossa conversa na parte mais coveniente. Mas isso rapidamente se desgastou quando eu percebi que era a campainha da porta da frente, o que significava que provavelmente seria o Damian pois ele tinha passado pelo portão sa frente.

"Quem raio é que pode ser agora?" Eu senti a cor a drenar-se na minha cara enquanto levantou as suas mãos em frustação antes de sair da cozinha numa tempestade.

Eu espreitei através da fina abertura da porta da cozinha, as minhas palmas instantaneamente a suarem em resposta à minha apreensão. O Damian estava provavelmente para verificar se eu tinha feito o que ele me tinha dito. Mas só tinha passado um dia desde a sua ultima visita.

O meu coração afundou enquanto a visita entrava, era pior do que eu tinha antecipado. A mala de pele da Kaylee aterrou na mesma do corredor de entrada antes do seu cabelo preto ser despenteado e sombras serem atiradas para baixo - uma previsivel sequencia de ações. Senti picadas quando me apercebi que ela tinha as chaves dos portões da frente. O Harry tinha-lhas dado.

Eu lembrei-me da ultima vez que a Kaylee esteva cá. O Harry tinha sido hostil com ela e mostrado a sua simpatia para com ela. Ele tinha me dito que nao gostava "destas pessoas" e que ele nao gostava dele proprio mesmo quando estava na companhia deles. Com isto, eu tenho uma pequena esperança que o Harry nao vá cumprir o plano de casamento. Mas essa esperança tinha sido destruida. Porque é que a Kaylee haveria de andar por aí ainda se o Harry tinha recusado.

"Que desordem sexy que tu estás." Disse ela, aparentemente referindo-se ao cabelo despenteado do Harry. "Mas tens mesmo de te despachar. Porque é que ainda nao estás pronto?"

"Para quê?" O Harry perguntou.

A gargalhada aguda dela eccou no corredor inteiro. "Tu és engraçado, mas a sério, precisamos de ir andando."

"Porque é que já nao me dizes nada?" Ela pos um dedo debaixo do queixo dele, tocando-lhe repetidamente na brincadeira enquanto fazia beicinho.

Raiva atuou no meu sistema ao vê-los os dois tão perto. Os meus dedos estavam encharcados uma vez que eles tinham acabdk de esfregar os meus olhos. A Kaylee e o Harry são ambos ricos e poderosos, eles sao praticamente um casal feito no reino dos deuses. Bolas, até os nomes deles soavam bem juntos. Todos estes assuntos nao eram da minha conta, eu sabia que nao me devia importar se o Harry estava com outra pessoa mas eu importava-me, porque ele fez com que isso fosse da minha conta.

Ele beijou-me, confrontou-me e protegeu-me. Ele esteve lá comigo no pior momento da minha vida, e eu tinha-o confundido com o mau da fita. Com certeza, para as outras pessoa ele poderia aparentar ser aquela pessoa mimada e rica mas eu tinha visto um lado dele que eu nao acreditava que ele tivesse mostrado a mais ninguém. E ele tinha-me feito apaixonar por ele de uma forma acidental e inesperada. Eu perguntava-me se a Kaylee sabia quem o Harry era mesmo, se ela o tinha visto da mesma maneira que eu vi. Se sim, bom para eles.

"Onde está aquela Baby Doll?" A pergunta da Kaylee fez-me ficar atenta.

"Que Baby Doll?"

"Aquela prostituta ou o que quer que seja." Agora eu tinha uma razão apropriada para a odiar.

"Ela nao é nenhuma prostituta." A voz dele era dura.

"Não quero saber. Livraste-te dela?" Ela perguntou, com os olhos arregalados para o pressionar.

Ele respondeu com um aceno lento, e eu senti o meu corpo todo doer. A Kaylee irradiava alegria com a resposta dele, claramente com isso. "Vês? As coisas estão a ir na direção certa. Somo só tu e eu agora. Vou estar à espera no carro. O papá vai-nos levar à ourivesaria."

Ourivesaria? Eles provavelmente vão comprar um anel. O Harry ia comprar um anel para ela.

Logo a seguir a Kaylee sair da mansão, o Harry voltou à cozinha. Eu nao queria que ele me visse destruida, eu nao queria que ele soubesse que ele era a causa ou que ele conseguia ter um efeito colossal em mim. Eu tentei esconder as minhas lágrimas com a manga da minha blusa enquanto ele entrava. Eu virei a cara para longe dele, lutando para manter as minhas emoçoes intactas.

Eu fiquei atordoada quando senti braços à minha volta por trás. O calor familiar induziu lágrimas a escorrerem mais, o sei perfume e toque numa forte lembrança de todos os nossos abraços. Eu tinha falhado novamente. Eu estava a quebrar em pedaços mesmo na frente dele.

Eu queria que o Harry me segurasse assim o mais tempo possível. Eu ansiava desesperadamente que a Kaylee desaparecesse. Eu nao sabia o que se passava entre ela e o Harry. Eu nao tinha a certeza se o Harry gostava dela de verdade ou se isto só fazia parte de um 'acordo de negócios'. Eu nao sabia o que podia ser pior.

"Desculpa." Ele respirou contra a minha orelha. "Por favor nao chores."

Eu tentei sair do aperto dele. "Tu nao nos podes ter às duas." Eu afirmei entre soluços.

Ele segurou-me no sítio, os seus braços a apertarem à minha volta enquanto ele pressionava um beijo na minha cabeça. "Eu vou explicar-te isso, mas nao agora. Tenho de ir."

"Entao vao!" Eu praticamente berrei antes da minha voz se dissolver em lágrimas novamente. Eu sabia que a Kaylee nao ia desaparecer tão facilmente. O meu sangue ferver ao lembrar-me de ele me chamar prostituta. O facto de o Harry ir sair com ela agora dirigiu a minha raiva para novas atitudes.

"Eu odeio ver-te desta maneira." Ele sussurrou, o seu tom suave em contraste com a minha voz tensa. "Desculpa." Ele repetiu. De certo modo eu sento que ele estava a pedir desculpa por algo que ele estava prestes a fazer.

Os meus espasmos respiratórios aumentaram de instensidade enquanto lágrimas escorriam. Eu estava tao farta e cansada de chorar, especialmente quando o Harry era a causa. Era repetitivo e desgastante, e nunca nada de bom provinha disso. Eu só me atormentava a mim mesma, mais ninguém era afetado. Só eu.

"Tu fazes-me ficar desta maneira." Eu disse-lhe. "Tu magoas-me... Tanto."

"Peço imensa desculpa, Lia. Mas tu vais perceber, eu espero que vás-" O contínuo tocar da campainha interrompeu-o. "Eu falo contigo quando chegar a casa, okay?"

Os braços do Harry afrouxaram à minha volta e ele levou a minha mão às dele, pressionando os seus lábios antes de as deixar cair. Depois e foi-se embora.

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