Baby Doll PT

Capítulo 41 - Deal

Ele entrelaçou os dedos com os dela, e os cantos da sua boca elevaram-se instantaneamente. Ele sorriu de volta, um traço de nervosismo no seu comportamento. Os seus cafés estavam de um lado, ignorados. Esta deve ser a primeira vez que eles deram as mãos.

Algo apareceu na minha visão apareceu seguido de um ruído alto. O meu corpo saltou de surpresa. Olhei para a fonte do som - Darren. Ele tinha deixado cair algo na minha mesa. "Qual é o teu problema?" Disse bruscamente.

"Eu finalmente encontrei." Ele disse, apontando para o objeto que havia pousado na minha frente.

Perto do meu prato de salada inacabado, um livro grosso. "Amor, as correntes que prendem - Stockholm Syndrome" estava impresso na capa. Suspitei, apertando a ponta do meu nariz. "Eu não tenho a Síndrome de Estocolmo." Eu esclareci.

Darren colocou um pano no seu ombro antes de arrastar um banco para a mesa e se sentar nele. Ele acenou com a cabeça em direção ao jovem casal sentado à mesa ao nosso lado. "Ficaram assustados com tu nunca teres visto um casal antes. O teu horário de almoço acabou, no entanto, ainda não tocaste na tua salada. "Ele disse.

"Eu não estava... a observá-los" Estava um pouco envergonhada, porque de alguma forma ele estava a ver.

"Praticamente estavas a cavar buracos através deles, com os teus olhos grandes. É perturbador." Ele imitou tremendo.

Uma risada escapou, apesar das minhas tentativas de a suportar. "E o que eu devo fazer com este livro?"

Ele aproximou-se e falou baixinho. "Eu acho que talvez ... tu sintas falta de alguém que não deverias."

O meu sorriso desapareceu e senti que o meu peito se estava a queimar. Uma semana havia passado desde a última vez que tinha visto o Harry. Ele prometeu que iria encontrar uma maneira de me ver, mas novamente não foi fiel à sua palavra. Nos últimos dias, tinha aparentemente tentado ignorar, até consegui sorrir.

A minha família e eu finalmente estavamos num estado de paz, longe de qualquer perturbação e precisava mostrar que estava feliz com isso, ou pensavam que algo estava errado. Então tinha de sorrir.

Eles não sabiam o que tinha chorado até dormir, todas as vezes que as luzes se apagaram. Agora, o local estava cheio, mas nunca me senti tão sozinha. Ninguém sabia o que eu tinha passado por estes últimos meses e mesmo que eles soubessem, certamente iria ser julgada e criticada, roubando a minha dignidade, se ainda existir. Senti que Harry era a única pessoa que me entende, só ele me poderia oferecer o conforto que eu estava a precisar urgentemente. E temia que nunca mais o podesse ver novamente.

Tinha medo de nunca o ver novamente.

Afinal, ele tinha tirado a minha virgindade. Esse foi o objetivo de ser baby doll(boneca) certo? Senti-me tão bem naquele momento, mas agora estava arrependida. Havia uma grande possibilidade de o Harry ter cedido à pressão do seu pai. Doeu pensar que ele me amava. E a sua longa ausência só alimentou as minhas dúvidas.

Grande parte da minha confiança nele tinha sido destruída nos últimos dias, mas ainda sentia terrivelmente a falta dele. Tenho vergonha de mim mesma quando penso em voltar para a mansão. Claro, isto tudo pode parecer mórbido errado na perspectiva de uma pessoa de fora, mas era impossível apenas parar de amar alguém.

"Não te pago para estares parada! Trabalha! "Gretchen Grimm gritou do balcão, a sua voz rouca de uma mulher. Ela estava a controlar o Café Pepercat, e aproveitou a sua posição. Era uma cabeça mais alta que eu, mas o seu cabelo vermelho mal conservado ajuda a aumentar a sua altura.

Estava a trabalhar no café há três dias, e as coisas estavam a ir muito bem. Com Darren ao meu lado, tinha mais confiança neste trabalho. Ajudou-me a tirar Harry da minha mente, mas não diria que foi muito eficaz. Gretchen não foi um grande problema, uma vez que ignorou-me a mim e a Darren a maior parte do tempo. Só gritou conosco quando estávamos a fazer piadas ou a fazer qualquer coisa que parecia divertido.