Eu desci as escadas a cambalear, exausta apesar de ter acabado de acordar. Os olhos da Sra. Briffen arregalaram-se, dando descanso à sua vassoura. A minha visão ainda estava enevoada mas eu consegui reparar que o corredor da entrada estava a brilhar. Os vasos estavam alinhados em ordem, o grande candeeiro foi limpo pois a sua luz brilhava ainda mais do que antes e o bem-vindo ar condicionado espalhava ar puro pela casa. Tinha um profundo aroma perfumado que cheirava tão bem que quase me asfixiava.
“O que é que está a fazer?” Eu perguntei, esfregando os olhos.
“Oh, só a fazer uma limpeza. O Damian quer que a casa esteja sempre sem uma mancha no aniversário do seu filho.” A Sra. Briffen respondeu, a sua expressão estava nervosa. “Já acordada tão cedo?”
“Eu acordo sempre às-” A minha voz foi silenciada pelo barulho estridente de um aspirador. Isso fez com que os meus olhos se arregalassem.
Uma mulher com um corpo parecido ao da Sra. Briffen trabalhava com a máquina mas parecia que ela não sabia o que estava a fazer. O aspirador andava bruscamente para a frente e para trás enquanto a mulher lutava para manter a máquina sob controlo. Ela rolou para o corredor de entrada com o aspirador e foi contra os vasos de porcelana ao pé da porta. A Sra. Briffen foi em seu auxílio, correndo o mais rápido que conseguia para prevenir um desastre.
O tubo da máquina foi tirado para longe da mulher que estava a murmurar coisas em Francês e para o meu divertimento, o aspirador começou a sugar o vestido da Sra. Briffen. Os gritos as duas mulheres de meia-idade escoavam através da mansão e eu tive de morder o meu lábio para controlar o meu riso. A campainha tocou e eu fui distraída de ajudar as mulheres desastradas.
Eu corri para a porta, esperando que fosse o correio pois ele vem todas as segundas. Eu tirei as correntes que trancam a porta antes de a abrir. A perceção de que o rapaz do correio não podia ter passado o portão de entrada atingiu-me demasiado tarde. Eu fiquei congelada no mesmo sítio, sem ser capaz de falar ou pensar.
“Oh, olá.” A Kaylee saudou na mais feminina das vozes e eu reparei que o barulho de fundo tinha desaparecido.
O sorriso dela era duro, mesmo tenso e ela ainda parecia bonita apesar disso. A ausência da minha resposta contribuiu para que a tensão crescesse entre nós. “És uma amiga do Harry?“ Ela perguntou e o aperto na minha garganta agravou.
“Ela é minha prima.” Uma resposta veio de trás de mim. O Harry estava de pé ao meu lado, a pressão a crescer.
“Oh. Ela é muito bonita. Como é que não me disseste que ela estava em tua casa?” A Kaylee continuou.
“Ela acabou de chegar.” O Harry retorquiu.
“Ela devia vir connosco.” Ela sugeriu.
“N-Não.” Eu tentei dizer.
“Ela não é uma pessoa de sair muito.” O Harry adicionou.
“É o teu aniversário, Harry.” Ela cutucou-o em divertimento. “Não podes passa-lo sem a tua prima.”
O Harry olhou para mim por uma resposta. Ele nervosamente massajava a parte de trás do seu pescoço, aparentemente à espera que eu recusasse a oferta.
“E-Eu não posso. Tenho coisas para fazer.” Eu disse.
“Se tu o dizes.” A Kaylee mudou de assunto. “Onde está o teu pai? O meu está a espera no carro. Então é melhor despacharmo-nos.”
“Ela vai ter connosco lá, mas conhecendo-o como conheço provavelmente vai chegar atrasado.” O Harry baixou-se para fechar a sua mala de desporto e eu vislumbrei uns calções de banho e roupas extra. “Eu vou atrás de vocês no meu carro.” Ignorando completamente a minha presença, ele afastou-se com a mala, fechando a porta atrás dele.
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Baby Doll PT
FanfictionNuma comunidade corrupta, raparigas de tenra idade são vendidas a homens como meros objectos de prazer e são mantidas fechadas por quanto tempo estes desejarem. Mas uma reviravolta acontece, quando o filho mimado de um homem de negócios milionário c...