Glohver era o mais novo insubordinado do palácio real, e já estava chamando a atenção de todas as criadas do castelo. Seus cabelos encaracolados eram cor de fogo. O rosto era rígido, e marcado por algumas cicatrizes violentas; indicando que ele já tinha enfrentado muita coisa. O corpo rijo arrancava suspiros das moças por onde ele passava.
Mas o que mais chamava a atenção era que o Cavaleiro era puro mistério. Ele possuía o ar de segredo de que nenhuma garota louca por uma aventura deixaria passar. Com toda a certeza, o homem despertava curiosidade.
E não era pra menos, nesse exato momento, Ghlover, analisava corpos em decomposição, no escuro de uma caverna estreita.
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—Eu não sei, mas esses homens vieram pra causar!
—Pode ser mesmo uma nova ordem de Avaliadores?
Nara serviu uma xícara de chá para Mãe Bá antes de responder.
—Talvez, Nissinha— a mulher franziu a testa— Talvez. Mas é muito estranho eles surgirem do nada. Principalmente em um reino tão misturado como o nosso. Não entendo como está acontecendo tão rápido.
—Mas é assim que começa não é? — perguntou Nissa, antes de dar uma mordida grande numa torta de limão.
Mãe Bá permanecia pensativa.
—Mas não posso negar que eles estão fazendo um bom trabalho. Saí hoje mais cedo pra comprar uns jasmins, e o vendedor, seu Devadi, lembra?— Nissa assentiu— Ele praticamente me expulsou de lá. Disse que já tinha vendido tudo.
—E se tivesse mesmo?
Nara estalou a língua.
—Larga essa inocência besta. Eu sinto o que preciso a quilômetros, e posso te falar que senti uma caixa cheia de jasmins no balcão.
—Isso é mesmo estranho, eles estão fazendo a cabeça das pessoas— concluiu Nissa, desgostosa.
—E está funcionando, querida. Pode ter certeza!
Nara ouviu um barulho na porta e se levantou para atender com uma ruga na testa.
Nissa se aproximou da velha Mãe Bá
—Madrinha? Você não disse uma palavra até agora, o que foi?
Mãe Bá abriu a boca mas não falou até levantar os olhos para a afilhada.
—Eles estão aqui! precisamos ir pra casa, ago...
—VOCÊS ESTÃO DOIDOS? O QUE ESTÃO FAZENDO COM MINHAS PLANTAS?
—SAIAM DAS NOSSAS TERRAS, BRUXAS!— gritaram as crianças, em coro.
—SAIAM DO MEU QUINTAL, CRIANÇAS!— Nara levantou a mão e fez uma das janelas do casebre se quebrar— Ou serei obrigada a lhes convidarem para o chá.
As três crianças saíram correndo tão rápido que uma tropeçou no próprio pé e tombou. Em 10 segundos já não podiam ser vistas.
Nara virou e olhou horrorizada para Mãe Bá.
—Sentiu isso?
Bárdana deu um sorriso monótono.
—Desde quando chegamos.
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O Rei Dillas mandou por seu porta-voz real sua primeira declaração de ordem.
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Do Outro Lado Desse Reino
FantasyPara um mundo funcionar em harmonia precisa existir paz e amor ao próximo, certo? Mas e se fosse o amor a porta aberta para a destruição? Uma jovem "bruxa" será obrigada a enfrentar uns novos forasteiros que ameaçam os portadores de magia. A popula...