Campo das Tulipas (Imagine Taehyung)

Capítulo 31

Assim que entrei na sala, Alberto já estava lá. Ele sorriu quando me viu e eu suspirei.

-Bom dia, Alberto! – eu disse normalmente – Me atrasei? – eu olhei o relógio – Você chegou cedo.

-Estava ansioso para lhe ver – ele disse e eu me sentei na minha cadeira.

-Espero que esteja ansioso para fecharmos negócio também – eu respondi com um sorriso – Na verdade, eu queria mudar um pouco o negócio.

-Interessante – ele se curvou sobre a mesa – Que tipo de negócio?

- ... – eu me curvei também e vi que ele ficou esperançoso – Quero que compre minha floricultura – eu me afastei e ele arregalou um pouco os olhos.

-Comprar? – ele questionou – Assim? Tão de repente?

-Eu andei pensando e vi que eu não quero continuar com o negócio – eu respondi – Quero vendê-la, e você parece ser o próximo dono perfeito.

-Isso é realmente repentino – ele pensou alto – Jungkook me disse que você tinha muito amor por esse lugar quando eu sugeri compra-lo inicialmente, ele disse que você nunca venderia.

-Ele estava certo na época – eu disse calmamente – Eu amo esse lugar, mas o pensamento sobre vende-lo mudou... Agora eu quero e por coincidência, você também quer comprá-lo.

-Posso perguntar porque mudou de ideia? – ele perguntou – Teve um sonho revelador ou algo do tipo? – ele brincou e depois riu.

-Não, não pode perguntar – eu disse e ele ficou um pouco desconfortável – Essa é a minha proposta, cabe a você agora aceitá-la ou não.

-Vou considera-la seriamente e entro em contato – ele disse e eu assenti.

-Na verdade, eu queria que me desse a resposta em no máximo três dias – eu disse e ele pareceu confuso – Estou com um pouco de pressa em fechar esse negócio, meu tempo está curto.

-Seu tempo? – ele me olhou – Está doente por acaso?

-Não se preocupe, não estou doente – eu disse tranquilamente – Apenas faça isso por mim, okay? Por favor.

-Okay – ele assentiu, mas eu sei que ele não acreditou quando eu disse que não estava doente – Se precisar de alguma coisa, apesar de não sermos tão próximos, me liga.

-Eu não estou doente – eu disse devagar para enfatizar – Estou me referindo a outro tipo de tempo.

-Okay, fale como quiser – ele disse e levantou da cadeira, eu levantei também.

O levei até a porta do escritório e de repente ele me abraçou, fiquei sem reação por alguns segundos.

-Se precisar realmente de qualquer coisa, eu estou aqui – ele me abraçou mais forte.

-Alberto! – eu o afastei e ele me olhou – Eu não estou doente!

Ele assentiu e saiu do escritório, ri sozinha do que aconteceu. Ele realmente tem um problema em acreditar nas pessoas.

Me sentei na cadeira e Laura entrou na sala, ela olhou ao redor e se aproximou.

-Aconteceu alguma coisa? Alberto saiu daqui com uma cara de tristeza – ela disse e depois pareceu pensativa – Você desistiu do negócio? Argh... Você sempre implica com as coisas.

- ... – eu fiz uma cara feia – Não, deu tudo certo – ela pareceu aliviada – Eu apenas mudei um pouco o negócio e agora ele acha que eu estou com uma doença terminal.

-O que? – ela arregalou os olhos.

-Não se espante e nem se oponha sobre o que eu vou dizer agora, não está em debate – eu disse calmamente e ela assentiu – Irei vender a floricultura.

- ... – ela abriu a boca incrédula – Ve-vender?

-Eu passei minha vida toda aqui e é hora de seguir em frente – eu expliquei, mas ela estava em choque – Vou fazer uma bela carta de recomendação para você e para o Adam... Ou quem sabe, o Alberto mantenha vocês.

-Eu trabalho aqui há mais de cinco anos – ela disse tentando assimilar os fatos – Não se importa com minha opinião sobre isso?

-Claro que eu me importo – eu repliquei – Você foi uma companheira e funcionária incrível, eu valorizo muito você... Mas eu tomei a decisão e não vou voltar atrás... Sinto muito não tê-la consultado antes, mas você é a primeira pessoa a saber fora o Alberto.

-Nada que eu fale mudará a sua decisão? – ela perguntou e eu neguei com a cabeça – Então irei embora em silêncio – ela saiu da sala e eu respirei fundo, compreendendo o lado dela.

Continua...