⇢ Capítulo Onze

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Estávamos com a casa cheia. Ashton e Calum estavam lá, assim como a família de Michael; Dylan tinha vindo ver como eu estava, deixando o marido Chris em casa com seu bebê recém-nascido; Aubrey Flanagan passou por lá com seu novo namorado, Rick Jenner; e a parceira de Michael, Isabelle, estava lá, assim como meus amigos Casey e Loudon. E mesmo que a razão para isso fosse assustadora, eu adorava ver Calum sentado com a mãe de Michael e suas irmãs. Era divertido assistir Casey conversando com Ashton, Mikel, irmão de Michael, e Rick. Foi legal escutar o pai de Michael conversando com Loudon e Aubrey, e ouvir Dylan e Michael na cozinha com Isabelle era um deleite. Deveria ter sido um jantar, já que todos estavam se dando tão bem. Quando a campainha tocou e Michael deixou estranhos entrarem, percebi que estes eram os detetives que trabalhavam no meu caso. Havia seis ao todo, quatro do FBI e dois do Departamento de Polícia de Chicago. Fiquei surpreso por Michael não ter me levado para outro cômodo com eles, mas simplesmente fez com que todos se aquietassem enquanto ele os apresentava para mim.

Os amigos de Michael do departamento eram James Hefron e Neal Lange. Hefron era alto e careca, com ombros e peito largos. Seus olhos eram castanhos escuros como os meus e suas sobrancelhas pareciam permanentemente franzidas. Em contraste, seu parceiro Neal Lange tinha brilhantes olhos verdes e uma constituição leve. Seu sorriso era rápido, suas covinhas profundas, e suas mãos se moviam sem parar. Ele parecia inquieto, mas de uma maneira ansiosa em vez de estranha. Hefron se sentou enquanto Lange ocupava um espaço na mesa de centro diretamente à minha frente. Os agentes do FBI simplesmente ficaram de pé e olharam para mim, um deles me passando o jornal da manhã, onde o meu sequestro tinha sido a manchete da primeira página. Era assustador ver o meu nome impresso.

— Ah, merda, — eu gemi.

O agente riu e se apresentou. Eu não entendi o nome dele, não estava realmente ouvindo, mas apertei a mão dos quatro e os agradeci por tentar me ajudar. Eu ainda estava olhando para o artigo no jornal. Quando a notícia foi publicada, eu ainda estava desaparecido. Eu esperava que nenhum dos meus amigos tivesse visto. Pelo menos não havia nenhuma foto minha. Eu ficava horrível em fotos preta e branca, não valorizava nada minha cor natural.

Alguém tossiu baixinho e, quando eu olhei, Neal Lange estava olhando para mim.

— Luke, — ele disse suavemente, olhando nos meus olhos. — Eu quero falar com você um pouco, tudo bem?

— Claro.

— Ok. — Ele forçou um sorriso. — Ao longo dos últimos dias, como nós dissemos para seu irmão e para Michael, e depois revisamos os arquivos antigos do assassinato em Oak Park e os outros, fomos capazes de juntar algo que, realmente, não vimos antes.

Eu estava confuso.

— Você está confuso. — Ele sorriu para mim.

— Você não está aqui por causa do sequestro?

— De uma maneira indireta, sim. Estamos aqui por causa dos assassinatos.

— Por quê? Eu não acho que eles tenham alguma coisa a ver comigo.

— Eles têm, já que você é a vítima pretendida, mas ao mesmo tempo não, já que a violência não é realmente dirigida a você.

— O que isso quer dizer?

— Bem, na verdade, essa coisa toda, os assassinatos, o sequestro... nós acreditamos que tudo isso tem menos a ver com você e mais a ver com o seu irmão, o Sr. Irwin.

— Ashton?

— Sim.

— Como? Por quê?

⛓️ 𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 ─ 𖥻mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora