⇢ Capítulo Vinte

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A maioria das pessoas acha que sou idiota. É o resultado de ter menos de 30 anos, ser loiro, e meio que cabeça e vento. Assim, embora seja verdade que tenho a atenção de um peixinho – oooh, castelo, oooh castelo – eu posso realmente usar meu cérebro para raciocínio complexo. Eu não fui à loja de ferragens ou em qualquer outro lugar para retirar as algemas. Peguei um táxi (com as algemas nos pulsos) e pedi para ser levado a uma loja especializada em brinquedos sexuais adultos. Quando eu cheguei lá, disse à moça do caixa que meu namorado tinha perdido a chave das algemas que tinha comprado no dia anterior. Ela riu, seu gerente riu, o cara responsável pelas cabines de visualização também riu, mas o estoquista pegou o alicate e separou minhas mãos antes que outro estoquista, voltando do intervalo, arrebentasse as travas de cada algema para mim. Eles ficaram impressionados com o quão real parecia e a jogaram no lixo de aço atrás do balcão da frente. Dei ao gerente uma nota de 50 e lhe pedi para comprar o almoço de todos. Ele me convidou para ir dançar com ele depois do trabalho, e eu gentilmente recusei antes de deixar a loja.

Peguei um táxi para o Galleria e encontrei um telefone público. Disquei meu próprio número.

— Luke, maldição! Onde diabos você está? — Michael perguntou quando atendeu no segundo toque.

— Você está com meu telefone?

— Obviamente, — ele rosnou. — O que diabos aconteceu? Você deveria esperar!

— Pergunte ao Agente Calhoun.

— Não, eu sei – ele fodeu com tudo. Ele disse... merda... você está algemado?

— Não estou mais.

— Jesus, — ele perdeu as forças. — Bebê, você...

— Eu tenho que sair daqui, Michael. Se eu ficar, vou me machucar.

— Luk...

— Vejo você em casa, ok?

— Não, não está tudo bem! Eu preciso...

— Eu não vou voar. — Eu estava pensando em voz alta. — Eles podem estar procurando por mim no aeroporto, então eu vou dirigir ou pegar um ônibus ou...

— Não, — ele disse, sem rodeios. — Basta me encontrar no hotel e eu vou...

— Eu não quero que você entre em apuros por abrigar um fugitivo.

— Amor, você não é um fugitivo. A única coisa que o Agente Calhoun quer fazer é levá-lo para interrogatório.

— O jeito que ele fala, ele me assusta pra caramba.

— Eu sei, mas ele...

Aaron Sutter, de repente, surgiu na minha cabeça. — Merda, eu acabei de pensar em algo.

— Bebê, só... por favor, me encontre no meu hotel. Ashton e eu estamos no Hilton perto do aeroporto. Estou no quarto 912. Por favor, apenas vá para lá.

— Eu acho que tenho uma ideia melhor. — Aaron tinha um jatinho particular, ele poderia enviá-lo para mim, e o faria, eu tinha certeza, se lhe pedisse com jeito.

— Não, não ligue para mais ninguém. Não ligue para ninguém além de mim agora, isso seria um erro.

Não havia como negar que o homem me conhecia bem. — Mas Michael, eu...

— Bebê, — ele disse, e sua voz era como mel. — Por favor.

Eu tomei um fôlego e, enquanto eu fazia, o som de sua voz penetrou em meus ouvidos.

— Não vá embora sem mim. Eu preciso de você.

Deixei escapar um suspiro profundo. — Vou pegar minhas coisas e vou encontrá-lo em seu hotel.

⛓️ 𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 ─ 𖥻mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora