⇢ Capítulo Dezenove

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Minha agenda manhã tinha duas tarefas. Primeiro eu tinha que ligar para Michael, e depois, eu precisava ir até a casa de Susan Dawkins e dar uma olhada ao redor. Ver se eu conseguia encontrar alguma coisa para incriminá-la. Saber algo em seu coração e provar, eram duas coisas muito diferentes. Enquanto eu saía após o café da manhã, caminhando em direção à rua, liguei para Michael.

— Luke.

— Oi. —  Sorri para o telefone— Como você está?

Longo silêncio.

— Michael? —

— Luke... Jesus Cristo, Luke! Onde diabos você está?

— Eu estou bem.

— Não foi isso o que eu perguntei, porra! Onde diabos você está?

Até hoje, eu pensava que tinha ouvido a cada variação na voz de Michael Clifford. Mas a fúria gelada estava desaparecida do repertório, sem o meu conhecimento. Eu nunca, nunca tinha o ouvido com tanta raiva.

— Eu sinto muito, —  eu disse rapidamente. — De verdade.

— Você não tem ideia do quão arrependido você vai ficar.

— O que você quer dizer?

— Isso significa que quando eu colocar as mãos em você

— Você não vai me deixar, vai? Você não está tão furioso que vai sair de casa ou algo assim?

— Eu nem sequer me mudei ainda! —  Ele estava incrédulo.

Eu ri porque era absurdamente engraçado.

— Luke!

— O que? —  Eu ri, enxugando os olhos. Ele era hilário.

— Diga-me onde...

— Eu só estava preocupado... Esperava que você não estivesse tão bravo a ponto de me deixar.

— Tá de sacanagem? Porra, Luke, não vai haver nada para deixar! Vou castigar você até...

Suspirei profundamente. — Pode castigar, contanto que você fique por perto.

Houve um barulho e, em seguida, uma voz ainda mais fria.

— Onde... precisamente... você está?

— Oi, —  eu disse. — Mali está bem?

— Sim, Luke, Mali está bem, —  disse Ashton, separando suas palavras, usando o tom cortante que eu odiava mais que tudo. — Onde você está?

— Estou bem, apesar da contusão de onde ele me bateu.

— Bateram em você? Quem bateu em você?

Sons abafados e, em seguida, — Quem te bateu?

— James Rego, —  eu respondi ao amor da minha vida. — Mas eu estou bem. Só parece feio. —  E parecia mesmo. Quando me olhei no espelho na luz da manhã, parecia pior do que eu pensava. Eu tinha um olho negro e meu lábio estava arrebentado.

— Quando você esteve com Rego James?

— No carro.

— Em que carro?

— Na limusine dele.

— Na limo de Rego, —  esclareceu ele.

— Sim.

— Quando?

— Na noite passada.

Ele rosnou para mim. — E ele bateu em você?

⛓️ 𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 ─ 𖥻mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora