⛓️ 𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 ─ 𖥻muke

⇢ Capítulo Dezessete

Estávamos sentados comendo bolo de carne caseiro feito por Karen quando os detetives Hefron e Lange entraram no quarto, seguidos por outro homem. Eu vi Michael sentar-se em sua cama e balançar as pernas para o lado. Ele teria se levantado, mas o homem que caminhava entre os dois detetives levantou a mão para detê-lo. Quando ele estava perto o suficiente, ele estendeu a mão para Michael.

— Uau, — Michael riu, apertando a mão firme e segurando o ombro do outro homem. — Mandaram um figurão.

O outro homem acenou com a cabeça, a borda de seu lábio curvando ligeiramente enquanto olhava para ele. — Já chega, Michael. Nós estamos procurando por um serial killer afinal de contas.

Ele acenou com a cabeça antes de o homem o soltar e se virar para o resto de nós. Seus olhos azuis passaram por todos nós antes de se estabelecerem em mim.

— Luke Irwin.

— Sim.

Ele olhou para mim. — Por que você está usando um casaco aqui dentro?

— Porque eu estou com frio, — eu respondi, como sendo a razão para a presença do meu casaco. Parecia que eu estava congelando o tempo todo. Depois que Harry e eu tínhamos encontrado Joyce Fain morta, não conseguia me aquecer o suficiente. Calum disse que era psicológico e não fisiológico, mas eu dispensei seu raciocínio. E sim, geralmente Michael estava em casa para me abraçar e dormir comigo e deixar sua marca em minha mente e meu corpo, de modo que todo o resto desaparecia... mas eu tinha certeza de que estava realmente, realmente, com frio. No entanto, nem ela nem Ashton acreditavam.

— Os hospitais estão sempre frios, — o homem assegurou-me.

— Quem é você? — Perguntei irritado.

Ele se aproximou de mim e estendeu a mão quando me levantei. — Agente Especial Zane Calhoun do escritório de campo em Dallas... prazer em conhecê-lo.

— Agente Especial?

Ele pegou seu distintivo de onde havia caído atrás de sua gravata. As letras eram grandes e visíveis. — FBI. Estamos ajudando o Departamento de Polícia de Chicago com a investigação, como você sabe, e eu fui chamado de Dallas, já que é a cidade natal do Sr. Dawkins. Precisamos levá-lo sob custódia o mais rápido possível, antes que ele machuque alguém ou ponha você ou seu irmão ou o detetive Clifford em perigo de novo.

— Mas como você pode ter certeza de que...

— De que? De que Dawkins é um assassino?

— Sim, — respondeu Ashton.

Ele se virou e olhou para Ashton. — Ashton Irwin?

— Sim.

Ele caminhou ao redor da mesa e apertou a mão de Ashton antes de se apresentar primeiro a Calum e depois aos pais de Michael. Quando seus olhos se voltaram para Ashton, eu o vi sorrir. — Eu posso dizer-lhe, Sr. Irwin, que apreendemos centenas de fotos suas da casa do Sr. Dawkins. Sua mãe confirmou que ele sabia quem você era quase seis meses antes de ele se aproximar do Sr. Irwin no...

— Isso vai ficar confuso, — eu disse, interrompendo-o mesmo que ele não estivesse falando comigo. — Apenas me chame de Luke.

Seus olhos estavam de volta em mim e eu vi como ele estava me estudando. — Tudo bem então, Luke.

— Então você está dizendo que Harry estava por aqui há meses antes de deixar que Luke ou eu soubéssemos quem ele era, — disse Ashton para esclarecer a declaração anterior do Agente Calhoun.

— Sim, senhor, é isso que eu estou dizendo. Na casa dele em Fort Worth, encontramos um espaço no chão de onde nós recuperamos uma faca. Agora eu estou confiante de que vai casar com a que foi utilizada em todas as vítimas. Encontramos uma arma na parte de trás do carro da Sra. Fain, que, mais uma vez, estou confiante vai casar com a bala na cabeça de Greg Fain e com a bala retirada da perna de Harry Dawkins.