⇢ Capítulo Doze

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Eu estava do lado de fora recebendo a correspondência depois de ficar no telefone com Harry Dawkins por meia hora, quando eu ouvi o rugido do SUV de Michael atrás de mim. Mesmo que eu não estivesse usando nada além de jeans e regata, eu esperei por ele. Foi bom que, assim que ele me viu, o sorriso ficou enorme. Observei-o estacionar seu veículo monstruoso, o que me espantava sempre que eu via, e fiquei olhando ele descer.

— O que você está fazendo aqui? — ele perguntou enquanto atravessava o gramado.

— Apenas apreciando a vista, — disse eu, ouvindo o alarme como ele embolsou suas chaves.

Ele me olhou como se eu fosse louco, apontando em volta para o céu cinzento, árvores secas, e calçadas lamacentas. — Que vista, bebê?

Eu apontei para ele. Só de olhar para ele eu ficava feliz. A arrogância em sua caminhada, a forma como ele se movia fluidamente, a confiança fácil de detectar, e o calor que irradiava do homem. Eu deveria ter ficado constrangido por estar lá suspirando como uma colegial apaixonada, mas eu não tinha orgulho no que dizia respeito aquele homem.

Seu sorriso malicioso quase parou meu coração.

— Oi, amor, — ele disse quando me alcançou, a mão instantaneamente no meu bíceps, esfregando suavemente. — Vamos entrar. Antes que você congele.

Eu olhei pra ele de cima para baixo. Ele parecia muito bem. — Usou jeans para trabalhar hoje?

— Estou disfarçado.

— Oh. — Eu balancei a cabeça, incapaz de tirar os olhos dele.

— Bebê, você não está nem usando sapatos, — ele fez uma careta, me girando e gentilmente me empurrando em direção à porta da frente do prédio.

— Eu vou sobreviver, Michael, — eu ri, deixando-o me guiar pela porta, pegar minha mão e me puxar pelas escadas. — Eu prometo que não vou congelar até a morte diante de seus olhos.

Ele se inclinou para perto de mim para beijar o lado do meu pescoço. Seu hálito quente me fez estremecer. — Viu, você está com frio, não deveria estar aqui fora usando só...

— Você está me fazendo tremer, não o frio.

Ele acenou quando começamos a subir as escadas. Enquanto caminhávamos pelo corredor, meus vizinhos, Lisa e Steven, saíram de seu apartamento. Estranho que eles estivessem lá no meio do dia. Talvez fosse uma escapada no meio da tarde.

— Luke, — Lisa me chamou, sorridente.

— Ei. — Eu sorri de volta para ela, não fazendo qualquer movimento para parar.

— Oi. — Steven parou Michael, estendendo sua mão quando estava perto o suficiente. — Sou Steven Warren, essa é Lisa Tate, moramos do outro lado do corredor.

— Prazer em conhecê-lo, — disse Michael, pegando sua mão, sacudindo-a. — Michael Clifford.

— Tenho visto você por perto frequentemente, Michael. — Lisa sorriu para ele. — Você é o homem na vida de Luke agora?

— Sim, senhora, — disse ele com voz rouca, e eu a vi tomar fôlego. O homem era muito masculino e muito quente, ela teria que ser cega para não perceber. — Eu sou o antigo... cara novo.

Ela riu. — Parece que há uma história aí.

— Sim, há. — Seu sorriso malicioso, e ela brilhou como uma árvore de Natal.

— Bem, eu estou muito satisfeito. Luke é um cara maravilhoso, ele merece ser feliz.

— Obrigado, — eu disse suavemente quando Michael me empurrou para frente.

⛓️ 𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 ─ 𖥻mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora