Capítulo 2

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Após acordar, fui logo na janela olhar que barulho era aquele. Eu não entendia o porque das pessoas serem tão barulhentas logo pela manhã.
Havia uma família nova se mudando para a casa de frente a nossa, eu adorava aquela casa, a janela de cima dava para ver meu quarto todo. Quando minha amiga Lizi morava lá, ficávamos horas no celular e uma olhando para outra pela janela,igual idiotas.

- Aaaaaaaaahh. - Dou um grito.

Quando me dei conta , estavam todos olhando para minha janela,eu sei que sou contra barulho,mas aquele grito que eu havia dado,era a pior das opções naquele momento,mas se serve de justificativa,o motivo do grito,foi ver que o novo morador era o carinha da escola.

- Não !!!! Eu não posso ver ele todos os dias . Imagina o que ele pensa de mim.- Penso.

- Mae, estava olhando um site de troca de imóveis, tem uma casa que vale o mesmo que a nossa, podemos fechar negócio ? Que tal amanhã?

- Porque isso menina? Acordou cheia de piadas. Gosto daqui e vamos ficar aqui.-Diz séria.

Subi pro quarto desapontada.

Olhei de novo pela janela e vi ele.

Estava com uma camiseta branca,calça jeans escura e um suspensório preso na calça solto. Achei meio moleque o stilo dele , o pior é que estou começando a gostar disto.

6:50 !!!

Estou atrasada. O que me deu a entender que era hora de deitar na cama e voltar a dormir.

Minha mãe entrou no quarto umas 8 horas e me acordou. Colocou sua xícara de café em cima da minha escrivaninha e desceu. Quando voltou trouxe o termômetro e disse:

- É melhor você estar com febre .
Nossa minha mãe me desejando mal.

Ela o colocou em meu braço, quando então, a campainha tocou .

Enquanto ela descia para atender, coloquei a pontinha do termômetro no café e balancei pra não ficar tão alto. Minha mãe estava demorando e logo o termômetro esfriava, então desci para mostrar e dei de cara com o novo vizinho no maior papo com minha mãe.

- Filha esse é o filho da nova vizinha,a mãe dele é escritora . Fica aqui com ele rapidinho ,já volto.

-  Oi.- Digo.

- Você está bem?- Pergunta.

- Porque não estaria?

- Está segurando um termômetro.

-Ah. É só para não ir a aula. - Confesso.

- Usou café ou abajur?

- Café .

- Limpa logo a ponta,para não ficar com cheiro.

Então limpei e minha mãe chegou com uma chave de fenda para empresta-lo.

- Olha mãe. -- Mostro o termômetro, fazendo cara de doente.

- Filha você está muito mal, volte logo para a cama que já levo um remédio.

Me despedi do vizinho acenando,mas ainda não sei seu nome.

Mais que um vizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora