|21| Three Nights and Three Days

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Três noites e três dias haviam se passado desde a experiência com androides. Desde o dia em que Maggie morreu, não consigo ter controle sobre minha doença, não tínhamos certeza do que era aquilo, eu sabia que estava no sangue e por isso tratava como doença. As garotas não se aproximavam mais de mim, não me colocavam entre suas brincadeiras ou piadas, quando eu me aproximava, elas se calavam, eu sei que elas estavam com medo de mim, do que eu havia me tornado. Ahri ainda tentava, mas era difícil para ela também, eu sabia que se ela passasse muito tempo comigo, as garotas poderiam começar a ignora-la também, então me afastei, de todas.

Eu dormia longe, ninguém tinha medo desse jeito, também não se importavam, no fundo, sabiam que eu estava segura assim. A noite, quando fechava os olhos, eu conseguia ver os olhos de Maggie perderem a luz, eu escutava seu coração parar de bater e sua pele ficar pálida. Eu não conseguia dormir direito e as olheiras passaram a ser constantes, os garotos sempre me faziam companhia, mas eu sempre afastava Newt, não sabia mais como agir com ele, já que todos nosso relacionamento anterior era planejado e arquitetado pela De Corpore. Mas mesmo com todos os meus esforços para afasta-lo, era ele quem cuidava de mim, em todas as noites que estávamos no deserto, quando eu acordava chorando em silêncio, ele me abraçava e me consolava, mesmo quando havia uma pressão e tristeza tão grande no ar, que parecia sufocar e suprimir qualquer palavra.

No segundo dia no deserto, Newt havia encontrado um tabuleiro de xadrez e os livros que haviamos recebidos nos dias em que estavamos acamados. Os livros pareciam ser uma renovação de que ele precisava para continuar ao meu redor, fazendo tudo que estava a seu alcance para que nossas conversas voltassem a ser como antes. Infelizmente não tinha a mesma disposição que ele, só conseguia apreciar sua vontade em ocupar tanto de seu tempo com um caso perdido como eu.

A comida estava acabando e a água já tinha sido tomada, estávamos seguindo para onde acreditava-se que havia uma cidade, em busca de mantimentos. Theo havia reinvindicado a liderança, afinal era necessário um líder em boa forma, e a falta de confiança do grupo na minha pessoa, além da minha pouca vontade em provar o contrário, ajudaram para que não houvesse rejeições ao novo cargo. Ao final, não pude ficar magoada com ninguém, me senti genuinamente aliviada, já havia liderado as garotas por quase 5 anos, cometi muitos erros e acertos, mas não estava mais capacitada para o cargo. As perdas, que mal tive tempo de processar, estavam caindo sobre minhas costas, uma a uma, e a culpa vinha junto, luto, tristeza, rancor e ódio. A realidade é que não havia mais esperança em mim, o desgaste emocional que a morte causa era grande demais para que conseguisse ignora-la, e a cada dia parecia se tornar maior e me consumir um pouco mais.

Estávamos mais uma vez em uma longa partida de xadrez, após um dia inteiro dedicado a melhorar nossas habilidades, quando uma movimentação anormal pareceu ao longe. A areia subia e fazia redemoinhos com o vento, sendo lançada para longe, indicando que o que quer que a fazia sair de sua inércia, estava vindo em nossa direção. E muito rápido. Não demorou para que todos percebecem aquilo e levantassem em alerta. Theo começou a gritar, mas não conseguia ouvir as ordens que ele dava, fazendo as garotas seguiam seus pedidos as pressas. Enquanto ainda pensava no que deveria fazer, Newt já estava em pé e me levantava, ele puxou um de meus braços e passou a outra mão por minh cintura, me levando para próximo das meninas.

-Não... - Firmei meus pés na areia, parando. Newt parou na mesma hora e me olhou, não fui capaz de encarar seus olhos, parecia demais.

-Precisamos ficar juntos, podem ser Cranks.

-Elas vão ficar com mais medo se eu estiver perto, não quero distrai-las... - Newt continuou me olhando, seus olhos pareciam queimar minha pele e foi dificil me concentrar, aquela era a maior frase que eu havia soltado desde a chegada no deserto. Ele suspirou e por fim mudou o rumo, indo em direção aos carros que usavamos. Logo teriamos que abandona-los, a gasolina já estava acabando.

Mas antes que chegassemos ao jipe, um ronco de motor ressou e três carros apareceram, quase voando de tão rápido. Em cada veiculo havia quatro pessoas, que gritavam e riam, com o vento batendo nos rostos, entre eles, estava o de Zoe, que soltou um som animalesco e apontou para mim.


Anos se passaram e eu enfim voltei!
De fato, demorei muito mais do que
imaginei que iria demorar, maaaass
depois de receber uma mensagem de
um leitor novo, me senti renovada e
com muita vontade de voltar a escrever!

Esse capítulo estava pela metade quando
o abandonei, mas agora, enfim consegui
termina-lo! Espero que esteja do seu
agrado <3
Não irei pedir perdão pela demora pq
não tem perdão TwT

The Maze Runner - A Pioneira! || NewtOnde histórias criam vida. Descubra agora