|12| During Fainting

327 34 5
                                    

Toda a atenção do grupo estava focado em único ponto: Antónia Marie. Após tentar evitar a morte de todas e também da garota de cabelos negros, ela havia desmaiado. Seus poderes se estenderem por muito tempo, com uma imensidão de sentimentos os fazendo fluir e concluir perfeitamente o escudo que havia formado.

E agora lá estavam todas elas. E eles, os únicos dois rapazes entre as garotas. O peito de Theo ardia em responsabilidade, sabendo que seu raciocínio deveria ser tão rápido quando as ações depois do plano, que parecia não querer se arquitetar em sua mente. Mas a mente sã de Maggie pareceu agir mais rápido, quando ela foi a primeira a desviar a atenção de Toni para a garota de cabelos negros.

-Theo, carrega a Toni, quero que fique no meio do grupo! Vamos formar um tipo de circulo protetor. Quero Byeol e Tahani nos cantos atrás, cuidando por trás, eu e Surya ficaremos a frente. Quero Matteo no canto, protegendo as garotas que ficarem no centro. Sei que todas nos conhecemos, mas quero que vocês mesmo se distribuam conforme vocês acham que é possível: quero Zóe no meio, junto com Theo e Toni.  As demais, se coloquem como entendem de suas capacidades. Vamos buscar a garota que Toni salvou, passaremos em lojas e buscaremos algo para sair dessa cidade o mais rápido possível! - Maggie mandava. Ela tinha o tom certo, que causava um arrepio na espinha, desencorajando qualquer um de desobedecê-la. 

E assim aconteceu. Ninguém ousou discordar de suas ordens, na verdade, todos pareciam obedecê-la sem relutância, sabendo que ela era esperta o suficiente para comanda-los da forma certa. Ahri decidiu seguir Maggie a cada passo, e imitar cada gesto. Ela desejava aquilo: desejava ser boa em algo, desejava ser naturalmente apta para fazer algo, mas não cozinhar, ela queria ser alguém que seria lembrada. Alguém que seria admirada. Ela também queria ser amada, mas não queria tomar o lugar das melhores amigas, que ela considerava irmãs: ela queria um espaço ao lado, como alguém apta por aquele lugar. Ela queria ser digna de sua posição.

E Matteo sabia daquilo. Sabia de tudo aquilo. Não que ele lesse mentes, mas ele era um bom observador. Pelo menos quando se tratava de Ahri, ela parecia saber de tudo sobre ela. Cada detalhe. Cada característica e cada reação. Ele a conhecia. Ele sabia como ela tinha aquela vontade de se provar, de provar tanto para si mesma quanto para os outros, e ele também sabia que ela era alguém importante, e sabia como ela era uma boa líder, tanto quando Toni, Maggie ou Theo, pois ela tinha o dom de ser amável. E ser amável em um mundo caótico não era comum.

Enquanto todos estavam submersos em seus próprios segredos e pensamentos, Maggie fugia deles. Ela sabia que não podia pensar demais, ela sabia que seu instinto era mais confiável que sua mente. E por isso ela foi tão ligeira ao reagir ao desmaio de Toni. Mas em algo a emoção concordava com a razão: elas precisavam sair daquela cidade, o quanto antes.

-PARADAS! - Uma única palavra capaz de deixar todos arrepiados. Capaz de trazer transtorno aos mais calmos, e capaz de tornar um grupo de amigos esquivos em um bando medroso prestes a fugir. E talvez era o que eles teriam feito. Se o grupo que os cercava não fossem em número, maior. Mas não apenas por terem uns cinco ou seis pessoas a mais do que eles, mas por todos eles estarem muito bem armados: da cabeças aos pés, com muita munição preparada para serem gastas e muitas armas ansiosas por serem usadas.

Como eles conseguiriam fugir dali? O instinto de Maggie não pareceu discordar com a inteligencia, quando decidiram, juntas, que a opção mais esperta e vantajosa, seria se render. Mas ao contrário dela, que foi abençoada com um cérebro em boas condições, Theo parecia não haver vestígios de um sinal de neurônio em sua cabeça, que aparentemente, era oca. Ele soltou Toni, lentamente no chão, com cuidado para não machuca-la. Aquilo levou mais tempo do que eles haviam imaginado. Ele fazia tudo pelo olhar minucioso das pessoas armadas.

E lá se viu um sinal de coragem (ou talvez burrice em excesso, o que era mais o caso): Theo pegou uma das armas de Byeol, que estava com os braços para cima, em rendição completa, e a cabeça baixa. As únicas coisas que se ouviram foi uma pequena troca de tiros que não durou muito tempo. O som das armas se perdia entre o caos que estava naquela cidade. Cada segundo parecia uma eternidade. E assistir a tudo, era como ver algo em câmera lenta: as balas se cruzando lentamente, indo em direções opostas. Uma com alvo fixo e correto, e outra uma bala perdida, com um alvo esperto o bastante para desviar. 

E para todos, pareceu bem claro que se ajoelharia diante do inimigo naquela noite.

The Maze Runner - A Pioneira! || NewtOnde histórias criam vida. Descubra agora