"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"
[Maria Julia Paes de Silva]
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25 de maio de 2012, 04h49
Oito anos antesFaziam apenas dois dias que Maryse Lightwood estava de volta à cidade de Nova York. E ainda mal conseguia pensar direito, o retorno de Valentine estava lhe dando mais que dor de cabeça. Idris não era mais a bela cidade que um dia já foi, o Conclave dos Caçadores de Sombras estava cada vez mais corruptível e dividida, e para piorar, sua família parecia estar seguindo o exemplo da Clave e se dividindo cada vez mais. Com seu marido, Robert, agindo de forma arrogante e suspeita, ela temia pelo futuro de sua família, o comportamento de seu quatro filhos, Alexander, Isabelle, Jonathan e Maxwell refletiam nisso completamente. Alec, o primogênito, está sempre de mau humor, principalmente quando perto daquela menina nova que parece ser filha de Valentine; Izzy, que é a filha do meio, parece ter perdido a noção do extravagante e Max, o caçula, tem feito maldades para tentar chamar a atenção. Jace, seu filho adotivo parecia ter esquecido como seguir regras, sem falar que agora parece viver em pé de guerra com Alec.
Isso estava lhe tirando o sono, de forma que, antes mesmo da alvorada daquele dia, que fazia Nova York parecer que nem estava em plena primavera, ela se levantou, sequer ousou olhar para o vazio que a ausência de Robert deixava. Tomando seu robe, vestindo-o enquanto deixava seu quarto, ela abraçou seu próprio corpo, ao perambular pelos corredores ainda muito escuros do Instituto de Manhattan, pensativa.
Seus passos eram tão silenciosos quanto aos de uma felina, quando ela se aproxima da cozinha, as duas pessoas que ali se encontravam não perceberam a presença dela.
— ...escuta, Clary, eu não gosto disso tanto quanto você, mas precisamos de você viva e bem preparada, nenhum demônio ou vampiro vai te atacar com medo de te ferir como Jace. Você precisa aprender a se defender de ataques letais, ataques realmente violentos, do tipo que podem te matar — a voz que soava era a de Alec. Maryse se reteu e aproximou silenciosamente da porta da cozinha, por onde espiou por uma fresta.
— E imagino que o melhor treinador para o meu caso seria... você? — Maryse viu Clary sentada numa das bancadas de granito, com uma tigela de cereal nas mãos. A garota ruiva sorriu, arqueando uma sobrancelha para Alec, que tinha sua cintura apoiada na bancada ao lado dela, com uma xícara de café quente em mãos.
— Sim, eu. Porque não tenho medo de tentar os golpes mais duros com você.
— Claro... diferente do Jace, você não tem medo de me matar. — Clary suspirou, convicta do que dizia, mas, aparentemente, a resposta de Alec não era o que ela estava esperando.
— Não. Eu tenho é medo de ver você morrer por causa da minha negligência — Alec rebateu, dando de ombros. Clary o olhou como se isso lhe fosse novidade. — Jace é bom em combate, mas é péssimo em ensinar, ainda mais quando treina a garota que ele gost. Além disso, modéstia a parte, eu sou o melhor treinador desse lugar. Afinal, com meu humor ácido, você dificilmente se apaixonaria por mim.
— Disso eu não duvido nada — riu Clary — você é tão delicado quanto um coice de mula.
— Obrigado... eu acho. — Alec franziu o cenho e, por um momento, eles trocam um olhar silencioso, onde Alec aproveitou e tomou um gole de seu café.
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Runas do Tempo
RomantizmHá algo no mundo e no submundo, que todos têm de lidar, independente de quem se é, sendo extraordinariamente diferente ou absolutamente comum, não importa, humanos, nefilins, bruxos, fadas, ou qualquer outra criatura que seja, todos são submetidos a...