Dilema | jung hoseok

08; diagonal

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Acordei leve, feito uma pluma. Braços quentes envolvendo minha cintura e a respiração dele acertando meu pescoço. Hoseok estava colado no meu corpo dormindo tranquilamente. Me virei para observar seus traços delicados, os cabelos sobre a testa o faziam parecer muito mais novo, um garotinho. Ele dormia profundamente tranquilo em seu sono, então não o incomodar o deixaria dormindo. 

Cuidadosamente me afastei de seu abraço e ele apenas se mexeu na cama virando para o outro lado. Sem fazer barulho peguei minhas coisas, vesti minha roupa dobrando a camiseta que ele tinha me emprestado. Com isso dei uma última olhada já ansiosa para vê-lo novamente, saí do quarto fechando a porta. Fui para cozinha e passando por lá olhei o relógio, um ideia me surgindo de repente. Não foi nada muito elaborado, mas precisei mexer na geladeira e armários. Tudo bem limpo e organizado, fora fácil encontrar tudo que precisei para prepara um simples café da manhã.                       

Coloquei tudo sobre a bancada cobrindo com um pano de prato. Satisfeita destranquei a porta saindo da casa me deparando com a brisa fresca na manhã. Entrei no meu carro ligando pronta para ir para casa depois de ter feito a maior loucura da minha vida. A melhor parte era que não havia nem sinal de arrependimento, a sensação que sentia era de fazer novamente. 

— cálmate niña. – sussurrei para mim mesma. Seguindo a rua. 

Com as janelas abertas pegando o vento gostoso e sol fraco, liguei o som colocando na minha estação favorita cantando animada a música tocando. Fazia tempo que não acordava com aquela energia boa, sorrindo para os pedestres na rua. Chegando perto da rua de casa parei para dirigir uma mensagem.

“ Bom dia! Obrigada por tudo e me desculpe pela forma que cheguei em sua casa. Foi tão bom pra mim me acolhendo quando não tive com quem contar, serei eternamente grata. Significou muito para mim. Sem contar, que nossa noite foi perfeita, adorei cada momento. Aproveite seu café, tenha um ótimo dia. Beijos, Shey :)

Guardei o celular e não demorei a chegar no destino final. O carro se Leon estava estacionado, ele saia um pouco depois daquele horário, portanto sabia que já estava de pé. Assim que atravesso a porta sinto seus olhos em mim. Estava na sala assistindo o noticiário vestindo sua roupa social. Para minha surpresa ele não disse nada, porém me seguiu até nosso quarto.

Sem demonstrar importância amarrei os cabelos e tirei a roupa e sapatos. Entrei no banheiro deixando a porta aberta e Leon me seguiu até ali. Para não levantar suspeitas tinha de fingir não ter estado em lugar nenhum.

— Onde se meteu?

— Lugar nenhum.

— É mesmo? Liguei para seu pai, Dawon e até para sua loja. Me fala onde é que esteve?

— São sete da manhã, quer outra discussão? – eu estava de costas para ele me lavando. Era uma pena ter que tirar o cheiro de Hoseok da minha pele.

— Não… – o tom mudou. — Só estive preocupado com você Sheyla. Nossa briga não significou nada para mim e sei que para você também não. Por favor, só me diga onde.

— Leon, eu já disse: lugar nenhum. Passei a noite no meu carro aqui por perto mesmo. – a mentira saiu com muita naturalidade. — Não quis incomodar ninguém só porque tivemos outra briga. 

— Passou a noite na rua? Mas amor, é muito perigoso!

O fitei.

— Seria pior se tivesse ficado. Sair foi a melhor decisão. – e como foi.