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Eu e as meninas fomos de Uber para a festa. Avisei meu pai, o único que estava na sala quando eu saía, para onde ia e cerca de quarenta minutos depois estávamos em frente a casa em que a festa estava sendo dada. Não me surpreendeu o grande jardim e como ela parecia grande. Os alunos da Durmstrang tendiam a ser ricos e é claro que, em geral, adolescentes que fazem esse tipo de festa quando os pais ficam viajando tem um certo dinheiro.

Fomos direto para a cozinha enquanto eu conversava com Remus sobre onde os meninos estavam (principalmente ele, já que me faria companhia). Aparentemente, James e Sirius mudaram mais de roupa do que a protagonista de filme da Disney de 2012, então eles se atrasaram um pouco, mas já estavam a caminho. Enquanto isso, Doe e eu ficamos conversando e Lene flertando com as pessoas que passavam perto da gente. Nossos copo enchiam e esvaziavam quase que sem percebermos e quando os Marotos chegaram, eu já deveria estar no meu quinto e já estava uma pouco animada.

— Como foi com a Tuny e a sua mãe? — Remus perguntou assim que eles se aproximaram.

— Foi horrível — eu disse e provavelmente soei um pouco feliz demais pela cara que ele fez. — Tuny entrou em uma faculdade a toa e agora ela é a filha perfeita da mamãe. Enquanto eu — apontei para mim com o copo que eu segurava — vou entrar numa faculdade e morrerei sozinha porque nenhum cara vai querer uma mulher inteligente e independente — concluir.

— Eu te falei para vir para o lado colorido da força — Lene disse, passando um braço por minha cintura e me puxando para perto. — Poderíamos estar planejando o nosso casamento agora — sorri.

— Você é perfeita — disse lhe dando um selinho e ela sorriu também.

— E você não precisa de homem nenhum — Lene disse. — Vem, vamos dançar um pouco e depois procurar algo para comermos.

A loira disse, tirando o copo da minha mão e me puxando para o mar de gente que estava a sala. A música alta logo preencheu meus ouvidos e eu comecei a me balançar no ritmo junto de Lene.

O olhar de James sobre mim não me passou despercebido. Ele parecia ainda mais bonito naquela noite. A camisa de botões estava desabotoada na parte de cima, deixando parte de seu peito amostra, um dos lados estava enfiado dentro da calça jeans clara surrada e seus cabelos estavam tão desarrumados como de costume. Mas James parecia diferente. Ele tomava uma cerveja e ria com os meninos, mesmo seu olhar estando me acompanhando durante a maior parte do tempo. Eu não o havia cumprimentado ainda, a não ser pelo sorriso que lhe lancei de longe quando o vi. E eu queria ir até ele, algo em mim pedia por isso, mas fui puxada por Lene para procurarmos comida. Segundo ela, eu não poderia beber mais nada se eu não arrumasse algo para comer. Eu apenas revirei os olhos e fui com ela procurae algo. Achamos pão e algumas coisas para se colocar em um sanduíche, e logo eu estava sentada na bancada comendo e conversando com Lene, que estava entre as minhas pernas.

Uma garota se aproximou de nós, ela era um pouco mais alta que Lene e tinha as feições asiáticas e cabelos negros curtos. Ela logo perguntou se estávamos juntas. Marlene a encarou com um sorriso que eu sabia o que significava e me segurei para não rir.

— Infelizmente a ruivinha aqui é hétero — ela apontou para mim com a cabeça enquanto eu mordia mais um pedaço do meu lanche e dava de ombros.

— A minha amiga vai ficar um pouco decepcionada com essa informação — a asiática disse se aproximando mais da loira. — Mas e quanto a você?

Lene me lancou um olhar e eu quase quis socá-la. Ela estava me perguntando se estava tudo bem ela ficar com uma garota? Aquilo era ridículo. Revirei os olhos.

— Eu não estou tão bêbada, vou ficar bem — disse. — Vai logo.

Ela me deu um beijo ma bochecha e logo sumiu com a morena no mar de pessoas. Terminei meu sanduíche e fui procurar algo para beber. Não encontrei o resto do pessoal e então fiquei na pista de dança. Em um momento, vi James conversando com uma garota no canto da festa. A morena era quase do mesmo tamanho que James o que parecia facilitar os toques que ela dirigia ao Potter, e dos quais esse não parecia se importar. Tive de me lembrar a mim mesma de que não tínhamos nada, apenas alguns amassos, e me forcei a parar de encará-los. Virei meu copo e notei que o mesmo estava vazio, então segui para o bara a fim de enche-lo. Notei quando James me viu, mas decidi seguir meu caminho. Depois de ter enchido o meu copo pela segunda vez — na primeira eu virara todo o conteúdo de uma vez —, eu me virei para voltar para a pista ou ir para a área externa quando trombei com James. A garota com quem ele conversava estava logo atrás. Potter sorriu e eu me forcei a fazer o mesmo.

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