Estamos na segunda semana de fevereiro, que também é a última semana de férias antes das aulas na faculdade voltarem e me torturarem com aquele monte de nome para decorar.
Veterinária é cansativo, mas ao mesmo tempo muito interessante e o fato de saber que depois de formada vou poder ajudar animais de certa forma me consola.
Boa parte da minha adolescência eu estive sempre em dúvida de que faculdade fazer, ou até mesmo se iria ou não fazer uma.
Mas no final do terceiro ano, eu decidi que queria ser veterinária. Honestamente, no fundo, no fundo eu sempre soube que queria ser veterinária. Mas o meu pai disse para ampliar os meus horizontes e eu cheguei até cogitar fazer direito, psicológica, biologia.
Tudo isso para acabar voltando na decisão que eu sempre soube que iria tomar, veterinária. É isso que eu quero ser, é isso que eu quero fazer, é com isso que eu quero trabalhar.
Desde então minha vida gira em torno dos grandes livros que eu estou sempre tendo que ler e estudar. Meu apartamento está sempre é cheio de papéis de estudo espalhados por todo canto, paredes, mesas, e até no banheiro. São muitos nomes para decorar.
Pelo menos os meus professores são bons e a maioria é... Digamos que legal.
Não são um poço de simpatia, mas também não são os monstros que os professores do ensino médio me fizeram pensar que seriam. Exceto pelo professor Collins, ele é difícil de lidar.
Eles são o meio termo entre legais e arrogantes.
Posso dizer que dá pelo menos para ter uma conversa decente com eles.
Fora os nomes para decorar que aliás, não são nada fáceis de pronunciar. Ainda tem as aulas práticas, mas sinceramente elas são as minhas aulas favoritas!
Eu passaria o dia todo na faculdade fazendo aulas práticas se pudesse e se fosse mesmo só aulas práticas, mas não é assim.
Além disso, na parte da tarde estou na livraria, é onde eu trabalho. Livraria Daydreaming, é uma livraria grande, extensa e espaçosa que ainda conta com umas dez mesas para as pessoas que quiserem ler por lá.
Eu trabalho sozinha na parte da tarde e fecho às sete. O melhor é que a Judy trabalha do outro lado da rua, na papelaria dos pais dela, então ela me dá carona tanto para vir para cá, quanto para ir embora.
Obviamente o salário que eu ganho não daria para bancar a faculdade, o meu apartamento, alimentação e essas coisas. Consegui quarenta por cento de bolsa, e o valor restante da mensalidade divido com o meu pai. Então ele paga metade e eu pago a outra metade.
Os meus pais infelizmente não moram comigo, quer dizer, eu infelizmente não moro mais com os meus pais.
Ah, a propósito, eles são separados.
Se separaram quando eu tinha doze anos. Meu pai se casou de novo com Loretta e teve uma filha com ela, minha meia irmã Ashley, ela tem oito anos.
No começo confesso que demorei para aceitar a Loretta, mas depois a birra e o ciúmes que eu sentia do meu pai foi passando e hoje em dia nos damos super bem, ela sempre foi um amor comigo.
A propósito, o meu pai se chama Tobias. Ele trabalha em um banco e mora em Boston. Assim como a minha mãe, mas é claro que em cidades diferentes.
Minha mãe se chama Charlotte e ela era enfermeira, mas... Atualmente está aposentada e impossibilitada de trabalhar... Enfim.
Eu só vejo os meus pais em épocas específicas do ano por conta da correria na faculdade e por conta do meu trabalho. Só viajo para lá em datas comemorativas, isso se der para ir, caso contrário nem em datas comemorativas os vejo. Já perdi vários aniversários.
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No Feelings (sem sentimentos)
RomanceNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 🔞 CONTÉM: * Cenas de sexo explícito ✔️ * Linguagem imprópria ✔️ * Violência ✔️ ------------------------------------------------------------------------------------------- Eu nunca me interessei por alguém dessa manei...