Imagem escolhida por Brunna Pessoa
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Observar Gisele sempre vai ser algo que não consigo explicar, ela é tão... Reluzente, brilhante, linda. Conhecemo-nos há mais de cinco anos, mas nem todo esse tempo me faz parar de fazer isso.
— Você pode parar de babar na sua melhor amiga? _ Olho para o lado e minha namorada, Marcela, me encara com aquele semblante fechado. Ela também é linda, adoro seu sorriso meigo, a forma que me faz sentir, que me faz amar, seu cabelo preto, seu jeito bobo de ser, tudo nela me impressiona e atrai.
— Eu não estou babando nela, pequena, só estava prestando atenção no que ela falava. _ Beijo seus lábios levemente, pois ela é minha namorada, Marcela é minha namorada.
— Sei, você tem sorte de ser tão fofa. _ Ela sabe mesmo chamar minha atenção.
Conheci Marcela na mesma época que Gisele. Ambas se tornaram minhas melhores amigas e mesmo que sempre tivesse mais contato com a loira, foi com a morena que eu comecei um relacionamento há um ano. Entramos na faculdade de medicina juntas, vamos a festas juntas, almoçamos juntas, até pensamos em morar juntas, porém nossos pais foram contra, claro, seria um gasto desnecessário sendo que todas moramos perto da faculdade.
Resumindo, continuamos melhores amigas, mas é evidente que minha pequena tem ciúmes de Gisele, não a julgo, é de fato constrangedor o jeito que eu olho para minha melhor amiga, apesar de eu entender que é admiração, pelo menos eu penso assim.
— Então o professor doido veio dizer que não ia me dar dez porque queria me incentivar. _ Passei a escutar Gisele mais uma vez. — Eu fiquei tipo... An? Esse cara é doido!
— E você foi até o reitor reclamar. _ Eu disse, chamando sua atenção, vejo seu sorriso sem graça quando olha Marcela grudada em mim.
— Sim, fui mesmo, aquele diabo loiro queria me dar nove ponto oito para me incentivar, ah, vai tomar naquele lugar.
— Diabo loiro? Essa é nova? _ Marcela pergunta ao sorrir.
— Bom, não é? _ A loira pergunta e todos gargalham. Arrumo meus óculos e volto a beber da cerveja.
— Amor, estou cansada, vamos? _ Marcela pergunta.
— Sim, linda, vamos. Gente, estamos indo. Vai querer carona, Gi?
— Ah, não, hoje a Jaqueline vai me dar uma carona. _ Dessa vez sou eu que faço uma careta, sei bem o tipo de carona delas.
— Ah, certo. Boa noite, galera.
Saímos do bar e vamos em direção ao carro. Marcela vai dirigindo, pois não bebeu. Entramos e antes de ela dar partida, me encara, deu até medo do seu olhar.
— Posso te perguntar uma coisa?
— Claro, linda.
— Você me ama?
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CONTEXTUALIZANDO
Historia CortaEssa é uma coletânea em comemoração aos 2 anos do grupo "Contextualizando". Como uma forma de homenagear as meninas que estiveram comigo nesse tempo me dando força e apoio, me impus esse desafio. Onde elas escolhiam uma imagem, e a partir dela eu es...