Olho por olho

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Nick pediu uma reunião de emergência, estávamos apenas eu, Stark e Rogers na mesa. Pelo que parece a única coisa que conseguimos na invasão foi conseguir o agente Barton de volta e Natasha ficou encarregada dele.

Eu estava apoiando minha cabeça nas minhas mãos na mesa, já estava melhor e tomei meu medicamento mas não queria que ninguém visse que eu havia chorado, já bastava o olhar de pena que o Rogers estava dando sobre mim.

— Isso estava no bolso do Phill Coulson.– Fury diz e joga as figurinhas do Capitão América na mesa, tinha sangue nelas e Steve pega uma e se sente culpado. — Acho que ele não conseguiu seu autógrafo.– Steve abaixa a cabeça — Nós estamos parados aqui em cima, sem comunicação, sem o cubo, sem o Banner, sem o Thor. – Nick suspira — Perdi aquele que era meu único olho bom. Talvez eu merecesse isso — por um momento achei que iríamos levar um sermão pela briguinha idiota de mais cedo. — Nos íamos construir um arsenal com o tesseract, mas eu nunca apostei tudo nisso tinha apostado em uma coisa mais arriscada. Havia uma ideia, Stark sabe disso.– levanto meu olhar até ele e suspiro — chamada iniciativa Vingadores, a ideia era reunir um grupo de pessoas extraordinárias, ver se elas podiam se tornar algo mais, ver se poderiam trabalhar juntas quando precisassemos delas para travar as batalhas que não conseguíssemos.– isso eu não sabia, talvez estivesse muito ocupada antes pra saber — Phill Coulson morreu ainda acreditando nessa ideia, em heróis...

Me levanto da mesa sem paciência pra toda aquela baboseira e saio da sala sem pedir licença, estava longe de ser educada naquele momento.

— Preciso de ajuda.– Natasha diz me parando em um dos corredores.

— Se vira.– digo e passo por ela

— Clint não quer voltar a si.– paro ao escutar isso, suspiro fundo

— Droga, vamos lá.– ando até uma sala fechada onde ela tinha colocado ele.

— Brooklyn Davis, como vai a vida miserável que você escolheu ter sem...– acerto um soco na cara dele tão forte, talvez com toda a raiva que eu estava sentindo no momento e ele desmaia.

— O que você pensa que está fazendo?– Natasha grita e vai até o amigo dela.

— Ele vai demorar um pouco pra acordar, mas vai acordar sendo seu amigo.– digo ríspida — Isso se chama recalibração cognitiva, ele só precisava receber uma pancada forte na cabeça. – saio da sala sem esperar um agradecimento.

Mais tarde naquele mesmo dia eu, Stark e Rogers nos reunimos, pelo que percebi Tony também era um amigo de Phill.

— Eu não vou seguir as ordens do Fury.– Stark diz

— Nem eu, ele tem nas mãos o mesmo sangue que a Madelyn tem, temos que nos concentrar e seguir em frente. Madelyn precisa de uma fonte de energia, se fizermos uma lista de...– eu estava cansada de ouvir discursos então atrapalhei ele.

— Ela tornou pessoal.– digo e Stark concorda com o olhar

— Isso não importa.– Steve tenta me acalmar

— Importa, porque ela sempre ataca a gente de maneira pessoal. Porque?– pergunto e me levanto da cadeira

— Pra nos separar...

— Separar pra conquistar, é ótimo mas...ela sabe que tem que nos derrotar pra vencer. – Stark raciocina.

— É isso que ela quer, quer ser vista, quer uma plateia.– eu digo com raiva — Ela quer um monumento erguido com o nome dela.– paro pra pensar e Tony se liga do que eu estava falando

— Filha da mãe, ela vai atrás da minha torre.– ele sai correndo pra ir colocar sua armadura.

— Vou ver quem mais sobrou pra irmos.– Steve diz e eu assinto.

— Vou trocar uma palavra com Fury.– digo e passo por ele, vou até a ponte onde ele estava orientando a tripulação, ele me viu chegar até ele e me deu atenção.— Você mentiu.– eu jogo já de cara

— Se for mais específica...– ele me dá as costas e finge ler um relatório.

— Sobre as figurinhas...– ele para e me olha — Elas sempre ficaram bem plastificadas e estavam no armário do meu tio, não no bolso dele.

— Eles precisavam de pressão.– ele diz e eu suspiro

— Estou abandonando a missão.– ele me olha incrédulo — Não consigo manter Steve Rogers a salvo, se vocês colocam ele em perigo a todo momento. Coloque um pouco de fé nele e poderão ver do que ele realmente é capaz.

— Foi isso o que você fez?– ele pergunta rindo

— É isso o que estou fazendo agora.– digo séria e dou as costas pra ele.

FOREVER | STEVE ROGERSOnde histórias criam vida. Descubra agora