Capítulo 12

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Nate Griffin

- Eu sinto esse vazio também.. Digo olhando pro céu. - Meu buraco existe desde a morte do meu pai e a saída do Mike de casa.

- Eu sinto muito pela sua perda.. 

- E as coisas só pioraram, já peguei minha mãe tentando suicídio quando fez 1 ano da sua morte e.. Sinto como se quisesse chorar, minha voz tremia e a garganta ardia. - Ela melhorou, curou da depressão, mas as vezes tem recaídas por conta do vinho... O choro volta.. Eu tenho medo de me descuidar e.. Sinto todas minhas lagrimas saindo de uma só vez. 

- Nate.. Ellay se levanta rapidamente e me abraça com força, ficamos sentados enquanto eu chorava, uma dor forte toma conta do meu peito e começa a falta de ar. 

- Nate respira. Ela pega minha mão com delicadeza e coloca sobre seu tórax apoiando sua mão encima fazendo acompanhar sua respiração . - Calma. Sua voz era suave. 

Começo a me sentir mais calmo com ela ali, minha respiração volta ao normal

- Desculpa pela cena hahaha, eu tava com isso preso à um bom tempo.

- Se sente melhor? 

- Um pouco. 

- Que bom... Ela se virou de frente pra piscina, seu ombro cai e respira fundo. 

Apoio minha mão em seu ombro. - Ellay, tá tudo bem mesmo? Ela se vira rapidamente me dando um abraço forte e escondendo seu rosto em meu peito começando a chorar.

- Eu não sei.. 

Agora é a vez dela de tirar esse peso, deixo chorar enquanto a envolvo em meus braços e encosto minha cabeça na sua, a balanço devagar. Ali eu percebo o quanto ela estava vulnerável, como ela se sentia na metade do tempo.

- Eu.. tô tão cansada... minha vida foi um droga até eu entrar na faculdade. Ela dizia soluçando - E de repente tudo volta a tona, sou obrigada a me lembrar de coisas que tinha deletado da minha mente.. Eu não quero sentir isso. Ela me abraçava ainda mais forte, seu choro aumentava, mas ao mesmo tempo se sentia aliviada. 

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Ellay Hinode

Meu peito tava doendo pra caralho, eu tinha recebi 100 gatilhos ao mesmo tempo. Quando disse que tinha esquecido é por que eu literalmente reprimi essas emoções e ignorado totalmente o que tinha acontecido na minha vida antes da faculdade, e o fato da Ellie voltar pra minha vida dizendo que precisa de ajuda, cara.. isso me assusta. 

- Eu não tenho nada, não tenho mais ninguém..

Ele me abraçou ainda mais forte quando disse isso, sua cabeça encostou na minha me dando vários beijos na testa, eu estava me sentindo acolhida. Me permito ficar nessa posição por mais um tempo até me acalmar, até que escuto ele dizer - Você tem a mim Ella.

Me afasto dele devagar e subo meus olhos até irem de encontro ao seu, ele estava dando um riso fraco, estava tão fragilizado quanto eu. Cada um tinha sua vida, seus problemas, sua forma de lidar com a dor.

Ele abre as pernas me colocando no meio delas, me puxa pra mais perto e leva suas duas mãos ao meu rosto, tira alguns fios que estavam e solta um sorriso fofo e me beija. O beijo foi calmo e lento, fez efeito em mim como se fosse um remédio, eu estava calma, tranquila e me sentia bem. Cruzo minhas mãos ao redor do seu pescoço e continuo o beijo no mesmo ritmo. Meu peito não doía mais, minha respiração estava recuperava, mas o meu coração estava acelerado. Ele para o beijo com um selinho, mas não afasta a boca 

- Dorme comigo hoje?

Faço que sim com a cabeça e levanto passando meu nariz envolta do dele devagar com os olhos fechados, ele passa seu rosto levemente sobre as minhas bochechas enquanto respirava fundo, sua mão continuava em minha cintura fazendo carinho. 

Começo a rir devagar e me afasto dele. 

- Que foi? ele diz rindo também.

- O que vamos fazer com Mike? Ela olhava pra ele soltando um riso fraco.

- Tinha me esquecido disso kkkk sou seu cunhado.

- Isso significa que não vamos mais dormir juntos? 

Ele se levanta e eu também, fomos em direção a lareira onde meu ""namorado"" estava dormindo no sofá, segundo Nate seu plano era acorda-lo devagar e convencer ele a subir pro quarto.

- Mike? Nate dizia tocando ele devagar

- mmmm..

- Mike? Ele abriu os olhos com muito esforço - Vamos subir pro quarto, já vai todo mundo dormir. Nate dizia enquanto Mike se levanta devagar e tenta entender o que tá acontecendo.

- E a Ellay? ele dizia coçando o olho

- Ela vai dormir comigo no meu quarto, eu deixo a porta trancada e ... MIKE ACORDA.

- O que?.. an.. tá.. porta trancada.. Ele voltava a fechar o olho de sono 

- Ah foda-se. Nate pega ele no colo e vai entrando pra dentro de casa - Ella? faz um favor, apaga as luzes e fecha a casa.

- Sim. começo recolhendo as garrafas, apagando as luzes de fora e fechando a porta de vidro que separa a cozinha da área externa, fico meio perdida naquela casa tentando achar os interruptores, tinha 300 botões e 300 luzes espalhadas pela casa. Por fim subo as escadas e fico perdida no andar de cima, a casa era maior ainda.

- Tá fazendo o que ai parada? Nate sussura me encarando da porta do seu quarto. 

Saio correndo em direção a ele - Porra que susto, eu tava perdida óbvio. Ele dá risada da minha cara me colocando pra dentro. Se eu achava que o lado de fora era grande, com certeza o quarto dele era maior ainda, apesar de não ter quase nenhuma decoração além da janela, televisão e a cama, mas também nem precisava, era incluso um banheiro e um closet só seu. 

Ele entra no closet e pega uma camiseta sua e uma cueca limpa e me entrega 

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Ele entra no closet e pega uma camiseta sua e uma cueca limpa e me entrega 

- Sei que não é o pijama favorito e nem a calcinha, mas é o que eu tenho pra te oferecer se quiser tomar um banho.



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