Capitulo 30

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- Meninas - Tati chama a atenção das duas que ainda estavam na espreguiçadeira deitadas
olhando para o céu. - Vou fazer o jantar, quando estiver pronto, chamo vocês. - A mulher inventa
uma desculpa qualquer, mas não deixando de ser verdade, para deixar as duas garotas a sós,
Sofya tinha que abrir os olhos céus! A própria tati estava perdendo a paciência com a filha. - Não
fiquem até tarde na piscina, podem se resfriar.
- Pode deixar mãe! - Sofya grita para a mulher que finalmente entra na casa. - E então?
- Então o que? - Ju faz de desintendida. Sofya ainda não desistiu de entrar na piscina com
ela?
- Todos já foram embora... Agora você pode entrar na piscina. - A loira fala e se levanta da
espreguiçadeira pegando impulso para pular na água em um salto, claro...
Tentando molhar Ju no processo.
- SOFYA! - A coreana reclama.
- Vamos Ju! A água está ótima!
- Pode ser de blusa? - A menina pergunta finalmente se rendendo.
- Claro né Ju!- Sofya fala como se fosse óbvio. Então, delicadamente a Jeong vai ate a
borda da piscina e se senta, entrando devagarinho na água, sentindo o choque térmico correr
por seu corpo, arrepiando-o.
- Isso está gelado!
- Por isso que está boa!
- Eu não lhe entendo as vezes sabia Plotnikova? -Ju fala finalmente entrando por completa
na água e jogando um pouco de água no rosto da loira.
- Ei! - A menina protesta e então joga água na cara da amiga, devolvendo a provocação. E
como previsto, uma guerra de água começa entre as duas, atraindo risadas por parte de ambas
e deixando-as completamente molhadas, se é que poderia ficarem mais ainda, principalmente Ju já que ela não havia molhado seu cabelo ainda.
- Para Sofya! - Ju reclama rindo e de repente a loira para de jogar água, mas apenas para se
jogar em cima da amiga e afundá-la na piscina.
- Eu venci! - Sofya fala depois que soltou a Jeong e essa emergiu novamente para a superfície,
com uma cara de falsa indgnação.
Golpe baixo Plotnikova.
- Eu sei - A loira fala convencida e ambas riem novamente, o clima leve tomava conta daquele
local. - Senti falta disso.
- Também. - Ju fala entendendo perfeitamente do que a loira queria falar. Então um silêncio
confortável se instala no meio das duas amigas que apenas ficam se encarando com sorrisos
no rosto. Não precisava mais ser dito nada.
A única coisa que quebrou aquele clima, foi a caixa de som de Sofya, que ainda tocava, mudando
a música, tocando uma a muito conhecida por Julia.
I'd never gone with the wind
[Eu nunca tinha ido conforme o vento]
Just let it flow
[Apenas deixava fluir]
Let it take me where it wants to go
[Deixando-o me levar aonde queria ir]
- ESSA MÚSICA! - Ju grita saindo da piscina animada. - Ela é a minha favorita! Inclusive
coloquei na playlist do musical como a música tema delas.
- Eu sei. - Sofya fala e suspira, saindo da piscina também. - Na verdade, acho que eu passei a
gostar dela só depois da peça, colocando na minha playlist.
- Claro. Você não era fã da Taylor como eu. - Ju fala convencida e começa a tensionar quando
vê Sofya chegar mais perto dela, com um olhar totalmente diferente de antes. Havia algo ali,
algo que Ju não conseguia indentificar.
'Till you open the door
[Até você abrir a porta]
Now there's so much more [E agora há muito mais]
I'd never seen it before
[Eu nunca vi isso antes]
- Dança comigo? - Sofya pergunta e Ju trava no lugar, olhando para a loira esperando uma
confirmação, ou esperando o alarme do seu quarto tocar anunciando que era hora da escola e
aquilo era um sonho.
- O quê? - Ju pergunta alternando o olhar entre o corpo todo molhado de Sofya com a água
escorrendo por entre o mesmo e molhando o deck de madeira, e o seu olhar, que fora brindado
com um sorriso da loira.
- Eh... A peça, enquanto essa música toca... Segundo o script, elas estão dançando na festa de
aniversário da empresa da Anne, era como se fosse a valsa de casamento delas, já que
legalmente elas não podiam nem se casar, nem anunciar ao público. Então tem que ter uma
química, já que é a primeira interação delas... Assim... De fato. - Sofya fala procurando alguma
desculpa aleatória para seu pedido inusitado.
- Ah... - Ju fala baixo, mostrando um pouco desapontada, agora sim não era mais sonho, já
que Sofya apenas queria aproveitar o momento para ensaiar. - Tudo bem. - A menina fala e Sofya
estende a mão para a coreana segurar, assumindo a postura da dança.
I was trying to fly, but I couldn't find wings
[Eu estava tentando voar, mas eu não poderia encontrar asas]
But you came along and you changed everything
[Mas você veio e conseguiu mudar tudo]
- O que estamos fazendo? - Ju pergunta seguindo o roteiro enquanto Sofya agirava, como
num passo coreografado, mas aquilo não deixava de ser verdade. Aquela peça estava
ultrapassando as barreiras da realidade, Ju já não sabia definir onde a peça terminava e a
história delas começava.
You lift my feet off the ground
[Você tira os meus pés do chão]
You spin me around
[Você gira em torno de mim]
You make me crazier, crazier
[Você me faz enlouquecer, enlouquecer]
Feels like I'm falling and I
[Parece que estou me apaixonando e eu]
I'm lost in your eyes
[Estou perdida em seus olhos]
You make me crazier, crazier, crazier
[Você me faz enlouquecer, enlouquecer]
- Sinceramente? - Sofya pergunta depois que a trás de volta para perto de si, adiferença de
altura entre as duas era confortável, Sofya sendo um pouco mais alta que a garota, conseguia a
segurar em seus braços e passar uma sensação de segurança para Ju, algo que a menina
precisava no momento. Mas aquele momento, era muita coisa para processar, e Ju não
conseguia compreender como ela estava dançando sem tropessar ou pisar na loira. - Não sei. -
Diz sincera, mas continua a manter o olhar na garota que ultimamente trazia mais confusão na
sua cabeça do que os problemas de matemática.
- Mas sinto que quero descobrir...
You showed me something that I couldn't see
[Você me mostrou algo que eu não podia ver]
You opened my eyes and you made me believe
[Você abriu meus olhos e me fez acreditar]
A loira então coloca uma de suas mãos na bochecha da Jeong enquanto a outra continuava
apoiada na cintura dela. Ju sente seus batimentos cardíacos se acelerarem, a coreana acreditava que se duvidar, Sofya podia sentí-los devido a proximidade que seus corpos
estavam.
- Isso não está no roteiro... - Ju fala em um suspiro, um último fio de consciênciaem sua
mente. Sofya estava prestes a bagunçar todo o seu coração de novo, Ju sentia que ela faria
aquilo, sentia que Sofya se afastaria devido a sensação do novo, era sempre assim, mas não
conseguia se afastar da loira. Aquele era o momento do arco íris que tanto desejava, uma
chance de um novo primeiro beijo, com a mesma pessoa, mas valia a pena?
You lift my feet off the ground
[Você tira os meus pés do chão]
You spin me around
[Você gira em torno de mim]
You make me crazier, crazier
[Você me faz enlouquecer, enlouquecer]
Feels like I'm falling and I
[Parece que estou me apaixonando e eu]
I'm lost in your eyes
[Estou perdida em seus olhos]
You make me crazier, crazier, crazier
[Você me faz enlouquecer, enlouquecer]
- Foda-se o roteiro. - Sofya fala e iria avançar naquele momento para os lábios de Ju, que já
estava praticamente se derretendo sob os braços da amiga e com todo o clichê que envolvia
aquele cenário, faltava apenas milímetros para finalmente se beijarem, e no último instante,
todas as luzes se apagam, o som para e o clima foi cortado. A energia havia caído.
- Faltou energia! - A voz de Tatiana é escutada da cozinha avisando do óbvio. -Venham as duas
para dentro ascender as velas enquanto ligo para a companhia de energia! - A mulher ordena e
ambas se olham novamente, notando o quão próxima ainda estavam e logo se separam,
constrangidas com a situação, coradas e nervosas.
- Eh... Eu vou para a cozinha procurar as velas... Você pode ir se trocando, tomar um banho no
meu quarto, isso é... Se você quiser ainda dormir aqui... Com a falta de energia e tudo... - Sofya
fala nervosa, será que Ju ainda queria dormir ali mesmo elas quase tendo se beijado?
- Ah... Tudo bem. Eu consigo me trocar com a luz da lanterna. - Ju fala e olha para sua blusa
ainda ensopada. - Vou tirar logo a blusa aqui para não molhar a casa. - Ela fala a começa a tirar o
seu blusão e revelando o seu maiô, enquanto Sofya via tudo e perdia o fôlego com a cena. Se a
loira já estava ofegante com o cenário do quase beijo, vê Ju usando um maiô só comprovou
que seu sistema cardiorrespiratório estava em bom estado, se não ela teria tido um infarto ali
mesmo.
Como alguém como Ju tinha vergonha de mostrar o seu corpo? O maiô da menina era um
maiô de manga cumprida, com as mangas na cor azul marinho liso e o corpo do maiô em si,
estampado com flores em tons de vermelho, roxo e vinho, ele era cavado nas costas e no busto
da garota, acentuando sua cintura e curvas. Como ela tinha vergonha daquele corpo?
- Sofya? -Ju olha para a amiga e vê que ela estava travada no lugar.
- Ah... Oi?
- Tudo bem?
Esquece o Cadmus - Sina fala se erguendo e sentando na cama, olhando para Heyoon que
realizava a mesma ação. - Se você quisesse, casaria?
- Sem preocupações? - A coreana pergunta com a Deinert confirmando novamente. -
Sim.Mas não vamos para Las Vegas nos casar agora Sina. - Heyoon fala rindo e Sina faz uma
falsa cara de triste, como se Heyoon tivesse estragado seu plano.
- Quem disse que precisamos ir para Las Vegas nos casar? - Sina pergunta e selevanta da
cama - Fica aí. - Ela fala e então sai do quarto, nua, e corre pela casa, indo atrás da sua bolsa,
enquanto risadas escandalosas de Heyoon eram escutadas, devido a situação engraçada. - Voltei. -
Sina fala segurando alguma coisa que Heyoon não conseguiu descobrir na mão. - Veste alguma
coisa. Tornar ao menos um pouco romântico. - Sina fala jogando para Heyoon a blusa dela que
estava no chão e vestido a sua também, ligando a luz do quarto em seguida.
- O que está fazendo Sina? - Heyoon pergunta vendo que ela estava falando realmentesério.
- Um casamento para ser um casamento só precisa de duas pessoas, as noivas, no nosso
caso. O casamento em si é quando duas pessoas trocam votos de amor e fidelidade um para o
outro, o resto é só gente pra dizer que viu. Podemos nos casar agora, e quando tudo acabar...
Apenas oficializar. O que acha?
- Está falando sério? -Heoon diz emocionada.
- Sim. - Sina fala e ambas ficam em um silêncio, Sina respeitou o momento de Heyoon para
assimilar tudo. - Mas preciso de uma resposta, daqui a pouco provavelmente perco a coragem...
- Sina fala depois de alguns minutos e Heyoon solta uma risada.
- Cadê as alianças? - Heyoon pergunta e Sina sorri largo.
- Sério?
- Vamos fazer isso. - Heyoon fala abrindo um sorriso também. Aquilo era loucura, mas no
momento fazia total sentido para ambas. Não sabiam o futuro, queriam garantir o presente,
pelo menos para as duas. - Cadê as alianças? - Heyoon repete a pergunta.
- Sabe... - Sina fala revelando o que tinha na mão. - Eu ganhei essa correntinha da minha mãe
biológica no meu aniversário de 4 anos. Foi o último presente que ganhei dela antes de sua
morte... - Sina diz e Heyoon percebeu um pouco o tom triste de sua voz ao lembrar da mãe
biologia, então, num instinto, Heyoon pega a mão livre da loira e leva aos lábios, deixando um
casto beijo nela, recebendo um olhar agradecido de Sina em troca. -Então... Já que não
podemos usar as alianças nos nossos dedos ainda... - Sina fala abrindo a corrente e
passando um dos dois anéis de compromisso que carregava no dedo. Quando terminaram o
relacionamento, Sina continuou as usar, os dois anéis juntos em um só dedo, como um
lembrete do que ela teria quando tudo aquilo acabar. - Podemos colocálas nos nossos
pescoços. - Ela fala fechando a corrente logo em seguida e eguendo para mostrar a Heyoon o colar.
Era a correntinha, o anel e um pingente com a letra S, perfeito na opinião de Heyoon. - Acho que devo
fazer meus votos enquanto coloco o colar em você. - Sina fala com um sorriso e Heyoon se vira
de costas, enquanto jogava o cabelo para o lado, dando uma visão de seu pescoço para Sina,
nas atenta ao que a Deinert iria dizer. - Heyoon... Eu nunca soube o que era amar e ser amada de volta em muito tempo. - Sina não sabia por onde começar, então deixou a tarefa de fazer os
votos para o seu coração, sem filtros. - Era uma pessoa fria e insensível. Até que uma coreana 
de óculos e coque resolveu ser minha assistente pessoal. Nenhuma de nós duas percebemos
isso Heyoon, mas a cada bom dia que você dava, a cada aniversário que você lembrava e me
cumprimentava com um feliz aniversário, um muro meu era derrubado. Você foi entrando na
minha vida aos poucos, e quando vi... Você passou não só a fazer parte dela, mas torná-la mais
prazerosa, importante. Você e Ju me ensinaram o que é ter uma família, o que é ter pessoas
que você ama e que te amam de volta, que você protege e é protegido. Me ensinou a ter
reciprocidade. Você, Heyoon Jeong, não é só o meu sol, você é meu mundo inteiro. - Sina fala e
então respira fundo, abotoando a corrente no pescoço da coreana e a virando para olhar em
seus olhos. - Então, eu... Sina Deinert, aceito você.... Heyoon Jeong, como minha esposa, e
prometo amar, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até o fim de minha vida. - Sina
fala e enxuga as lágrimas sorrateiras do rosto da amada com o polegar.
- Você ainda dizia que não era boa com palavras... - Heyoon fala e Sina solta uma risada contida.
Não havia momento mais pessoal que aquele. - Acho que agora é minha vez... -Heyoon fala e se
levanta da cama, indo até a cômoda do seu quarto e tirando um porta jóias, procurando também
uma corrente em específica. - Eu também tenho uma corrente de família. - Heyoon fala achando o
objeto e voltando para a cama, recebendo o anel que Sina tirou do seu dedo e entregou. A
coreana faz o mesmo processo que a Deinert fez e abre a corrente, colocando o anel junto do
pingente que já havia ali. - Minha mãe disse que esse cordão era uma herança de família. Os
Park's  há muitos séculos, foram governantes de um país no interior das ilhas que hoje formam o
Reino Unido chamado Krypton. Infelizmente o reino acabou sendo engolido e subordinado a
coroa inglesa. Meus familiares fugiram, de lá para a Coreia do Sul , em busca de conseguirem viver sem
a perseguição da coroa. Eles já não tinham muita coisa, todos os bens que tinham foram para
pagar a viagem através do oceano, então a única coisa que restou... Foi esse cordão, passado
de geração em geração. O pingente é o símbolo da minha família, mamãe me disse que esse
cordão, eu só daria para quem eu tivesse certeza de que queria compartilhar a minha vida. Na
nossa família, dar esse colar significa mais que usar uma aliança. - Heyoon fala respirando fundo e
abotoando o objeto no pescoço de Sins, como a loira fez antes e a virando em seguida,
para falar seus votos. - Sina... Desde a morte dos meus pais... O orfanato... Tudo, eu não
conseguia me expressar com palavras muitas vezes, tive o famoso estresse pós traumático,
acho. As coisas só melhoraram mais quando fui adotada por Eliza e ela me levou em um
psicólogo. Lá, ele me aconselhou a quando eu não conseguisse me expressar com palavras,
usasse alguma coisa que eu gostasse e representasse o que queria dizer. Por isso muitas vezes
em um momento aleatório, eu falo o trecho de uma musica, pois foi o mais perto que consegui
chegar perto de alguma expressão. Claro, desenho também.- Heypon fala revirando os olhos. -
Enfim, agora aqui... Olhando nos seus olhos... Eu não consigo achar música, ou músicas, o
suficiente que consigam chegar perto do que estou sentindo. Então, terei que me expressar por
palavras, para ao menos chegar perto. - Heyoon fala e respira fundo, segurando nas mãos da
Deinert. - Você entrou nas nossas vidas do nada, mexeu em tudo. Uma hora era minha chefe, no
outro dia virou minha noiva. Em um dia, era a minha chefe insensível que nunca retribuía um bom
dia, no outro era uma mulher gentil, honesta, carinhosa, protetora e que apenas era perseguida
por algo que estava fora do seu alcance. Eu não me apaixonei de cara por você Sina, me
apaixonei pela nossa convivência, me apaixonava mais a cada muro que você derrubava,
chegando a um ponto que eu não sei se algum dia conseguiria deixar de te amar. Te amo Sina,
e quero passar o resto da minha vida ao seu lado, criando nossa filha juntas, a vendo crescer...
Se apaixonar... Ver você preocupada quando ela estiver dirigindo pela primeira vez... Os meus
surtos de ciúmes quando ela chegar para apresentar formalmente a Sofya como namorada
dela, porquê sim, elas ainda vão namorar, e eu vou surtar muito com isso. - Heyoon fala e Sina rir
emotiva, Heyoon disse que Ju era filha delas, aquele futuro era perfeito na visão de Sina. - Eu
quero os jogos de baseball... Basquete... Futebol... E o que mais tiver de esportes. Eu quero os
cinemas... As pizzas... E o que tiver de comida. Eu quero as brigas, porquê saberei que sempre resolveremos antes de dormir. Eu quero tudo com você Sina. Então... - Heyoon respira fundo mais
uma vez - eu... Heyoon Jeong , aceito você.... Sina Deinert como minha esposa, e prometo
amar, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até o fim de minha vida. - Heyoon fala e ergue
as mãos de Sina até os lábios e as beija delicadamente. - E agora?
- E pelo poder investido a nós duas pela minha loucura aleatória... -Sina fala e Heyoon rir. - Eu nos
declaro, casadas. Podemos nos beijar agor.... - Heyoon nem espera Sina terminar de falar e puxa
a, agora esposa, pela nuca e beija urgentemente seus lábios em um beijo apaixonado.
- Acho que podemos ir para a Lua de Mel agora... -Heyoon sugere travessa e Sina sorrio ofegante
ainda pelo beijo.
- Com certeza. - A loira fala e puxa a recém esposa para um outro beijo.
(...)
- Ei filha. - Tatiana entra na cozinha e se depara com Sofya segurando a conta de luz em uma
mão e a outra o celular, mas olhando para o nada, pensativa. - Ainda não ligou?
- Ah. - Sofya fala voltando a realidade e olhando para o telefone na mão. - Desculpa. Acabei
viajando e me esqueci.
- Pensando na Ju?
- Como sabe?
- Eu sou mãe. - Tatiana fala dando de ombros - Sou a pessoa que mais te conhece no mundo. E
a garota que está tirando você do eixo é a segunda.
- Eu estou tão confusa... - Sofya fala suspirando e se debruçando no balcão.
- Você é confusa por natureza Sofya. - Tatiana fala rindo da filha. - E tenho certeza de uma
coisa: Confusa você não está mais. Se estivesse, não teria quase beijado ela.
- Como você...
- Sabia! - Tatiana fala batendo no balcão. - Eu não tinha certeza, apenas chutei e você
confirmou. - Ela fala e Sofya coloca a mão no rosto envergonhada. Estava discutindo sua vida
amorosa com sua mãe. Qual é! Ela teria 15 anos em uns dias! Não era para uma adolescente no
ensino médio fazer aquilo! - Agora um outro chute - Tatiana fala para a loira. - Você apenas está
com medo do novo e está jogando a culpa numa falsa confusão.
- E como eu faço para esse medo passar?
- Enfrenta. - Tatiana diz simples. - Toma atitude criatura! Pega a garota, beija ela e pede uma
chance caramba! Eu quero que May seja minha nora logo. - Ela fala e ri alto da cara de
envergonhada de Sofya.
Nunca mais peço conselhos amorosos de você Tatiana Plotnikova.
- Você não pediu... - Lembra - Eu dei mesmo assim. - Ela fala e pega a conta de luz e o celular
da mão da filha. - Agora fique aí pensando enquanto eu vou ligar para a companhia de luz. - Ela
diz se dirigindo a saída da cozinha, mas para no caminho para um último aviso.
- So...
- Oi?
- Não faça nada com Ju se você ainda tem confusões, sim eu sei o que falei antes,mas não
de falsas esperanças a ela. Ela não merece um relacionamento pela metade. - A mulher fala e
sai, deixando a filha sozinha com seus pensamentos.
(...)
- Ju... - Sofya fala entrando no quarto para avisar que a energia havia voltado e encontra a
coreana sentada na ponta da cama soluçando alto. - Ju! - A loira fala desesperada e corre
como um raio de encontro a menina, a abraçando. Quando Sofya passa seus braços ao redor de
Ju, a menina desaba ainda mais, os braços de Sofya era como um ponto seguro, Ju se atou a
chorar mais, sentia-se segura para isso. - Pode chorar. - Ela fala acariciando as costas da
menina. - Ninguém vai te julgar.
- E-Eu não podia fazer isso em casa... - Ju fala enxugando as lágrimas, se recuperando. -
Minha mãe ficaria ainda pior do que está. Eu... Eu não podia. - Ju fala e Sofya a aperta mais
ainda.
- Separação dos pais é difícil mesmo. - Sofya fala - Precisa de alguma coisa? - Pergunta
enquanto ambas ainda ficam abraçadas, com Ju descansando a cabeça no peito da loira.
- Você é o suficiente. - Ju fala e ergue a cabeça para olhar Sofya. A Plotnikova provavelmente
nunca havia presenciado visão mais bela, os olhos de Ju pareciam dois cometas que tirava ela
de órbita, como sempre. Quando perceberam, estavam com o rosto o mais próximo que
conseguiam, suas respirações se misturavam, a próxima coisa que Sofya lembra, foi de Ju 
juntando os seus lábios num impulso. Sofya poderia sentir fogos de artifício no seu estômago,
seu coração parecia sair pela boca. Plotnikova poderia ter qualquer confusão na sua cabeça,
mas a única certeza que ela tinha era que queria continuar aquele beijo, mas também sabia que
não era o melhor momento para aquilo.
- Ju... - Sofya fala afastando Ju com calma, sem ser rude. - Isso é errado. - Ela fala e Ju 
tenciona. Droga! Ela havia entendido tudo errado.
- Claro. - Ju fala se levantando e se recompondo, querendo enterrar sua cabeça em qualquer
lugar. - Não vai mais se repetir, desculpa So. - Ela fala e ia sair do quarto porém Sofya foi mais
rápida e correu, ficando entre a amiga e a porta.
- Não! Você não entendeu! - Sofya tenta explicar. - Isso é errado porquê você está mal. Toda essa tenção com suas mães... Não quero que pareça que estou me aproveitando de você, nem
que pareça que você precisa se apoiar em mim para continuar a viver. Se formos ter alguma
coisa, que seja quando nós duas estivermos bem? Pode ser? - Sofya pergunta para Ju 
segurando em seus ombros, fazendo ela olhar em seus olhos.
- Pode. - Ju fala assentindo e sorri para a Plotnikova , tudo ficaria bem, assim esperava.
(...)
- Demi. - Sina fala para sua nova secretária. - Estou indo para casa, tenha um bom resto de
turno.
- Obrigada senhorita Deinert. - Demi fala e Sina deixa seu sorriso amistoso abaixar um
pouco. Um mês já havia se passado desde aquela noite, e Sina estava se controlando para
não gritar para todos que agora ela era Senhora Deinert-Jeong mas infelizmente não podia. -
Tenha uma boa noite e até amanhã.
- Obrigada Demi, para você também. - Sina fala apertando o botão do elevador e
aguardando o mesmo abrir as portas. - E quando der o seu horário, vá embora. - Adverte. - Não
precisa ficar mais tempo que o necessário, o que tem de trabalho, faça no outro dia.
- Sim senhorita Deinert. - Demi fala sorrindo, bem a tempo do elevador abrir as portas. - Boa
noite.
- Boa noite. - Sina fala e entra na caixa metálica, apertando o botão térreo, para acessar o
seu estacionamento. Havia dispensado o motorista naquele dia, queria lembrar os velhos
tempos em que era a "Uber" de sua família.
Chegando ao estacionamento, apertou o botão do alarme do seu carro. A próxima coisa que ela
se lembrava era de tudo ao seu redor ficando escuro.

O Acordo SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora