- Pronta para sua segunda sessão? -Noah aparece com um sorriso no rosto. - Vejo que sinão,
ou sininho, como você chama, conseguiu te deixar menos arrisca. Já até se levantou da cama.
- Eu só decidi que quero acabar com isso logo. - Ju fala e olha para Sina, encarnando sua
personagem. - Só... Me levem logo. Odeio agulhas.
- Você terá o tratamento que merece. - Noah fala e aponta para Josh. - Josh, as guiem para o
laboratório.
- Pode deixar. - O homem fala e puxa Ju pelo braço enquanto Sina seguia ambos.
- Sinão? - Ju pergunta virando-se para trás e encarando Sina.
- Calada. - É tudo que a loira fala e Ju começa a rir. Sabia que mesmo se Sina nãotivesse na personagem, aquela seria sua fala.
(...)
- Eles vão conseguir mesmo não é? - Ju pergunta a Sina enquanto já estava na sua segunda
bolsa de sangue sendo tirada. - Noah vai lançar o Medusa.
- Eu acho que sim - Sina fala se agarrando aos últimos resquícios de sua esperança e sentano banco ao lado da garota. - Já era para o DEO ter aparecido e nos tirado daqui... Te tirado
daqui.
- Eu não vou a lugar nenhum sem você, só deixando claro isso aqui entre nós duas. - Ju fala
apontando com o dedo indicador para elas.
- Eu sou responsável por você. Então se tivermos uma oportunidade e só uma das duas tiver
que sair daqui, será você. - Sina fala firme e quando Ju iria contestar, foi interrompida. - Isso
não está em discussão Julia.
- Mas isso não vai acontecer. Porquê nós duas iremos sair daqui. Eu preciso voltar para
mamãe, você precisa voltar para mamãe. Vamos juntar nossa família de novo certo? - A garota
pergunta esperançosa.
- Certo. - Sina assente.
- Sabia que vocês tinham se separado do nada por alguma razão maior. Era para proteger
mamãe do Cadmus.
- Mas eles acabaram querendo você.
- Já da para perceber que mamãe e eu sempre nos demos mal com planejamentos...- A garota
dá de ombros indiferente. - Mas eu não vou deixar o medusa ser ativado. - A garota fala e estica
a mão para pegar um bisturi que estava em cima da mesa.
- Ju não se atreva! - Sina fala se erguendo alarmada. Na sua cabeça a primeira coisa que
passava era que ela iria se cortar para perder mais sangue, mas num movimento rápido a garota
apenas pegou a bolsa de sangue que já estava cheia e fez um pequeno furo nela, vazando
sangue por toda a bandeja, fazendo o mesmo com a bolsa atual.
- Eu não sou louca de me cortar. - A garota fala. Realmente Sina tinha pensado nisso? - Faz
um furo nas outras 2 bolsas. - Fala entregando o bisturi para a loira. - Vamos culpar o lote
que entregaram. - Ela diz e a mais velha faz o que foi dito.
- Mas essa desculpa só funciona uma vez. - Alerta depois de esconder o bisturi,dando um fim
nele. Não iria deixar as digitais delas no objeto para depois averiguarem e verem que foram elas
as responsáveis. - Acho que teremos que elaborar um plano de fuga com um prazo de 1 dia.
- Acha que eles já irão tirar meu sangue amanhã? Eu não perdi demais não?
- Você ainda está consciente. - Sina diz simples, era dura a verdade mas ela precisava ser
dita. - Meu irmão já considera isso como bem o suficiente.
- Eu não acredito que ele é... - A menina fala e se perde nas palavras, aquele cara tinha nada
haver com Sina. - Não! Ele não pode ser Noah Deinert.
- Só uma pessoa me chama de Sinão, Ju. E no momento é a pessoa que mais odeio no
mundo. - Sina fala e se levanta. - Vou te amarrar de novo na maca para chamar o Josh e dizer
que todas as bolsas estão furadas. Ganhamos tempo, mas não o suficiente. Precisamos fugir
logo.
(...)
- Certo. - Heyoon fala alongando o pescoço depois de uma olhada no microscópio. - Então temos
como principal sintoma físico do Medusa literalmente a lise celular. Quando tempo tivemos até
que todas as amostras fossem destruídas? - Pergunta para Emily.
- 3 minutos. - A Mulher pontua. - Em um ser humano, a estimativa seria a morte em 2 horas.
- Não temos como tratar toda uma população em duas horas. - Krys alerta. -Qualquer cura que
fizermos, tem que ser em uma grande dispersão imediata. Algo como um gás... Não sei.
- A grande questão é: Como por um aerosol no ar atmosférico sem que ele seja espalhado e
dissolvido pelos outros gases? - Hina pergunta e Heyoon começa a suar frio, suas mãos a
tremerem, sua respiração começou a ficar descompassada e seus olhos começaram a
lacrimejar. - Heyoon você está bem?
- E-estou sim. - A mulher fala e corre até a garrafa de água mais próxima tomando um longo
gole. - Só preciso me acalmar... - Ela fala e respira fundo, enquanto sua crise passava depois de alguns minutos.
- Como você... Você estava surtando a cinco minutos!? - Krys fala perplexo.
- Caixas. - A coreana começa. - Quando fiquei grávida, meus sentimentos eram uma
montanha russa, principalmente juntando isso com a adolescência. Tive que criar algum método
para internalizar o que sentia. Criei essas pequenas caixas, lugares onde eu jogo tudo o que
estou sentindo e tranco em algum lugar da minha mente. É tipo uma anestesia mental. Funciona
durante algum tempo, depois passa, e aí quando estou sozinha... Ou com Sina, eu abro elas e
me permito sentir tudo de uma vez logo. Acho que estou passando muito tempo anestesiada
mentalmente e elas estão transbordando.
- Muita coisa para pensar e junta a sua filha e mulher sequestradas... - Krys deduz e Heyoon
assente. - Você não teve tempo para processar.
- Acho que eu nem quero processar nada, amigo. - A coreana fala se sentando em um dos
bancos do laboratório. - Prefiro somente pensar em tudo o que está acontecendo quando eu
tiver as duas seguras do meu lado, porque aí poderei chorar, mas de alívio.
- Essa ideia das caixas, só é boa em alguns casos. - Hina fala se sentando junto de Heyoon, mas no
outro banco. - Não é bom guardar seus sentimentos amiga, você pode acabar explodindo numa
hora errada.
- Sim. Eu sei. Mas por enquanto é o que tenho. - A coreana fala e fica em silêncio,olhando
fixamente para a garrafa de água. - Caixas! Isso! - Heyoon exclama e corre para o computador de
Emily. - Emily procura qual a subsidiária da D-Corp que possui trabalho com nano robôs. - Ela
fala e olha para Krys e Hina que aguardavam uma explicação.
- Podemos espalhar os nano robôs por toda a atmosfera com a cura do medusa e eles
entrariam via nasal nos seres humanos, adentrando na corrente sanguínea logo depois e
combatendo o vírus, depois seriam excretados normalmente pelo sistema excretor, como uma
cápsula de remédio.
- Isso é... - Krys fala estático.
- Genial! - Hina completa.
- Tenho que concordar com eles. - Emily se pronuncia. - Ótima ideia Heyoon. Mas uma pergunta.
Ela questiona. - Como vamos conseguir os nano robôs da D-Corp se a Sina não está aqui para
autorizar? Joalin não tem esse poder todo, infelizmente.
- Mas eu tenho. - Heyoon diz suspirando. - Acho que preciso assumir um posto de CEO temporária.
- A coreana fala olhando para os amigos que não estavam entendendo o que ela queria dizer.
(...)
- Senhorita Jeong, senhorita Hidalgo... - Demi a assistente que Sina tinha contratado com seu
aval prontamente se levantou de sua mesa enquanto via a ex noiva "oficialmente" de sua chefe sair do elevador que ligava ao andar do escritório da loira acompanhada de sua irmã,
também namorada da senhorita Loukamaa, e um homem negro de meia idade com cabelo raspado
e barba feita. - E desculpa, quem é você?
- Diretor do FBI, Jhonn Parker. - O homem se apresenta e Demi engole seco. O que Heyoon estaria
fazendo acompanhada do FBI?
- Não é nada grave Demi, não se preocupe. - Heyoon tranquiliza. - Pode somente anunciar a Joalin
que estamos aqui e queremos falar com ela?
- Posso sim. - A assistente fala se levantando e indo até a sala no fim do corredor e logo
voltando com a autorização para os três entrarem. - Podem entrar.
- Obrigada. -Heyoon agradece com um sorriso para a mulher e logo entra na sala. - Oi Joalin.
- Heyoon, oi! - Joalin se levanta para cumprimentar a cunhada. - Oi, amor. - Dá um selinho breve em
Sabina. - O senhor deve ser o Diretor Parker, prazer em conhecê-lo. - Estende a mão para
cumprimentar o homem que aceita o aperto de mãos.
- Senhorita Deinert, desculpa interromper o seu trabalho mas é que precisamos de sua ajuda
para seguir com uma de nossas operações.
- É sobre o medusa? - Joalin pergunta voltando a se sentar na mesa, e prontamente completou
ao ver a face confusa do chefe de sua namorada por saber de uma operação secreta do
governo. - Não se preocupe,Sabina manteve o sigilo profissional comigo apesar de nossa
relação pessoal. Eu sei dessa operação pois acompanhei o seu início desde que Sina me
chamou em seu apartamento junto de Sabina para saber como agir contra o provável
escândalo que surgirá para a D-Corp após isso ser revelado. Enfim, no que posso ajudá-los?
- Lembra da nossa conversa sobre a cláusula do testamento de Sina quando ela foi
sequestrada? - A coreana pergunta com a Loira assentindo. - Acho que chegou a hora de eu
assumir o cargo enquanto Sina não aparece para tê-lo de volta. - Ela diz e vê a cunhada
sorrindo.
(...)
[Flashback on]
- Heyoon... - Joalin decide que era hora de falar com Heyoon sobre uma coisa em especial que Sina
pediu que ela falasse caso algo acontecesse com ela.
- Sim, Joalin?
- Eu sei que pode parecer muito insensível dizer isso agora. Mas tem algo que preciso lhe
contar, é sobre Sina, a empresa, Julia e você.
- Pelo visto parece ser importante. - A coreana fala fungando e enxugando seu nariz, se recompondo. - Conte.
- Além de sua amiga e CFO, Sina me pôs como guardiã legal do seu testamento. Ela queria
ter certeza que seu advogado não o mudaria nem iria sumir com ele, então eu fico com uma
cópia. Sina me obrigou a assegurar que na hora que uma das cláusulas pudessem ser
ativadas, eu ativasse. E você é uma delas.
- Joalin, não estou compreendendo.
- Heyoon. Sina colocou no seu testamento, que se algo acontecesse com ela, seja sequestro,
coma, morte... enfim, qualquer coisa que a deixasse impossibilitada de exercer o cargo de CEO
da D-Corp, o posto seria passado para você. E futuramente à Julia, quando ela terminasse a
faculdade. - Joalin solta a informação , deixando Heyoon atônita. Sina realmente tinha feito isso? -
Ninguém sabe dessa cláusula a não ser Sina, seu advogado, eu e agora você. Como você quer
agir sobre isso?
- Eu... Eu não sei Joalin. - Heyoon fala passando as mãos pelo cabelo, numa tentativa de controlar o
turbilhão de pensamentos que existiam em sua cabeça no momento. - Eu preciso ativar essa
cláusula agora?
- Não. - A loira responde. - Mas sinto que era importante lhe comunicar isso. Sina me fez
prometer que você saberia disso se algo acontecesse. E aconteceu. - Joalin termina de contar e
abraça a cunhada, aquele assunto não tinha mais sido tocado, até então.
[Flashback off]
(...)
- Desculpa a reunião de última hora. - Joalin fala entrando na sala com o conselho todo reunido,
estes não estavam muito contentes com o chamado de última hora. - Mas vim comunicá-los a
mudança na direção da empresa a partir de agora, enquanto Sina não é encontrada pelas
autoridades.
- E quem seria? - Um dos acionistas pergunta.
- Eu. -Heyoon entra determinada na sala. Sempre acompanhou a maioria das reuniões de Sina,
sabia como lidar com aquelas pessoas.
- Heyoon? Vocês não tinham terminado? Por que iria assumir a empresa de sua ex?
- Minha vida pessoal e a de Sina não vem ao caso aqui. - A coreana começa e logo entram
na sala Sabina e Jhon, ambos ficando mais afastados. Heyoon tinha que assumir oficialmente a
empresa para depois resolverem os assuntos do medusa. - Mas o que importa, é que fui
avisada de uma cláusula no testamento de Sina em que eu seria a CEO temporária da D-Corp
caso qualquer coisa acontecesse com ela, a impossibilitado de exercer o seu cargo. Portanto,
apenas estou oficializando o que já estava pré determinado. E é isso, obrigada. - Assim como
entrou, a coreana sai pegando suas coisas e sendo acompanhada por Joalin, Sabina e John, era
hora de exercer um pouco sua nova influência. - Certo, agora só preciso mandar a autorização para o FBI utilizar os equipamentos da nossa filial de nano robótica em Los Angeles e... - Heyoon
fala abrindo os documentos do computador de Sina, quando ambos já se encontravam no
escritório da mesma. - Pronto. -Heyoon fala para os dois e já assina o documento. - Podem guiar
Emily, Hina e Krys para Los Angeles que lá eles terminarão o trabalho.
- Você não vem conosco Heyoon? - Sabina pergunta já na porta do escritório, prestes a sair com
seu chefe.
- Não. - Responde. - Quando falei que estava na hora de eu assumir o cargo, eu fale bem séria.
Sina confiou em mim o seu legado, garantirei que esteja tudo em ordem quando ela voltar.
- Sempre confiei no seu potencial. Sina também, ela estará orgulhosa de você quando voltar
maninha, assim como eu. - A agente fala e sai com o sorriso agradecido de Heyoon como ultima
visão da nova CEO da D-Corp.
- E então Joalin? O que temos agora? - Heyoon pergunta se sentando na imponente cadeira que
pertence a sua esposa.
(...)
- Certo. - Sina fala entrando no quarto de Ju com a bandeja na mão. Como sua carcereiro,
era a única que tinha direito de entrar naquele quarto além de Noah, mas claro, sempre vigiada
por Josh do outro lado da porta. - Coma enquanto eu falo, assim não suspeitarão. - Sina fala e
a garota assente enquanto comia, não era a melhor refeição que já fez, mas também não era a
pior.Ju considerou aquilo parecido com o almoço que davam na sua escola. - As saídas se
encontram andando nesse corredor direto e virando à esquerda após o 5° corredor. Agora só
precisamos do timing certo para fugir.
- Como vamos fugir se temos o projeto de segurança de boate ali na porta?
- Isso eu ainda não pensei. - Admite. - Mas o que quer que aconteça, precisamos fugir logo.
Não sei até quando Noah vai aturar nossa desculpa. - Assim que a mais velha termina seu
comentário, a porta é aberta e dela surge um Noah com um sorriso presunçoso nos lábios.
Sina logo percebeu, ele iria aprontar algo.
- Ora, ora. As duas pessoas que procurava estão aqui. Pouparam meu trabalho. - Ele diz e
Sain fica de pé, pegando a bandeja da garota, que tinha acabo de comer. - Vamos, temos uma
pequena aula de campo para a garota. Josh... - Ele fala saindo da sala e o homem assente
pegando a menina pelo braço e a puxando. - Sina venha também, será revigorante. - O
homem se pronuncia e logo Sina está seguindo os três por entre os corredores do Cadmus.
Por vezes, Ju olhava para trás para conferir se Sina estava tentando se localizar no grande
laboratório assim como ela, aquele seria o momento para uma fuga. Mas precisariam do
momento certo.
- Para onde está nos levando Noah?
- Acho que já está na hora da nossa pequena cobaia ver um pouco os efeitos do que o seu
maravilhoso organismo pode fazer. - O homem fala e abre a porta dando acesso a uma sala
cheia de monitores. Todas as telas estavam ligadas em canais de televisão diferentes e todos passavam a mesma manchete, mas com títulos diferentes.
"BAIRRO DE IMIGRANTES COM INFECÇÕES GENERALIZADAS"
"PROVÁVEL ATAQUE TERRORISTA?"
- Você não fez isso Noah. - Sina é a única que fala alguma coisa.
- O Nossa Alemanha foi apenas o primeiro irmãzinha, apenas o teste... logo toda Los Angeles
estará livre desses impuros que vieram para o nosso país tomar o lugar dos verdadeiros
americanos. Nossa causa acima de tudo, Estados Unidos acima de todos. - Ele diz orgulhoso e
olha para a garota que derramava as primeiras lágrimas por sua face. Ju estava horrorizada,
aquilo tudo era sua culpa. Ela via imagens de ambulâncias passando em velocidade, outras
pessoas tossindo e com manchas na pele, pelo o que se lembra de biologia, era como se cada
uma ali tivesse adquirido uma doença, ou na verdade... Todas elas. Era isso o Medusa, era isso
o motivo de sua mortalidade, ele era todas as doenças em uma só. - Preste bem atenção em
mim garota. - Ele fala se agachando e ficando de frente para Ju, olhando em seus olhos. - Nós
vemos em primeiro. Isso o que estamos fazendo, é o nosso legado para a humanidade. Vamos
limpar o mundo! - Fala empolgado - E você vai ser o nome que será lembrado nos livros de
história do futuro, Julia Deinert. - Ele diz e nesse momento a garota sente o aperto que Josh
fazia em seus braços afrouxar, o momento perfeito.
Colocando toda a força que tinha, Ju pisou no pé de Josh e, ao ver que o mesmo a soltou
completamente, aplicou uma joelhada em suas partes baixar e olhou para Sina em
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O Acordo Siyoon
FanfictionSina Deinert, grande CEO da D-Corp, tem um problema que acompanha ela desde que assumiu seu cargo: Precisa ter uma herdeira. Pode parecer uma existência estranha, mas no mundo atual, onde pessoas como ela são alvos de pessoas más todos os dias, é ex...